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quarta-feira, 2 de abril de 2008

Ministra da Educação tem de pedir desculpas

Deputado do PSD não compreende porque não abriram cursos de português em Estugarda.
O deputado do PSD pela Emigração Carlos Gonçalves exigiu que a ministra da Educação peça desculpas à comunidade portuguesa em Estugarda, Alemanha, pela não abertura dos cursos de português naquela cidade alemã, noticia a agência Lusa.

«A ministra tem de pedir desculpa aos alunos e aos pais. Não compreendo como é possível chegar ao fim do segundo período de aulas sem a situação estar resolvida. É um caso inédito», disse o deputado à Lusa.

Carlos Gonçalves falava no final de uma visita que efectuou a Estugarda e a Estrasburgo, onde esteve reunido com as comunidades portuguesas daquelas cidades.

Cerca de 250 alunos portugueses residentes em Estugarda estão sem aulas de português desde o início do ano lectivo por falta de professores.

A comunidade portuguesa já realizou uma manifestação e vai fazer outra no próximo fim-de-semana em protesto pela falta de professores.

Em declarações à Lusa, o deputado social-democrata disse que esta «é a terceira vez que se desloca a Estugarda por causa do início do ano lectivo».

«A comunidade está muito indignada com o Ministério da Educação, que nunca respondeu a este problema», disse Carlos Gonçalves, acrescentando que também nunca teve qualquer esclarecimento por parte daquele ministério.

«Solicito ao Governo que resolva esta questão de uma vez por todas», sublinhou.

Contactado pela Lusa, o gabinente da ministra da Educação não deu até ao momento resposta às acusações de Carlos Gonçalves.
Fonte: Portugal Diário

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Artigo de opinião


O MP3 e o telemóvel como ferramentas pedagógicas

Hoje todos os professores têm como formação inicial um curso superior seguido de um estágio pedagógico que pode ser integrado ou não. Todos seguiram na Universidade a via de ensino, em ramos especializados. Resta saber se foram para esta via por vocação ou por falta de alternativas.
Saem classificados com uma média final que resulta das classificações dadas pelos vários professores das disciplinas nos vários anos do curso (nota académica) a que se junta a nota dada pelo professor orientador de estágio. Durante estes anos aprendem também a usar as novas tecnologias para fazer delas ferramentas pedagógicas importantes na sala de aula.
As notas distribuem-se pela escala, como sempre, e é por essas que é feita a colocação. Alguns colocam-se sem dificuldade, outros passam anos à espera de lugar ou vão tendo colocações esporádicas a substituir grávidas e doentes. Milhares ficam sem colocação.
Há professores que colocados ou não continuam a estudar e a interessar-se por melhorar as suas práticas. Alguns são sensíveis ao pulsar do seu tempo, às características da escola de hoje, do aluno de hoje, da comunidade que o envolve hoje.
O professor actual tem de ter esta atitude na sociedade de mudança que nos envolve.
A este propósito posso referir o exemplo da professora Adelina Moura de Braga que foi entrevistada pelo jornalista Jorge Fiel para o DN no dia 7 de Dezembro. Contou que está a fazer uma experiência com 30 alunos do 11º ano, ramo profissionalizante e que já deu uma aula online, a partir de casa, com os alunos espalhados por cafés e outros locais. É o conceito da escola nómada a ser posto em prática. Disse coisas como esta: "o telemóvel e os MP3 são ferramentas de ensino mais usadas que o papel e o lápis" ou " os alunos são nados digitais, nós somos estrangeiros digitais" ou ainda " a aula de português anda na bolso dos meus alunos". Deu os endereços de dois blogues: paepica.blogspot.com e choqueefaisca.blospot.pt. Falou também de O Princepezinho em podcast que pode encontrar-se em discursodirecto.podmatic.com e de exercícios de escolha múltipla e palavras cruzadas para descarregar no telemóvel em geramovel.wirenode.mobi e outros ainda.
Esta professora é uma excepção nesta área e, por enquanto, apenas faz uma experiência com 30 alunos, não sei se este projecto seria exequível pelos professores comuns que têm cinco, seis ou sete vezes mais e muitos outros trabalhos para fazer. Seria bom que ela abrisse as aulas para os outros aprenderem na prática e faço votos que não a desviem para fazer conferências "em seco" que só cansam e cumprem calendário.
Todos os professores têm de compreender que o aluno tem que ser ensinado de acordo com o seu tempo e a sua vivência.

in Expresso (Joviana Benedito Profª. aposentada do Ensino Sec. e autora)