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terça-feira, 30 de setembro de 2008

Escolaridade a quanto obrigas

Os benefícios da educação, a nível privado, são vários. Esta facilita a aquisição de novos conhecimentos. Permite aos indivíduos maior capacidade de absorção da informação e de adopção de novas tecnologias, o que se reflecte positivamente na produtividade e, por consequência, nos salários. Também a empregabilidade e a progressão na carreira são facilitadas pelo avanço escolar. O decréscimo do desemprego entre aqueles com maiores níveis de escolaridade tem subjacentes dois factores: (1) mais eficiente procura de trabalho e (2) maiores taxas de participação em formação profissional (que aumentam a especificidade do capital humano e reduzem a probabilidade de ser despedido). E de referir, também, os efeitos positivos da educação na saúde dos indivíduos. Não só maiores salários permitem mais e melhor acesso a cuidados de saúde, como também indivíduos mais informados escolhem investir mais na prevenção e cuidado de doenças. Mas não é certamente (apenas) pelos benefícios privados que os governos se preocupam com o acesso a mais e melhor educação. A educação é um bem público do qual a sociedade beneficia em geral. Dela resultam mais cientistas, analistas, técnicos e inventores, que permitem criar mais conhecimento, novos processos e tecnologias, tendo a escola um papel fundamental na sua difusão. Além do impacto no crescimento económico, maiores níveis de escolaridade propiciam melhores democracias e países mais seguros. Quer a abstenção, quer o crime, são, em média, menores entre indivíduos com maior escolaridade.Assim, o combate ao abandono escolar, cuja taxa é cerca do dobro da UE, é um objectivo partilhado por Cavaco Silva e Maria João Rodrigues neste início de ano lectivo. Mas concordar com os fins não implica concordar com os meios. Enquanto que o Presidente defendeu claramente o alargamento da escolaridade obrigatória até ao 12º ano, a ministra desvalorizou-o e invocou adicionalmente a falta de condições sociais para tal. A seu ver, "as famílias e os jovens têm bem a consciência da importância do secundário" e se muitos jovens abandonam o ensino, fazem-no para "enfrentar as dificuldades das famílias". O abandono escolar existe, é elevado e as causas são várias. Os estudantes que abandonam a escola precocemente fazem-no por falta de meios de financiamento da educação, por necessidade imediata de contribuir com um salário para o rendimento familiar, porque lhes falta motivação, porque não gostam de estudar, ou porque antecipam um retorno futuro que não compensa os custos presentes. Cada causa impõe soluções diferentes. A imposição, manutenção, e alargamento das leis da escolaridade obrigatória fazem sentindo se assumirmos que a decisão do abandono escolar precoce não é uma decisão óptima, na medida em que os estudantes não calculam correctamente os benefícios individuais futuros do investimento em educação e não tomam em consideração o impacto positivo que mais educação tem na sociedade em geral. É certo que "obrigar" os indivíduos a permanecerem na escola até ao 12º ano implica criar condições sociais e laborais e promover mais apoio escolar para quem precise.A ministra sabe (sabia) muito bem das dificuldades inerentes ao alargamento da escolaridade obrigatória, e daí fazer cair por terra uma proposta que fazia parte do programa do Governo. Sinceramente, a lição neste início de aulas não poderia ser melhor. Aprendemos que fazer política passa por "confundir" os cidadãos com promessas inviáveis e dispensáveis (e esse seria o caso se "as famílias e os jovens [tivessem] bem a consciência da importância do secundário") ou por fazer propostas sem antes conhecer a realidade do País.
Fonte: Jornal de Negócios

Sondagem: O funcionamento de há 20 anos e o de agora - Evolução do ensino divide portugueses

Os portugueses estão divididos quanto à evolução do ensino, de acordo com uma sondagem CM/Aximage. Mais de 40 por cento da população considera que a Educação está hoje pior do que há 15/20 anos, enquanto que 43 por cento defendeu que está melhor.
Na sondagem foi pedido aos inquiridos para compararem o modo como as escolas funcionavam há 15/20 anos e como funcionam na actualidade. Os resultados indicam que há muita gentedescontente, com 31,2 por cento a responder que o ensino funciona hoje "pior" e 10,4 por cento a dizer mesmo que está "muito pior". Somando os dois valores conclui-se que um total de 41,6% de portugueses avalia de forma negativa a evolução do estado do ensino.
Já aqueles que, pelo contrário, defendem que a evolução foi positiva, correspondem a 43 por cento da população portuguesa, com 35,2% a considerar que a Educação está "melhor" e 7,8 % a sublinhar que está "muito melhor". Restam ainda os 10,5 por cento de portugueses que consideram que as escolas funcionam hoje de modo "igual" e os 4,9% sem opinião formada.
Se na avaliação dos últimos vinte anos os portugueses se dividem quanto à evolução registada na qualidade do ensino, já nas comparações com o passado recente as opiniões são mais positivas. A maioria da população (53,2%) considera que o actual ano lectivo vai ser "melhor" do que o transacto, contra apenas 12 por cento, que acha que será "pior", enquanto 13,3% diz que será "igual" e 12% não tem opinião. Também a grande maioria (63,2%) considera que este ano escolar começou bem e só 13% entende que correu mal.
‘MAGALHÃES’ CONHECIDOS
A sondagem incide também sobre medidas adoptadas pelo Governo e tenta perceber se os portugueses estão informados sobre as mesmas. Concluiu-se, por exemplo, que os computadores ‘Magalhães’ são já muito conhecidos da população portuguesa. Assim, 74,5 por cento confessa que "já sabia" da existência do programa e.escolinha, que prevê a entrega de portáteis aos alunos do 1º Ciclo a preços controlados, enquanto apenas 25,5% diz desconhecê-los. Outra medida sobre a qual as pessoas estão bem informadas (68,9 % dos inquiridos) é a atribuição de apoio para a compra de manuais escolares às famílias mais necessitadas.
SONDAGEM: AVALIAÇÃO DO ACTUAL FUNCIONAMENTO DAS ESCOLAS
Muito melhor: 7,8%
Melhor: 35,2%
Igual: 10,5%
Pior: 31,2%
Muito pior: 10,4%
Sem opinião: 4,9%
ÍNDICE: 11,1%
APONTAMENTOS
OPÇÕES PARTIDÁRIAS
Os resultados da sondagem revelam que a opção partidária dos inquiridos tem peso nas respostas: os que votam no partido do Governo (PS) fazem uma avaliação muito positiva do arranque do ano escolar.
FILHOS EM CASA
A sondagem indica que quem não tem filhos em casa tem uma ideia mais negativa da escola: apenas 39,8% acha que este ano vai correr melhor do que o anterior. Entre os que têm filhos em casa o número sobe para 58,1%.
INTERIOR OPTIMISTA
O Interior do País é a região onde os inquiridos consideram que o ano lectivo arrancou melhor – 75,9%, contra 54,4% no Litoral Centro e Sul e 61,7% no Litoral Norte.
FICHA TÉCNICA DA SONDAGEM
UNIVERSO: Indivíduos inscritos nos cadernos eleitorais em Portugal com telefone fixo no lar ou possuidores de telemóvel.

AMOSTRA: Aleatória e estratificada (região, habitat, sexo, idade, escolaridade, actividade e voto legislativo), representativa do universo e foi extraída de um subuniverso obtido de forma idêntica. A amostra teve 500 entrevistas efectivas, das quais 276 a mulheres. A proporcionalidade pelas variáveis de estratificação é obtida após reequilibragem amostral.

TÉCNICA: Entrevista telefónica por CATI (Computer Assisted Telephonic Interview).

TRABALHO DE CAMPO: Decorreu entre os dias 18 e 19 e 22 de Setembro de 2008.

ERRO PROBABILÍSTICO: Para o total de uma amostra aleatória simples com 500 entrevistas, o desvio-padrão máximo de uma proporção é 0,022 (ou seja, uma ‘margem de erro’ – a 95% - de 4,38%).

