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segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Em destaque...Escola Secundária Manuel Teixeira Gomes (Portimão)


A Escola Secundária Manuel Teixeira Gomes teve como embrião a secção de Portimão da Escola Industrial e Comercial de Silves, criada no ano de 1964. Existe desde 1983 nas actuais instalações, situadas na Avenida São João de Deus, onde ocupa uma área total de quatro hectares. Com um total de cerca de 1500 alunos do Ensino Secundário, 350 do Ensino Recorrente e 50 dos Cursos de Educação e Formação Profissional Inicial. Toda a actividade da Escola se desenvolve de acordo com os princípios fundamentais do reconhecimento à educação - garantindo a todos os alunos a igualdade de oportunidades de acesso e de sucesso, o direito à diferença em matéria de credos, culturas e de convicções, tendo como objectivo primeiro contribuir para a formação de cidadãos empenhados numa responsável vivência em sociedade. Patrono: Manuel Teixeira Gomes (Presidente da República entre 1923 e 1925). Do seu Projecto Educativo o destaque vai para as suas apostas, nomeadamente a qualidade do ensino e das aprendizagens que promove, uma cultura de exigência, responsabilidade e participação, desenvolvimento de um ideário humanista que valoriza a liberdade, a autonomia, a solidariedade, o respeito pela diferença e as preocupações ecológicas, uma educação para uma cidadania plena. Uma escola em que a IDENTIDADE, QUALIDADE, AUTONOMIA, INOVAÇÃO, PARTICIPAÇÃO, CIDADANIA, são os desafios de uma escola que se pretende que funcione como uma equipa de vontades, no prosseguimento de objectivos nobres comuns.

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Artigo de opinião


O MP3 e o telemóvel como ferramentas pedagógicas

Hoje todos os professores têm como formação inicial um curso superior seguido de um estágio pedagógico que pode ser integrado ou não. Todos seguiram na Universidade a via de ensino, em ramos especializados. Resta saber se foram para esta via por vocação ou por falta de alternativas.
Saem classificados com uma média final que resulta das classificações dadas pelos vários professores das disciplinas nos vários anos do curso (nota académica) a que se junta a nota dada pelo professor orientador de estágio. Durante estes anos aprendem também a usar as novas tecnologias para fazer delas ferramentas pedagógicas importantes na sala de aula.
As notas distribuem-se pela escala, como sempre, e é por essas que é feita a colocação. Alguns colocam-se sem dificuldade, outros passam anos à espera de lugar ou vão tendo colocações esporádicas a substituir grávidas e doentes. Milhares ficam sem colocação.
Há professores que colocados ou não continuam a estudar e a interessar-se por melhorar as suas práticas. Alguns são sensíveis ao pulsar do seu tempo, às características da escola de hoje, do aluno de hoje, da comunidade que o envolve hoje.
O professor actual tem de ter esta atitude na sociedade de mudança que nos envolve.
A este propósito posso referir o exemplo da professora Adelina Moura de Braga que foi entrevistada pelo jornalista Jorge Fiel para o DN no dia 7 de Dezembro. Contou que está a fazer uma experiência com 30 alunos do 11º ano, ramo profissionalizante e que já deu uma aula online, a partir de casa, com os alunos espalhados por cafés e outros locais. É o conceito da escola nómada a ser posto em prática. Disse coisas como esta: "o telemóvel e os MP3 são ferramentas de ensino mais usadas que o papel e o lápis" ou " os alunos são nados digitais, nós somos estrangeiros digitais" ou ainda " a aula de português anda na bolso dos meus alunos". Deu os endereços de dois blogues: paepica.blogspot.com e choqueefaisca.blospot.pt. Falou também de O Princepezinho em podcast que pode encontrar-se em discursodirecto.podmatic.com e de exercícios de escolha múltipla e palavras cruzadas para descarregar no telemóvel em geramovel.wirenode.mobi e outros ainda.
Esta professora é uma excepção nesta área e, por enquanto, apenas faz uma experiência com 30 alunos, não sei se este projecto seria exequível pelos professores comuns que têm cinco, seis ou sete vezes mais e muitos outros trabalhos para fazer. Seria bom que ela abrisse as aulas para os outros aprenderem na prática e faço votos que não a desviem para fazer conferências "em seco" que só cansam e cumprem calendário.
Todos os professores têm de compreender que o aluno tem que ser ensinado de acordo com o seu tempo e a sua vivência.

in Expresso (Joviana Benedito Profª. aposentada do Ensino Sec. e autora)