TAXA DE RESPOSTA: 76,8%
RESPONSABILIDADE DO ESTUDO: Aximage Comunicação e Imagem Lda., sob a direcção técnica de Jorge de Sá e João Queiroz
PAIS FALAM EM "EVOLUÇÃO INSUFICIENTE"
Albino Almeida, presidente da Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap), está do lado dos que defendem que houve uma evolução grande, mas, ainda assim, tal não o deixa totalmente satisfeito. "O movimento associativo dos pais concorda com os 43 por cento que acha que a Educação melhorou, mas continuamos a considerar que a evolução verificada é insuficiente comparando com o que todos desejaríamos", disse, chamando a atenção para alguns problemas verificados no arranque do ano lectivo: "O começo das aulas foi organizado de forma melhor do que os anteriores. Os professores foram colocados a tempo e horas, mas houve alguma trapalhada com a falta de auxiliares de acção educativa. Nas escolas em que isso se passou para a esfera das câmaras, as coisas correram melhor."
"SALDO MUITO POSITIVO" (Marçal Grilo, Ex-ministro da Educação)
Correio da Manhã – Como comenta o facto de os portugueses estarem divididos quanto à evolução da Educação?
Marçal Grilo – É perfeitamente natural que haja opiniões favoráveis e desfavoráveis em relação à evolução da Educação nos últimos vinte anos. Mas na minha opinião, quando se faz a comparação entre o que eram as escolas há vinte anos e o que são hoje, o saldo é larguissimamente positivo. No entanto, há seguramente alguns aspectos e áreas em que importa fazer um esforço para melhorar.
– Como explica, então, que a percepção das pessoas seja diferente da sua?
– Há aspectos que as pessoas conhecem mal, ou só conhecem através do filtro que é o sistema informativo, que só nos dá notícias sobre as más notícias. Há alguns anos foi feita uma sondagem sobre a segurança nas escolas e verificou-se que quem não tinha filhos considerava a escola insegura e quem tinha filhos achava que era segura. Ou seja, quem tem contacto com a escola tem imagem mais positiva.
– Na sua opinião, o que é que acha que ainda pode ser melhorado na escola?
– É preciso aumentar o rigor e a exigência e ter capacidade para avaliar e, sobretudo, estimular os nossos jovens e as nossas crianças. O mais importante é que as famílias portuguesas percebam a importância que tem educar os filhos. Não é só conseguir os diplomas, mas também fazer com que sejam competentes, tenham atitude positiva, capacidade de ser autónomos e de poder ser úteis à sociedade.
"A PROPAGANDA DO GOVERNO FOI EFICAZ"
O secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (Fenprof), Mário Nogueira, considera que os resultados da sondagem são reveladores da incompetência dos governos dos últimos vinte anos. "Seria natural que em vinte anos houvesse uma grande evolução, mas este empate técnico mostra que os governos que têm estado à frente do País conseguiram o mais difícil. A Educação, na prática, estagnou", disse, acrescentando: "Se formos olhar parcialmente, há coisas que estão melhores, como seja as escolas estarem mais bem equipadas, o que é natural. Mas hoje sai-se da escola e sente-se as mesmas dificuldades de há vinte anos para encontrar emprego", disse ao CM.
O dirigente sindical critica o facto de não se ter investido mais na Educação. "As nossas taxas de insucesso, de abandono, de iliteracia ou de analfabetismo continuam elevadíssimas. Vinte anos era tempo suficiente para erradicar alguns destes problemas, basta olhar para países que estavam como nós há vinte anos, como a Irlanda, e ver como estão agora. Houve um desinvestimento. Em 1988, as verbas para a Educação tinham mais peso no PIB do que hoje", disse, sublinhando: "Nestes vinte anos não houve um aumento das qualificações gerais dos portugueses, e isso tem consequências no plano económico e social. A grande aposta tinha de ser na Educação e não foi feita."
Quanto ao facto de as medidas mais recentes serem bem conhecidas dos portugueses, Mário Nogueira atribui o resultado à propaganda do Governo. "A propaganda que o Governo fez no início do ano nas televisões e nos jornais foi eficaz. Havia uma semana para as escolas abrirem e como abriram as pessoas acham que correu bem. Mas muitas abriram com más condições, e isso, muitas vezes, não é visível."
NOTAS
DESCONTO: PASSE ESCOLAR
O passe escolar, que garante descontos de 50 por cento para os estudantes com idades compreendidas entre os 4 e os 18 anos, é já conhecido de 58 por cento dos inquiridos.
PS: ELEITORES MAIS OPTIMISTAS
Os inquiridos que fazem as avaliações mais positivas, na sondagem CM/Aximage, admitem ter votado PS, no primeiro-ministro José Sócrates, nas últimas eleições legislativas, em 2005.
PAIS: NOVAS TECNOLOGIAS
Albino Almeida, da Confap, tem expectativas positivas para o ano lectivo 2008/2009, tendo em conta os novos meios tecnológicos: "Haverá um salto na ‘info-inclusão’.
Fonte: CM

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Resultados da avaliação aos docentes no ano lectivo de 2007/08 - Sete por cento dos professores são «Excelentes»

Sete por cento dos cerca de 12 mil professores que foram avaliados no ano lectivo de 2007/08 obtiveram a classificação de «Muito Bom» ou «Excelente», anunciou esta segunda-feira o Ministério da Educação (ME).
Em comunicado, a tutela indica ainda que «o grupo de docentes com a classificação «Regular» ou «Insuficiente» representa uma percentagem insignificante», sem adiantar mais pormenores.
A avaliação de desempenho docente avançou no ano passado para os professores contratados e dos quadros em condições de progredir na carreira, que constituíam, no total, cerca de sete mil.
A agência Lusa contactou o ME para obter mais esclarecimentos, mas a tutela remeteu quaisquer comentários para mais tarde.
Aos professores avaliados foi aplicado um regime simplificado acordado entre a tutela e os sindicatos do sector, que previa uma avaliação baseada unicamente em quatro critérios: ficha de auto-avaliação, nível de assiduidade, cumprimento do serviço distribuido e acções de formação.
Estes parâmetros foram aplicados de forma universal em todas as escolas.
Por outro lado, as classificações de «Regular» e «Insuficiente» atribuídas em 2007/08 ou durante este ano lectivo terão de ser confirmadas com nova avaliação, antes dos docentes sofrerem os efeitos penalizadores previstos.
Resultado esperado
O secretário de Estado Adjunto e da Educação revelou esta segunda-feira que já esperava que a maioria dos professores avaliados no último ano lectivo fossem classificados com «Bom», já que a adopção de um regime simplificado não permitia distinguir os melhores desempenhos, noticia a Lusa.
Sete por cento dos cerca de 12 mil professores que foram avaliados obtiveram a classificação de «Muito Bom» ou «Excelente», enquanto o grupo de docentes com as classificações «Regular» ou «Insuficiente» representa uma percentagem «insignificante», de acordo com a Ministério da Educação.
«Já esperávamos que a larga maioria dos docentes fosse classificado com «Bom». O modelo simplificado levava a isso. Este ano, com a aplicação na íntegra do modelo e de todos os critérios, as possibilidades de diferenciação serão maiores, permitindo reconhecer e premiar o mérito», afirmou Jorge Pedreira, em declarações à agência Lusa.
Sublinhando que este resultados são provisórios, já que algumas escolas poderão ter deixado para o final do ano a emissão das classificações «devido a algumas dificuldades», o secretário de Estado acrescentou que os professores com notas de «Regular ou Insuficiente» estão na ordem das «escassas dezenas».
Fonte: Portugal Diário

«Professores que sofrem»: quem trata da educação especial?

Esta é a história de um vazio legal que coloca muitos em sofrimento. Professores especializados que não encontram colocação, ainda para mais numa área tão específica como a Educação Especial. Continua por resolver o caso dos docentes com pós-graduação em Necessidades Educativas Especiais com menos de cinco anos de experiência (1825 dias de serviço obrigatórios).
Sofia Barcelos é apenas um caso. Um dos muitos testemunhos recolhidos pelo PortugalDiário para retratar o sofrimento de quem está no desemprego, mesmo sabendo que os seus conhecimentos são mais do que necessários.
«Em 2005-06 decidi investir todo o meu subsídio de desemprego na pós-graduação. Estudei com colegas que saíram especializados, sendo que a pós-graduação teve os mesmos conteúdos, o mesmo programa e a mesma exigência, que a dita especialização. Todos fizemos defesa de monografia, mas os colegas com especialização diferenciam-se apenas pelos cinco anos de serviço, anteriores à formação», contou.
Na última colocação directa a nível nacional, anunciada a 28 de Agosto, surgiu a confirmação: «Nas listas definitivas de ordenação encontram-se candidatos em situação semelhante à minha, ou seja, candidatos cujo denominador comum é a habilitação pedagógica e científica para a Educação Especial que não é reconhecida como formação especializada devido ao ponto 2 do artigo 4 do Decreto-Lei 95/97».
Sofia não entende por que é que as regras são diferentes a nível nacional e local. «Porque motivo sou contratada em Contratação de Escola e sou excluída do concurso nacional, sendo que os requisitos legais da habilitação para a docência são exactamente os mesmos?», questiona, não compreendendo esta estranha diferença entre colegas: «A escola pública não é a mesma? O perfil de professor não é o mesmo? O desempenho profissional não é o mesmo?»
Dois pesos e duas medidas Aos 31 anos, Sofia soma quatro anos de trabalho, «mas pouco mais de um ano e meio de tempo de serviço efectivo», encontrando-se agora desempregada. Recorda-se que, no ano passado, foram colocados cerca de 200 professores sem formação para acompanhar crianças e jovens com autismo, paralisia cerebral ou deficiência mental, precisamente devido a esse vazio legal, que levou o Ministério da Educação (ME) a concluir que havia falta de docentes especializados. Depois destes terem sido excluídos, o ME ficou com lugares vagos que teve de ocupar com colegas de outras áreas (Electrotecnia e Ciências Agrárias, por exemplo¿)
«Em Novembro, o Ministério prometeu resolver a situação, mas nada fez. Agora, 95% das pessoas na minha situação estão no desemprego», frisou, tentando resistir a uma situação que espera levar até às portas da ministra, num protesto nacional a realizar esta terça-feira. «Há colegas com muito menos anos de serviço que, por não terem sido denunciados, já foram colocados este ano e por isso vão ter regalias que eu não vou ter», contou.
«Existem dois pesos e duas medidas», dado que estes professores com menos de cinco anos de experiência podem ser contratados por concurso de escola, mas não a nível nacional. «Qual é a diferença? Não compreendo», desabafa, sabendo que na oferta de escola não tem direito a ADSE.
«Desde o ano lectivo 2007/08, há professores colocados na Educação Especial administrativamente pelo ME sem qualquer preparação científica nessa área e, simultaneamente, há Professores habilitados em E.E. que foram excluídos e não estão colocados em nenhuma das modalidades de Concurso para a Escola Pública», referiu.
Para além do desemprego, o que mais dói é a situação de impotência, quando crianças com Necessidades Educativas Especiais (NEE) continuam à espera de ajuda: «Os pais e encarregados de educação das nossas crianças e jovens com NEE preferem professores habilitados cientificamente do que professores sem qualquer preparação científica nesta área e sem qualquer vontade para leccionarem neste grupo».
Fonte: Portugal Diário

Mais Inglês no 1.º ciclo

Sendo o ensino do Inglês no 1.º ciclo uma medida positiva e a sua aprendizagem um facto de inquestionável importância, o que justifica que ele não faça parte do programa e que os seus professores não tenham o mesmo estatuto que os professores do 1.º ciclo?
Há alguns anos iniciou-se a oferta do ensino de língua inglesa, como actividade de enriquecimento curricular (AEC), para os alunos do 3.º e 4.º anos de escolaridade. Portugal era, até então, um dos países europeus em que a aprendizagem obrigatória de uma língua estrangeira se iniciava mais tarde. No presente ano lectivo, o Ministério da Educação (ME) determinou que a oferta desse ensino se iniciasse no 1.º ano de escolaridade. Portugal está no bom caminho, mas... podemos dizer que há já ensino obrigatório de uma língua estrangeira desde os 6 anos?Na sociedade contemporânea, global e tecnológica, o inglês tornou-se, sem dúvida, numa língua universal e num instrumento de comunicação e de trabalho de crucial relevância. Daí que a sua aprendizagem precoce seja de inquestionável importância. Podemos, no entanto, dizer que, tal como em muitos países europeus, Portugal dispõe já de ensino precoce obrigatório da língua inglesa? Embora a medida de alargamento do ensino do Inglês aos 4 anos do 1.º ciclo seja positiva, a resposta só pode ser "Não". O ensino do Inglês tem, na minha opinião, um carácter de menoridade no 1.º ciclo, visto que não faz parte do currículo. É uma actividade de enriquecimento curricular, que será frequentada pelos alunos ou não, de acordo com a vontade dos seus pais.Tive oportunidade já de publicar vários artigos sobre a aprendizagem precoce do Inglês e sobre o seu ensino no 1.º ciclo (Inglês no 1.º ciclo -31/08/2005, Porquê aprender Inglês no 1.º ciclo? - 14/09/2005, O ensino do Inglês no 1.º ciclo - 28/02/2007), nos quais, salientando a importância dessa aprendizagem e louvando o seu ensino desde o início da escolaridade obrigatória, levantava alguns problemas que se colocavam ou poderiam vir a colocar. A prática veio a confirmá-los. Quando o ME divulgou o alargamento do ensino do Inglês aos 4 anos do 1.º ciclo, a imprensa deu eco a vozes individuais e colectivas que expressaram várias preocupações consonantes com as que eu havia exposto. Quais são então os problemas que, na minha opinião, se colocam?1. O carácter não obrigatório do ensino do InglêsO Inglês deveria ser uma disciplina do currículo do 1.º ciclo, tal como é dos ciclos seguintes. Só desta forma haveria "ensino obrigatório" e se garantiria a sua aprendizagem por todos os alunos. Na chegada ao 2.º ciclo, numa mesma turma pode haver alunos que tiveram Inglês no 1.º ciclo (a maioria, provavelmente) e outros que não tiveram. Obviamente esta situação coloca problemas a alunos e professores. De tal forma assim é, que os programas do 2.º ciclo continuam a ser os mesmos que vigoravam quando não havia Inglês no 1.º ciclo.2. O processo de colocação e as condições e vínculos laborais dos professores de Inglês do 1.º cicloAo contrário do que sucede com os professores de Inglês de qualquer dos outros ciclos de ensino, os do 1.º ciclo não são colocados da mesma forma nem têm as mesmas regalias. Eles podem ter formações diversas e têm uma remuneração baixa, paga a recibo verde, apenas durante o tempo em que têm trabalho, nunca ficando vinculados. Por muita formação e qualidade profissionais que tenham, estão em inferioridade relativamente aos dos outros ciclos. O seu contrato laboral pode, no entanto, diferir consoante a Câmara Municipal a que estão ligados. Por outro lado, se as suas condições de trabalho não são muito gratificantes nem apontam para a estabilidade profissional que desejam, quando encontram uma possibilidade melhor de trabalho, aproveitam-na (alguns, com penalizações estabelecidas no dito contrato), podendo criar-se situações (como vi descritas na imprensa) de alunos que têm vários professores ao longo do ano. A precariedade dos docentes colocados em AEC do 1.º ciclo está bem patente num estudo realizado pelo Sindicato dos Professores da Grande Lisboa, divulgado pela agência Lusa (http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1335521&idCanal=58). Regra geral, são obrigados a saltar de escola em escola, não conseguindo, mesmo assim, um número de horas de trabalho satisfatório. Tenho também conversado com professores a quem vão sendo solicitadas tarefas/reuniões não previstas no contrato e não remuneradas. Dos bolsos de muitos saem ainda os materiais de que precisam.3. Continuidade pedagógicaA continuidade pedagógica, princípio correcto, que o ME diz valorizar (para o que, por exemplo, alargou o período de colocação dos professores em cada escola), está totalmente posta em causa no que se refere ao Inglês no 1.º ciclo. Os professores contratados a recibo verde ganham quando trabalham e perdem o seu vínculo quando as aulas terminam, não sendo sequer integrados na carreira. Como pode ser garantida a continuidade pedagógica do ensino desta língua neste ciclo, no que se refere à continuidade do professor com a turma? E como é assegurada, em termos de programa, na passagem para o 2.º ciclo, como acima foi questionado?4. Articulação pedagógica entre os professores de Inglês do 1.º cicloEm cada escola dos restantes ciclos de ensino, os professores de cada disciplina têm reuniões e o trabalho é coordenado por um professor (titular, para garantir qualidade pedagógica!) designado para o cargo e com uma redução horária para o exercer. Existe espaço comum para planificação, debate de questões/problemas, tomadas de decisão, uniformização de critérios, etc. Existe um tal coordenador (professor de Inglês, remunerado) e um tal espaço de reunião (pago) para os professores de Inglês do 1.º ciclo?Sendo o ensino do Inglês no 1.º ciclo uma medida positiva e a sua aprendizagem um facto de inquestionável importância, o que justifica que ele não faça parte do programa e que os seus professores não tenham o mesmo estatuto que os professores do 1.º ciclo e que os professores de Inglês de todos os outros ciclos? Na minha opinião, como disse num dos meus artigos anteriores, é a poupança de algum (muito) dinheiro ao Estado. Enquanto este poupa, parecendo cumprir o objectivo do ensino universal do Inglês desde o 1.º ano de escolaridade, os alunos perdem em condições de ensino e de aprendizagem (veja-se, por exemplo, a descontinuidade dos programas entre o 1.º ciclo e o 2.º) e os professores em condições de trabalho e de dignidade profissional. Faço votos para que esta situação, injusta para todos, seja revista rapidamente.
Fonte: educare.pt

FENPROF afirma ter recebido mais de 500 queixas de irregularidades na avaliação de desempenho

A Federação Nacional dos Professores afirma ter recebido mais de 500 queixas de alegadas irregularidades relacionadas com o processo de avaliação de desempenho, reiterando que o modelo proposto pelo Governo está desenquadrado do que são as funções docentes.
A sujeição de docentes a dois processos de avaliação na mesma escola, pelo facto de leccionarem disciplinas de departamentos diferentes, a intenção de serem observadas cinco aulas e não três como estava previsto ou a penalização de professores por ausências ao serviço devidamente justificadas são algumas das "ilegalidades e irregularidades" denunciadas por docentes à Federação Nacional dos Professores (FENPROF)."O modelo de avaliação imposto pelo Governo está completamente desenquadrado do que são as funções docentes, as suas exigências e especificidades. Destina-se, sobretudo, a institucionalizar uma cadeia hierárquica dentro das escolas e a dificultar, ou mesmo impedir, a progressão dos professores na carreira", afirma a estrutura sindical, em comunicado.A FENPROF anuncia ainda que vai pedir uma reunião com o secretário de Estado Adjunto e da Educação, Jorge Pedreira, para debater esta matéria e apresentará as denúncias feitas pelos professores ao presidente da comissão paritária de acompanhamento da avaliação de professores.A 08 de Outubro, o sindicato apresenta a sua proposta alternativa de avaliação de desempenho docente. Ministério e sindicatos agendaram para Junho e Julho do próximo ano um processo negocial tendo em vista a introdução de eventuais alterações.A avaliação de desempenho arrancou no passado ano lectivo para os professores contratados e dos quadros em condições de progredir na carreira, num total de cerca de sete mil, aos quais foi aplicado um regime simplificado.O regime deveria ser aplicado de forma universal, tendo em conta apenas quatro critérios: ficha de auto-avaliação, assiduidade, cumprimento do serviço distribuído e participação em acções de formação contínua.Por outro lado, as classificações de "regular" e "insuficiente" atribuídas quer o ano passado, quer este ano lectivo, terão de ser confirmadas com nova avaliação, a realizar no ano escolar seguinte, antes de os docentes sofrerem os efeitos penalizadores previstos.Os efeitos negativos de uma nota de "insuficiente" só se farão sentir no caso dos docentes contratados, que não renovarão contrato.Contactado pela Lusa, o Ministério da Educação não quis comentar as denúncias apresentadas pelos professores à FENPROF, aguardando pelo pedido de reunião com o secretário de estado Jorge Pedreira.
Fonte: educare.pt

Escolas querem notas dos alunos fora da avaliação

Há escolas que se preparam para pedir a suspensão do parâmetro referente aos resultados dos alunos na avaliação de desempenho, com base num documento produzido pelo Conselho Científico para a Avaliação de Professores.
Uma escola de Vila Real poderá enviar para o Ministério da Educação um abaixo-assinado defendendo a suspensão do parâmetro B (resultados escolares). No Estoril há outra. Há também um caso, na região Centro, cujo Conselho Pedagógico se recusou a aprovar os instrumentos de avaliação e os professores, em reunião geral, se preparam para pedir a suspensão do processo.
Os sindicatos não identificam os estabelecimentos para não os sujeitarem a "pressões antecipadas" da tutela. Dizem que nas escolas se vive "um clima de medo", e que o processo de avaliação está longe de ser tranquilo. "Até ao final do ano, o movimento voltará a ser nacional", garantiu, convictamente, ao JN Carlos Chagas, presidente do FENEI/Sindep.
"Quando os professores perceberem que o seu esforço é inglório e que a avaliação - da qual depende a sua progressão na carreira - resulta de uma apreciação subjectiva reagirão de forma consistente e nacional. Não tenho dúvidas", insistiu.
No "mail verde" que criou para acompanhamento do processo, a Fenprof já recebeu mais de 500 queixas, em quatro meses. "E a procissão vai no adro", comenta ao JN Mário Nogueira.
"Há escolas que definiram metas de sucesso, por exemplo de 80%, e se o professor não a cumpre é penalizado na avaliação. É inaceitável", afirma o secretário-geral da Fenprof, que tal como a FNE e o Sindep recusam, liminarmente, que os resultados dos alunos façam parte dos parâmetros de avaliação de desempenho.
O CCAP recomenda que os resultados sejam "uma responsabilidade partilhada pela escola e pelo docente". Já a Associação Nacional de Professores, não discorda com o princípio desde que não se focalize nas notas. "Há testes padronizados aplicados aos alunos, muito usados nos EUA" que podem medir "a evolução da aquisição de conhecimentos", defendeu João Grancho. O problema, insistiu, "é que as escolas ainda não têm uma cultura de avaliação. É preciso tempo e formação, que não se centre na divulgação do diploma legal, mas na organização prática do processo" .
Fonte: JN

Ioga ajuda crianças na escola

Escolas brasileiras têm recorrido, não de forma sistemática, a aulas de ioga para conter o excesso de energia de seus alunos. A atividade integra o currículo do ensino fundamental de pelo menos um colégio particular de São Paulo, o Hugo Sarmento, como mostra uma reportagem da presente edição de VEJA. Ali, uma vez por semana, os alunos se contorcem nas posições requeridas pela ginástica milenar criada na Índia – a de lótus, a da vela, a do cachorro, a do peixe, a do corvo, a da aranha –, bem mais fáceis para as crianças do que para os adultos.
"A ioga trabalha a coordenação, a força e o equilíbrio, inclusive o mental", diz a professora Maria Ester Azevedo Massola. "Trata-se de uma forma de enfrentar um contexto extremamente competitivo e cheio de estímulos, em que prevalecem as agendas atribuladas", explica Maria Ester, que acaba de lançar o livro Vamos Praticar Yoga? – Yoga para Crianças, Pais e Professores.
Nos Estados Unidos, aulas de ioga estão no programa obrigatório de uma centena de estabelecimentos infantis. Aqui como lá, academias também oferecem classes exclusivas para crianças, chamadas de Yoga Kids. Um dos principais benefícios da prática é ajudá-las a se concentrar nas tarefas. "Agora fico mais calma na hora das provas", diz Giovanna Missani, de 10 anos, que faz ioga desde os 3 e usa as técnicas de respiração e relaxamento antes de se submeter aos testes.
Os exercícios ainda promovem ganho de força e flexibilidade. Essa última é especialmente importante porque o grau de elasticidade de uma pessoa é definido até a pré-adolescência. Quanto mais ela for treinada e estimulada na infância, tanto melhor será a sua capacidade de alongar músculos e articulações na vida adulta.
Nos últimos anos, foram realizados estudos que mostram os benefícios psicológicos da ioga para crianças hiperativas e aquelas com transtorno do déficit de atenção, distúrbio que pode comprometer terrivelmente o rendimento escolar.
Fonte: Vejaonline

Surdez: Ministério da Educação vai formar 1.700 profissionais nos próximos três meses

Mais de mil professores e técnicos de ensino vão receber nos próximos três meses cursos de educação especial, disse hoje à Lusa fonte do Ministério da Educação, reagindo a preocupações da Federação Portuguesa das Associações de Surdos (FPAS).
A propósito do Dia Mundial do Surdo, que se assinala domingo, o presidente da FPAS revelou terça-feira à Lusa que uma das "maiores preocupações" é a de os "jovens poderem prosseguir os seus estudos em direito de igualdade, com intérpretes de língua gestual portuguesa, na sala de aula, sem terem que ser os próprios a pagar os ordenados" daqueles técnicos.
De acordo com dados fornecidos à Lusa pelo Ministério da Educação, entre Outubro e Dezembro vão ser realizados cursos de formação em educação especial - nos domínios da surdez, visão, multideficiência e espectro do autismo - abrangendo um total de 1.200 professores e outros técnicos dos ensinos público e privado.
Quanto à surdez, o Ministério adiantou que vão estar envolvidos, no ano lectivo que agora começou, 74 formadores de Língua Gestual Portuguesa (LGP), 76 intérpretes e 36 terapeutas da fala.
O Ministério tem identificados na rede escolar 815 alunos com surdez severa ou profunda.
O adjunto do secretário de Estado da Educação Manuel Joaquim Ramos realçou à Lusa a aposta na formação dos auxiliares de acção educativa, considerado um "grupo muito importante na inclusão dos alunos" com dificuldades.
De acordo com a mesma fonte, este ano foram formados 700 destes auxiliares.
Fonte: JN

Sócrates quer Internet em todas as escolas do país até Abril

O primeiro-ministro anunciou, sexta-feira, de visita a uma escola de Faro, que quer que até ao final de Abril do próximo ano todas as escolas do país tenham ligação à Internet. Sócrates só não conseguiu responder à pergunta de um aluno com mobilidade reduzida.

Acompanhado pela ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, numa visita a Escola Secundaria Pinheiro e Rosa, José Sócrates testemunhou a vídeo-conferência entre aquela escola e a Escola Serafim Leite, em São João da Madeira.
«Queremos que todas as escolas do país estejam ligadas à Internet com uma velocidade não inferior a 48 megabits e que 100 delas, como é o caso desta, estejam ligadas a 100 megabits», disse.
O Chefe do Governo disse que é também objectivo do Executivo que «todas as salas de aula tenham uma ligação à Internet» e que «cada escola tenha uma rede de videovigilância para aumentar a segurança».
«Queremos também que haja um cartão de aluno que permita uma melhor gestão escolar e que o dinheiro seja eliminado do perímetro escolar», para além de mais computadores, mais quadros interactivos e videoprojectores», adiantou.
Durante a sua visita, José Sócrates só não respondeu a um aluno com mobilidade reduzida que perguntou ao primeiro-ministro quando é que aquela escola terá um elevador para poder aceder ao primeiro andar.
Fonte: Tsf

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

«Magalhães»: os cuidados que os pais devem ter

José Sócrates assegura que o controlo parental nos computadores «Magalhães» está garantido, a ministra da Educação não sabe medir até que ponto o filtro pode proteger as crianças, mas a verdade é que sem a intervenção dos pais e dos professores não haverá um controlo realmente eficaz.
O cerne da questão está no acesso à Internet, o que, para as crianças de 6, 7 ou 8 anos de hoje em dia é algo banal. Antes do «Magalhães» já muitas destas jovens pessoas conheciam a Web, utilizando os computadores lá de casa ou os muitos que já se encontram nas escolas. O Google não é nenhuma novidade, nem exclusivo destes portáteis, pelo que se trata de uma discussão que tem de ir um pouco mais longe.
Tanto a versão Windows XP, como a Linux Caixa Mágica apresentam programas com possibilidade de controlo parental, mas este tem de ser monitorizado pelos educadores. O acompanhamento tem de ser constante, como refere Pedro Dias, professor do 1º ciclo e coordenador de Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) numa escola de Famalicão.
«Na minha opinião, felizmente, estes programas vêm desactivados de fábrica, o que permite aos pais e professores definir quais as restrições, não só na navegação na internet, mas também dos horários de utilização da própria máquina. É uma questão de negociar o tipo de restrições», referiu ao PortugalDiário.
Soluções pouco nacionais
Apesar do pouco tempo para trabalhar no equipamento a nível de software, nota-se que existe uma grande preocupação em relação às crianças, nomeadamente no ambiente Caixa Mágica, que foi idealizado de raiz por uma equipa de programadores portugueses.
No Windows XP, o programa que assume maior controlo é o Magic Desktop, um software elogiado a nível europeu e desenvolvido pela empresa norueguesa Easybits.
Existem, porém, outras soluções que podem ser aplicadas pelos pais, complementares aos programas instalados. Uma delas é portuguesa e desenvolvida muito perto da JP Sá Couto, principal parceira do Governo no projecto «Magalhães». O Net-Mamma é de Vila Nova de Gaia e permite efectuar um controlo parental de eficaz.
«Trata-se de um programa invisível, que funciona sem que a criança se aperceba. Os pais podem ver as conversas no Messenger, perceber os hábitos de navegação e os interesses de pesquisa nos motores de busca. Também é possível impor limites horários para a utilização de programas e fazer todo este controlo em utilizadores diferentes no mesmo computador», explicou Dinis Brazão, da Agilitas.
O programa pode ser descarregado on-line e capacita os pais a efectuarem um «diagnóstico completo sobre quais os interesses da criança e se está a ter interesse por coisas que não deveria ter», abrindo caminho à aplicação de restrições ou abrindo portas quando se estabelecem pontes de confiança.
A nível internacional existem outras ferramentas, como o Glublle, que funciona como simples extensão do programa Firefox, ou os mais complexos DyKnow e NetOP School. Soluções informáticas que só servirão de complemento ao acompanhamento constantes que tem de ser feito por pais e professores.
Fonte: Portugal Diario

Videovigilância e alarme nas escolas dentro de mês e meio - coordenador

Os sistemas de vídeovigilância e alarme deverão chegar às 1.200 escolas do 2º e 3º ciclos do básico e secundárias dentro de "um mês e meio", revelou à agência Lusa o coordenador do Plano Tecnológico da Educação (PTE).
"Dentro de mês e meio os sistemas chegarão às escolas. O júri do concurso já elaborou o relatório preliminar, no qual expressa a vontade de adjudicação à ONI. Está a decorrer a fase de audiência prévia dos interessados, seguindo-se o relatório final. Foi necessário fazer vários esclarecimentos adicionais aos concorrentes. Se não fosse isso já tinha sido feita a adjudicação", explicou João Trocado da Mata.
Enquanto decorre este processo, 120 escolas já notificaram a Comissão Nacional de Protecção de Dados, procedimento obrigatório para a instalação daqueles equipamentos.
"Desenvolvemos um trabalho com a Comissão no sentido de facilitar e simplificar a notificação e aprovação deste processo. A muito breve prazo esperamos que todas as escolas notifiquem, já que é condição para a instalação destes sistemas", explicou.
As câmaras direccionadas para os pátios ou recreios exteriores e para espaços com concentração de equipamentos tecnológicos só estão ligadas fora do período de funcionamento da escola, lê-se no formulário que a Lusa consultou.
Durante a noite, o acesso ao sistema de videovigilância das escolas deverá ser realizado pelas autoridades policiais ou por uma empresa de segurança privada, contratada para esse efeito.
Em entrevista à Lusa, o coordenador do PTE revelou ainda que o Governo quer alargar para 100 o número de Academias Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC), que vão reforçar e certificar as competências dos alunos.
Segundo João Trocado da Mata, "está a ser preparada a adesão de mais dez grandes empresas ao programa 'Academias TIC', entre as quais a Intel".
Em Junho foram assinados protocolos de colaboração para a abertura das primeiras "Academias TIC", com empresas como a Microsoft, a Oracle e a Cisco, que arrancam ainda este ano com 30 academias.
"A expectativa é que seja possível implementar até ao final deste ano lectivo 100 Academias TIC. Poderemos ter 15 ou 16 grandes empresas da economia do conhecimento com cada uma a constituir cinco ou seis academias", explicou o responsável.
A formação e certificação em TIC é um dos três eixos de actuação do PTE. O modelo de formação dos docentes já está "desenhado", começando até ao final do ano a formação de formadores e a partir de Janeiro a formação de professores.
"Será um modelo modular, sequencial e disciplinarmente orientado. Posso garantir que vamos cumprir a meta de ter 90 por cento dos professores formados e certificados em tecnologias da informação e comunicação em 2010", afirmou.
Em relação aos diversos concursos públicos internacionais lançados para apetrechamento das escolas, João Trocado da Mata indicou que a aquisição de 111 mil computadores já está em fase de adjudicação e que até ao final do ano "a esmagadora maioria" destes equipamentos já estarão nas escolas.
O objectivo é ter um rácio, durante este ano lectivo, de 1 equipamento por cada cinco alunos. Em 2010 será de 1 computador por cada dois estudantes.
Por outro lado, garantiu que as redes de área local, que permitirão aceder à internet a partir de qualquer ponto do estabelecimento de ensino já estão a ser implementadas e que o Centro de Apoio Tecnológico das Escolas arranca no ínicio de 2009.
O Plano Tecnológico da Educação representa um investimento de 400 milhões de euros e pretende colocar Portugal entre os cinco países europeus mais avançados na modernização tecnológica dos estabelecimentos de ensino.
Fonte: Lusa

O que comer na escola?

Quando lhes dá dinheiro para comerem na escola, muitas vezes trocam o almoço por qualquer alimento ou bebida mais ao seu gosto, que lhes oferece este ou outro brinde ou que a publicidade tão bem lhes sabe impingir.
Agora que se iniciou mais um ano lectivo e que cada vez mais a obesidade infantil é falada nos meios de informação, muitos pais se questionarão quanto àquilo que os seus filhos deverão ou poderão comer nas horas em que estão fora de casa. Em muitos casos, são mesmo muitas horas e podem abranger três refeições. Por isso deve haver um especial cuidado na escolha dos alimentos sob pena de as crianças não ingerirem os nutrientes necessários ao seu óptimo crescimento e desenvolvimento, ao mesmo tempo que, em muitos casos, engordam assustadoramente.O Ministério da Educação impôs já, ou melhor, sugeriu, a abolição ou limitação de alguns géneros alimentícios com pouco interesse nutricional e cheios de açúcar ou gordura. É claro que junto das escolas há, muitas vezes, cafés ou outros estabelecimentos aptos a vender aquilo que se "proíbe" nas escolas. Mas aqui o papel dos pais é fundamental. Quando lhes dá dinheiro para comerem na escola, muitas vezes trocam o almoço por qualquer alimento ou bebida mais ao seu gosto, que lhes oferece este ou outro brinde ou que a publicidade tão bem lhes sabe impingir. Dar-lhes dinheiro torna-as também mais vulneráveis a assaltos e cobiça entre colegas. Por isso, muitas escolas funcionam já com senhas pré-compradas. Se na escola do seu filho isso ainda não acontece, sugira-o. Mais, as senhas deverão ser específicas para cada produto: senha para iogurte, para leite, para fruta, para sandes, etc., pois só assim é possível ter a certeza do que ele vai comer. Peça na escola uma tabela com os alimentos disponíveis e combine com o seu filho a ementa da semana, relativa aos almoços e snacks. O almoçoA sopa deverá poder ser consumida mesmo que o prato do dia não o seja, podendo ser complementada com uma sandes tipo americana(*) fornecida pela escola ou levada de casa. Esta pode ser uma forma de obviar o prato do dia, que nem sempre é confeccionado a preceito e gosto das crianças enquanto a sandes, quando bem confeccionada, é nutricionalmente mais rica do que o dito prato. Deve existir fruta, salada de frutas sem açúcar ou sumo natural, tanto na cantina como no bufete. E nada de sobremesas doces, que podem ficar para o fim-de-semana...Os snacks, ou pequenas refeições intercalaresApesar de pequenas, as refeições intercalares são extraordinariamente importantes para garantir o consumo das doses diárias recomendadas (DDR) dos vários nutrientes. Não é preciso comer muito, mas bem! Os snacks mais calóricos são geralmente também os menos ricos nutricionalmente, o que significa que engordam e prejudicam a saúde e o crescimento.Iogurtes variados, leite ou queijinhos magros, pão com queijo magro, fiambre de peru ou frango ou compota, bolachas Maria, torrada ou integral, cereais com fibras e pouco açúcar, amendoins, nozes ou outros frutos secos, ameixas, uvas passas ou outros frutos desidratados, fruta fresca ou sumos de fruta naturais - são imensas as opções e combinações que poderá fazer! O que escolher com e para o seu filho poderá ser para si, numa dose maior, também uma boa opção para levar para o trabalho. Leve as crianças desde cedo para a cozinha e solicite-lhes ajuda adequada à sua idade na preparação de alimentos e da mesa. E tente fazer com elas, ou com que elas o façam, uma hora de actividade física por dia.(*) recheada com a dose, para a idade, de um fornecedor proteico (pescado, carne magra, ovos ou queijo magro) e completada com alface, tomate, cenoura, pimento ou qualquer outro alimento do grupo dos vegetais.
Fonte: educare.pt

Introspecção educativa

Ministros da Educação, entre 1962 e 2005, falam da sua experiência num livro publicado pela tutela. Responsáveis pela pasta destacam pouco tempo em funções e resistência às mudanças como principais dificuldades. "Que reformas gostaria de ter promovido e não promoveu?" é uma das perguntas colocadas.
"Quatro décadas de Educação 1962>2005", uma publicação da Secretaria-Geral do Ministério da Educação (ME). Seis perguntas para cada um dos responsáveis que assumiu a pasta. "Que imagem guarda da sua passagem pelo Ministério da Educação?". "Durante o seu mandato, qual a sua visão para o sistema educativo?". "Que reformas gostaria de ter promovido e não promoveu?". "As reformas que na altura entendeu por bem promover depararam com que tipo de dificuldades?". "Quais as mudanças significativas que se verificaram durante o seu mandato?". "Que outro ou outros temas, não contemplados nas perguntas anteriores, gostaria de abordar?". Questões feitas, perguntas dadas. Um retrato do sistema educativo pelo punho dos próprios responsáveis.A actual ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, escapa às perguntas. Por ainda se encontrar em funções, por não ser possível fazer o balanço do trabalho feito. Mesmo assim escreve nas primeiras páginas num texto que intitulou "40 anos de mais e melhor educação em Portugal". No início, uma pergunta seguida de uma resposta. "O que têm em comum os últimos 40 anos de políticas educativas, com tantos, e tão diferentes, protagonistas principais? Diria que se houve algo de essencial que marcou as políticas educativas ao longo de todo este período foi o objectivo de proporcionar a todos os jovens portugueses o maior número de anos de escolaridade, de alargar o acesso à escola a todas as crianças e jovens durante o maior número de anos possível". A ministra recorda os principais passos dados a partir da década de 60. "A actividade do ME envolver centenas de peritos implicou a realização de estudos e o lançamento de programas especiais ou de iniciativas inovadoras, colhendo inspiração nas melhores práticas dos países mais desenvolvidos". Um trabalho que, sublinha, foi feito com base no diálogo com vários sectores da sociedade portuguesa. Última frase: "(...) cada ministro da Educação foi ministro do seu tempo, tendo, nesse tempo, contribuído para concretizar a ambição partilhada do aumento da qualificação escolar dos portugueses". Antes disso: "Gradualmente, a nossa escola passou de uma instituição fechada sobre si própria e destinada apenas a alguns, para uma instituição aberta ao exterior, procurando integrar e escolarizar todos os alunos, desenvolvendo estratégias pedagógicas e ofertas formativas diferenciadas para responder à heterogeneidade desses alunos e à diversidade das suas expectativas". Mais uma constatação: "A escola evoluiu de uma situação de total dependência da administração central para um quadro de maior autonomia e responsabilidade, criando espaços para a participação e envolvimento, nas suas decisões, de pais e encarregados de educação, de autarquias e de outras instituições de proximidade."Combater a iliteraciaRoberto Carneiro, ministro de 17 de Agosto de 1987 a 31 de Outubro de 1991, enceta profundas reformas no sistema de ensino. Elabora o primeiro estatuto do pessoal docente dos ensinos básico e secundário, trata da reforma dos planos curriculares e dos programas de ensino. Como principal mudança realça a mudança de protagonistas. "As comunidades educativas assumiram, desde a base, o papel de verdadeiro motor da inovação e da ?reforma'", sublinha. E deixa várias sugestões para o presente e futuro, nomeadamente como restaurar uma cultura de confiança e reabilitar um sentido de mobilização de base no sistema educativo, abandonar a ideia das mega-reformas, apostar na autonomia das comunidades educativas, prevenir e combater todas as formas de iliteracia e prevenir e sancionar energicamente a "incivilidade" em ambiente escolar. Couto dos Santos fixa as propinas do Ensino Superior e anuncia o encerramento das escolas primárias com menos de 10 alunos, entre 1992 e 1993. Seguiu-se Manuela Ferreira Leite, de final de 1993 a Outubro de 1995. "Em termos muito gerais, o sistema educativo devia ser capaz de suscitar confiança na sua qualidade e na capacidade de promover uma verdadeira igualdade de oportunidades, criando condições para formar uma geração qualificada, criativa, ambiciosa e exigente, capaz de competir num mundo cada vez mais concorrencial", salienta. Marçal Grilo, ministro de 1995 a 1999, aposta no diálogo entre todas as partes do sistema educativo. Dificuldades? "A tradicional resistência à mudança que é tão característica do comportamento de quase todos os grupos profissionais e o modo como alguns dirigentes sindicais entendem a sua função de defesa dos interesses da ?corporação' dos professores". E lamenta que a sua proposta do "pacto educativo" não tenha sido aceite no Parlamento. Um pacto que, em seu entender, iria permitir "estabelecer algumas orientações de política para o sector que permitissem evitar as constantes alterações que se processam na transição entre legislaturas ou mesmo entre governos durante a mesma legislatura". Oliveira Martins, de 1999 a 2000, acredita num trabalho "permanente e persistente". "As resistências na educação são sempre muito grandes e evidentes. Estamos a falar da sociedade em ?carne viva' e de problemas inesperados. Lidamos sempre com a incerteza e o futuro", observa. Augusto Santos Silva não esteve um ano como ministro da Educação. Cria a Agência Nacional para a Educação e Formação de Adultos, negocia um novo regime de recrutamento e colocação de educadores e professores. Os agrupamentos escolares do Ensino Básico vêem a luz do dia. Júlio Pedrosa também esteve pouco tempo no cargo, de Julho de 2001 a Abril de 2002, por causa de eleições antecipadas. Introduz o Espanhol no 3.º ciclo e lança bases para a adopção de orientações da Declaração de Bolonha. "Os últimos anos, em que a desigualdade social e a pobreza continuaram a estar bem patentes nas nossas comunidades, reforçam a premência de se cuidar mais e cooperar com as escolas e os professores, bem como de acompanhar e actuar sobre os contextos de vida das crianças e sobre as relações entre as famílias e as escolas", escreve. David Justino defende como principais pilares para uma reforma educativa a reorganização dos ciclos de ensino, a revisão do estatuto da carreira docente e a alteração do modelo de gestão das escolas. O "mandato" de Maria Costa Seabra, ministra durante sete meses, entre 2004 e 2005, é marcado pelo atraso do arranque do ano lectivo devido às dificuldades na colocação atempada dos professores. "(...) era a primeira vez que se fazia o concurso para a colocação simultânea de todos os professores nas escolas", justifica. "Reivindicações corporativas"Inocêncio Galvão Telles, ministro da Educação Nacional, de 1962 a 1968, no tempo de Salazar, aceita o cargo com alguma relutância e fica conhecido por ter dado "um sopro de ar moderno" ao sector educativo, por ter alargado de quatro para seis anos a escolaridade obrigatória, por ter criado a telescola. "Realizei tudo o que as circunstâncias permitiram fazer", confessa. Hoje garante que a extinção da telescola foi "um grave erro". "A telescola era como que uma grande sala de aula que tinha como paredes as fronteiras de Portugal". Seguiu-se José Hermano Saraiva, de 1968 a 1970, que saiu "frustrado" do cargo. Tinha sido chamado para executar um plano, mas a mudança do chefe do Governo alterou-lhe o trabalho. "Travei a batalha antes do tempo e não tive força nem tempo para a concluir". A sua visão sobre o sistema educativo previa a "articulação entre o serviço da escola e as exigências e perspectivas do desenvolvimento global europeu". Seguiu-se Veiga Simão, que implementa o ensino básico do Português em várias escolas estrangeiras, cria os exames ad hoc para ingresso ao Ensino Superior e o Instituto de Acção Social Escolar. "Como transformar a escola e a universidade, hoje imersas em problemas intramuros, em fóruns de construção do futuro?", questiona. Depois do 25 de Abril, Vítor Rodrigues Alves, co-fundador da Associação 25 de Abril, fica com a pasta de 19 de Setembro de 1975 a 23 de Julho de 1976. Trabalha em várias frentes. Toma medidas para combater o analfabetismo, introduz a avaliação contínua, estipula o preço máximo do livro escolar, investe na formação da classe docente, reestrutura unidades do ensino superior e técnico, cria o Instituto Nacional de Investigação Científica, funda a Universidade dos Açores e a Universidade Aberta, cria o secretariado para o ensino especial. "Gostaria de ter levado muito mais longe a descentralização dos serviços do Ministério, cuja macrocefalia é responsável pelo seu deficiente funcionamento. Gostaria de ter conseguido fazer muito mais pela educação infantil, pois acreditava que era naquele estrato etário que deveríamos colocar a prioridade", escreve. Valente de Oliveira esteve no cargo de 1978 a 1979. Dá continuidade ao alargamento da rede de estabelecimentos de educação de infância e elabora o Estatuto da Carreira Docente, que não chega a ser promulgado devido à mudança de Governo. "Havia, então, manifestações quase diárias em frente do Ministério, chamando a atenção para as mais diversas situações. Todos eram escutados por representantes do ministro. Algumas delas mereciam atenção; outras correspondiam a meras reivindicações corporativas, quase sempre relacionadas com melhorias materiais que se inscreviam num quadro mais vasto de equilíbrios macroeconómicos, aos quais era preciso atender, antes de tudo o mais", recorda. Segue-se Veiga da Cunha, que aprova novas licenciaturas e novos estabelecimentos de ensino superior e atribui subsídios de compensação de despesas às famílias mais carenciadas. João de Deus Pinheiro avança com o Projecto Minerva e a pergunta "Que reformas gostaria de ter promovido e não promoveu?" fica sem resposta.
Fonte: educare.pt

'E-escolas' pode custar 1406 euros em PC e Net obrigatória

Algumas das ofertas implicam encargos altos por 36 meses.
A compra de portáteis através do programa "e--escolas" pode não ser bom para quem quer evitar encargos a prazo. É que, ao contrário do recém-lançado "e-escolinhas", no 1.º ciclo - em que não é obrigatório aderir a uma das ofertas de Internet das operadoras aderentes -o "e-escolas" implica a permanência, por 36 meses, num plano que dependendo do escalão de rendimentos e da opção de acesso custará de 180 e mais de 1200 euros só em mensalidades.Para os alunos abrangidos pelos escalões 1 e 2 da Acção Social Escolar (ASE), correspondentes ao escalão 1 do "e-escolas", a compra é vantajosa: basta assegurar uma mensalidade de 5 euros, durante 36 meses, totalizando 180 euros, para que o computador fique definitivamente na sua posse sem mais encargos. Também apetecível é a oferta para o escalão 3 da acção social escolar (ASE) - alunos que, não sendo elegíveis para apoios como manuais e refeições comparticipadas, ainda pertencem a agregados familiares cujos rendimentos são baixos. A estes - que o site do "e-escolas" classifica de 2.º escalão -, as tarifas das operadoras implicam uma mensalidade de 15 euros, que se traduz num custo total de 540 euros pelo computador e acesso à Internet durante três anos.Planos até 34,9 euros mensais Mais variável é a oferta do que o e-escolas considera "3.º escalão" que, na realidade, não corresponde a qualquer índice da ASE. Aqui, além de pagarem 150 euros pelo equipamento, os aderentes ficam comprometidos com uma mensalidade mínima de 17, 5 euros, o que significa um custo mínimo de 780 euros incluindo o portátil. Mas esta factura pode chegar até aos 1406,4 euros se a escolha cair na opção de Internet mais cara: 34,9 euros.O facto de as tarifas do e-escolas identificarem 3 escalões que não correspondem aos da ASE levou ontem o CDS-PP a pedir esclarecimentos ao Ministério, que acabou por prometer clarificar os dados que surgem na página. "Estava-se a identificar como ASE um índice que, na realidade, só corresponde a dois dos seus escalões, e isso estava a motivar muita confusão e queixas nas escolas", disse ao DN Diogo Feio, do CDS/PP. "Esperamos também que este alerta sirva para que as pessoas estejam mais atentas ao que lhes é oferecido, que nem sempre transparece nas acções mediáticas".
Fonte: DN

Oposição critica centralismo do novo modelo de gestão escolar

A oposição foi hoje unânime nas críticas ao novo modelo de gestão das escolas aprovado em Abril pelo Governo, considerando que é autoritário, centralizador e limitador da autonomia.O debate foi suscitado pela discussão de um projecto do PCP para alterar a gestão escolar, visando “maior participação da comunidade”, através de “conselhos regionais” e da participação dos alunos na direcção. O diploma, que segue a lei de bases do sistema educativo, prevê a eleição do “conselho de gestão” pelos docentes em serviço no agrupamento escolar, mediante a apresentação de listas. Criticando a figura do “director escolar” existente no modelo em vigor, o deputado comunista Miguel Tiago considerou que “é apenas um mandatário do Governo”, acrescentando que o executivo optou por um “modelo autoritário” que “põe fim à experiência de gestão democrática das escolas”.Apesar de não concordar com o projecto do PCP, por considerar que “não liberta as escolas das amarras do ministério da Educação”, o deputado social-democrata Pedro Duarte entende que, no modelo em vigor, “o verdadeiro director da escola é a ministra da Educação”. O deputado deu como exemplo despachos da secretaria de Estado que regulam “até os cacifos escolares” e “previnem para a necessidade” de tratar das árvores nos recreios. “Trata-se de uma atitude ultrapassada, obsoleta”, afirmou, considerando que não é possível falar de autonomia das escolas, enquanto o Governo “instrumentalizar a escola para ter proveitos eleitorais”. Já a deputada Ana Drago, do Bloco de Esquerda, lamentou que o Governo tenha fechado o debate, não dando oportunidade à Assembleia da República para discutir a questão. Também a deputada critica a possibilidade de o Governo “impor um director escolar”, não deixando liberdade às escolas para escolher o seu modelo. Já o deputado do CDS-PP José Paulo de Carvalho, apesar de criticar o modelo em vigor, considerou que o proposto pelo PCP “é ainda pior” por pretender “o regresso ao passado” e criar “estruturas e comissões” tão numerosas que seriam ineficazes. Em defesa do Governo, o deputado socialista João Bernardo frisou que a “mudança de paradigma da escola aproxima-a de modelos de gestão mais democrática” e considerou que o projecto do PCP “tenta melhorar algo que já não corresponde às necessidades da escola pública”.
Fonte: Público

CDS-PP quer esclarecimentos sobre preços da ligação à Internet no programa "e-escolas"

O CDS-PP pediu esclarecimentos ao Governo sobre a discrepância entre os preços fixados em Diário da República e os praticados pelas operadoras de telecomunicações no âmbito do programa “e-escolas”. Segundo os democratas-cristãos, os alunos ficam sem saber ao certo quanto pagarão pela Internet.Um despacho do gabinete do secretário de Estado Adjunto e da Educação, publicado em Diário da República a 11 de Agosto, fixa preços mais baixos da ligação à banda larga do que os divulgados pelas operadoras de telecomunicações e do que os previstos no próprio site do programa. O líder parlamentar do CDS-PP, Diogo Feio, disse à Lusa que a bancada tem recebido queixas de famílias que se deparam com a discrepância de informações, acrescentando que “quando contactam o Ministério da Educação, é garantido às famílias que os preços correctos são os fixados no despacho”. “Impõem-se esclarecimentos urgentes da parte do Governo”, afirmou, considerando que “o caso é demonstrativo da diferença entre a propaganda que o primeiro-ministro faz e a realidade”.O programa, que foi alargado ao terceiro ciclo do ensino básico e secundário a partir do presente ano lectivo, prevê a entrega de computadores portáteis aos alunos que adiram e a ligação à Internet a preços reduzidos.Segundo o despacho do secretário de Estado Adjunto e da Educação, Valter Lemos, os alunos abrangidos pelo escalão 1 e 2 do abono de família pagam pela ligação uma mensalidade de cinco euros, enquanto os do escalão 3 pagam uma mensalidade de 15 euros.No entanto, segundo o CDS-PP, no site do programa na Internet, www.eescola.net, a mensalidade prevista para os alunos do escalão 2, “agregados de baixo rendimento”, é de 15 euros, mais dez que o indicado no despacho do secretário de Estado. Já no escalão 3, a mensalidade é de 17,5, mais 2,5 euros.Uma vez que a adesão ao programa é no mínimo de 36 meses, a diferença no valor global para os alunos do escalão 2 é de cerca de 360 euros a mais, frisou o líder parlamentar democrata-cristão, Diogo Feio.Acresce que o despacho, que regula as condições de aplicação das medidas de acção social escolar, fixa que os computadores são gratuitos em todos os escalões, apesar de o site do programa, e as páginas das operadoras, estabelecerem que os alunos abrangidos pelo escalão 3 do abono de família pagarão 150 euros pelo portátil.
Fonte: Público

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Ministério sabia que subida das notas a alunos do 12.º era ilegal

Os serviços de acesso ao ensino superior, tutelados pelo ministro Mariano Gago, sabem, pelo menos desde 3 de Setembro, que os certificados de equivalência ao 12.º que receberam dos serviços do Ministério da Educação, referentes a alunos de alguns currículos estrangeiros, foram calculados de forma ilegal. Isto, por se basearem numa proposta de lei que não estava, e não está, em vigor.Mas, a avaliar pelas respostas enviadas ao PÚBLICO na passada segunda-feira, 22 de Setembro, pelo director-geral do Ensino Superior, António Mourão, nada foi feito. "A Direcção-Geral do Ensino Superior aceita como válidos todos os documentos equivalentes ao 12.º ano, devidamente autenticados pelas entidades emissoras que têm competência para tal", lia-se na resposta escrita. Garantia-se ainda que não tinha sido comunicada, "por parte destas entidades, qualquer situação de erro de serviço ou eventualmente irregular".Ora, no dia 3 de Setembro, o coordenador do Gabinete de Assuntos Jurídicos e de Concessão de Equivalências da Direcção-Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular (DGIDC), Pedro Martins, tinha informado Acácio Baptista, director de Serviços do Acesso ao Ensino Superior e a pedido deste, o seguinte: "Os cálculos das classificações das equivalências das habilitações obtidas pelos alunos nas escolas estrangeiras sediadas em Portugal foram efectuadas com base na proposta de portaria a cujo envio oportunamente procedemos a esses serviços." Na troca de informações, a que o PÚBLICO teve acesso, acrescentava-se que a referida proposta tinha sido enviada para aprovação do secretário de Estado da Educação, "crendo-se que até ao final da corrente semana [de 3 de Setembro] será apreciado por este membro do Governo".Assim, quer a DGIDC, responsável pela emissão de certificados de equivalência ao 12.º a alunos que concluíram currículos estrangeiros, quer a Direcção-Geral do Ensino Superior (DGES) sabiam que estavam a ser dadas notas ao abrigo de uma eventual alteração legislativa, mais favorável para os alunos, que ainda não tinha acontecido. Alteração não foi publicadaO PÚBLICO voltou ontem a contactar o Ministério do Ensino Superior, para perguntar como é que os serviços aceitaram como válidos, para efeitos de acesso ao superior, certificados emitidos desta forma. Mas, até às 20h00, não obteve resposta.A referida proposta de portaria definia novas tabelas de equivalência para os currículos do International Baccalaureate (IB Diploma), ingleses e norte-americanos e tinha efeitos retroactivos até 2005/2006. Estes planos de estudo existem numa dúzia de escolas em Portugal, como o St. Julian, o Frank Carlucci American International School of Lisbon ou o Colégio Planalto. Ao todo, poderão ter sido beneficiados nas suas notas - que nalguns casos serviram para concorrer ao superior e entrar no curso desejado - perto de duas centenas de alunos. A grande maioria concluiu o secundário este ano e há ainda estudantes que, tendo acabado nos dois anteriores, também pediram novas vias. O diploma, proposto pela DGIDC, deu entrada na Secretaria de Estado da Educação em Agosto e foi assinado pelo secretário de Estado Valter Lemos a 5 de Setembro. Ontem, o assessor de imprensa do Ministério da Educação (ME), Rui Nunes, informou que a portaria não seguirá para Diário da República. A 9 de Setembro, Pedro Martins informou Acácio Baptista que já tinha enviado cópia dos documentos referentes à "revogação da Portaria n.º 433/2005, de 19 de Abril". É este o diploma que regula as equivalências ao Bacharelato Internacional, um curso de nível secundário reconhecido internacionalmente. O diploma só poderia ser revogado, quando fosse publicada a alteração em Diário da República.Recorde-se que foi perante as dúvidas suscitadas pelo PÚBLICO junto do ME - certificados a que teve acesso revelavam subidas de notas e a omissão da legislação aplicável - que Valter Lemos mandou averiguar a legalidade dos documentos. O ministério só comentará o caso depois das conclusões da Inspecção-Geral de Educação.
Fonte: Público

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Governo investirá 400 M€ na modernização tecnológica escolas

O Governo vai investir nos próximos anos cerca de 400 milhões de euros na modernização tecnológica das escolas, que prevê a instalação de Internet e de quadros interactivos em todas as salas de aula, o aumento da velocidade em banda larga e o projecto Magalhães, para a distribuição de computadores a crianças do ensino básico.
O anúncio foi feito esta tarde durante o debate quinzenal na Assembleia da República pelo primeiro-ministro, que respondia a questões formuladas pelo líder parlamentar do PS, Alberto Martins, e pela deputada socialista Manuela de Melo.
"Queremos que as escolas fiquem na linha da frente das mudanças tecnológicas. Por isso, este Governo tem apostado no plano tecnológico da educação", afirmou José Sócrates.
O primeiro-ministro pretende que os alunos "que entrem daqui a 15 anos no mercado de trabalho já não tenham dificuldades por desconhecerem inglês ou por não estarem impreparados para usar novas tecnologias".
Na sequência das questões dos socialistas Alberto Martins e Manuela de Melo, que defenderam a centralidade das políticas da educação, José Sócrates aproveitou para atacar a oposição. "Nem sequer elogiam que a acção social escolar tenha aumentado de 250 mil alunos para uma cobertura de 700 mil. Como podem dizer que isso é propaganda? Isso é ridículo", considerou.
Neste contexto, o primeiro-ministro retomou uma linha de argumentação contra a oposição presente nas suas últimas intervenções públicas. "A oposição critica tudo e tem uma atitude negativista", considerou, antes de defender que o ano escolar "começou a tempo e horas, com mais alunos e com melhores resultados".
Fonte: Diário Digital

Um terço dos alunos da Madeira têm dores nas costas devido a mochilas pesadas

Um estudo realizado na Madeira por uma equipa de fisioterapeutas em duas escolas concluiu que 28,11 por cento dos alunos sofrem de algias vertebrais (dores nas costas) por usarem mochilas com mais de 10 por cento do seu peso corporal.
O estudo realizado pela equipa Reabilitasse - Espaço de Fisioterapia e Saúde e patrocinado pela Secretaria Regional de Educação revelou que 66,82 por cento dos alunos de duas escolas da Madeira tinham algias vertebrais.
Os técnicos concluíram que em 28,11 por cento dos casos essas dores estão relacionadas com o facto dos alunos usarem mochilas com mais de um décimo do seu peso.
Este estudo, que está a ser realizado em todo o território da Região Autónoma da Madeira nas escolas do 2/o e 3/o ciclos, integra-se no projecto "Prevenir as algias vertebrais e alterações posturais relacionadas com a utilização de uma mochila com mais de 10 por cento do peso corporal".
O estudo recomenda que as crianças só transportem o material necessário para cada dia de escola, nunca excedendo os 10 por cento do seu peso corporal, exemplificando que uma criança com 40 quilos apenas deve transportar uma mochila com quatro quilos.
O secretário regional de Educação apelou os encarregados de educação para esta realidade e adiantou que as escolas novas da Região já dispõem de cacifos onde os alunos podem deixar guardado parte do seu material escolar.
Fonte: Rtp.pt

Fenprof lança petição pela revogação Estatuto Carreira Docente

A Federação Nacional dos Professores lança a 1 de Outubro um abaixo-assinado a favor da revogação do Estatuto da Carreira Docente, iniciativa promovida no âmbito do Dia Mundial dos Professores.
«Sem professores respeitados, dignificados e valorizados não há escola, nem ensino de qualidade. E essa é a questão que não pode continuar a ser ignorada, sendo esse o mote da campanha em torno do Dia Mundial dos Professores», afirma a federação, em comunicado.
Além desta iniciativa, será apresentada a 8 de outubro uma proposta sobre avaliação de desempenho para discussão pública nas escolas, que decorrerá até ao final do ano.
Após o contributo dos estabelecimentos de ensino, será definido o documento final que o sindicato apresentará no período já definido pela tutela para alterações ao modelo de avaliação de desempenho actualmente em vigor, que deverá decorrer em Junho e Julho do próximo ano.
A 5 de Outubro, Dia Mundial do Professor, será distribuído nas capitais de distrito e em outras cidades um folheto às populações sobre «a importância da profissão de professor».
O secretário-geral da Federação, Mário Nogueira, participará nas actividades previstas para o Funchal.
Por outro lado, foi enviado a todos os grupos parlamentares um apelo aos deputados para que aprovem uma «Saudação aos Professores».
Fonte: Diario Digital

Magalhães: As dúvidas mais frequentes

Se ainda tem dúvidas sobre o Magalhães e o programa e-escolinhas, veja as Perguntas Frequentes (FAQ) que o TeK preparou com base em diversas fontes de informação. O que é o Magalhães? O Magalhães é o nome de um computador portátil especialmente concebido para as crianças com idades entre os 6 e os 10 anos. É baseado no design Classmate da Intel e mediante um acordo com duas empresas portuguesas é fabricando em Portugal. A quem se destina?Destina-se às crianças do primeiro ciclo do ensino básico mas também vai ser vendido nas lojas, podendo ser comprado por outro tipo de utilizadores. Quanto custa?Dentro do Programa do Governo o custo do Magalhães depende do rendimento das famílias, que está reflectido nos escalões da Acção Social Escolar (ASE). Assim os do primeiro escalão não pagam nada pelo portátil os do segundo escalão pagam 20 euros e os alunos não abrangidos pela acção social Escolar pagam 50 euros. O portátil vai também estar à venda nas lojas, custando 285 euros. É obrigatório o acesso Internet?Não. Ao contrário do e-escolas o Programa não contempla acesso à Internet ligado ao portátil, o que não invalida que os pais acabem por optar por o incluir. A TMN está a disponibilizar o acesso ADSL do SAPO ou a banda larga móvel TMN. A Zon Multimédia também se associou ao programa com a Internet por cabo. Posso comprar o Magalhães nas lojas?Sim. A FNAC vai começar a vender o Magalhães à meia noite de dia 26 de Setembro, por 285 euros. A partir de dia 29 de Setembro a comercialização do portátil será alargada a diversas lojas em todo o país. As crianças do 1º ciclo são obrigadas a usar o Magalhães?Não há qualquer obrigatoriedade de uso do portátil. Como se pode aderir ao Programa?Já existe informação no site e-escolinhas e no site e-escola, onde está disponível um formulário que pode ser preenchido com o uso de um código fornecido pela escola. Está também prevista a possibilidade de serem preenchidos formulários de candidatura em papel nas escolas, com o apoio dos professores. Como o programa é muito recente é possível que nem todas as escola tenham ainda informação completa. Se for esse o caso pode ir insistindo. Onde são entregues os computadores?Os computadores serão entregues nas escolas. Este programa é só para o ensino público ou também para alunos de escolas privadas?Está previsto que o programa funcione também em escolas do ensino privado, mas apenas numa segunda fase. Qual o papel dos operadores móveis?Os operadores móveis asseguram a logistia do programa, mesmo que os computadores não tenham ligação à Internet. Assim recolhem os pedidos, contratam as compras dos portáteis e asseguram a sua distribuição nas lojas. Quais as configurações do portátil Magalhães?O Magalhães tem um Processador Intel, Monitor LCD de 8,9 polegadas(1024x600), 30 GB de disco, 1 GB de RAM, Windows XP e Office ou Linux e Open Office, Webcam, redes Wi-Fi e Ethernet. Os professores vão ter formação específica?Já começou a formação dos coordenadores de TIC do primeiro ciclo que irão por sua vez formar os restantes professores para que estes estejam preparados para o impacto que este portátil poderá ter nas salas de aula e na maneira de estudar das crianças. Foram preparados conteúdos especiais para os computadores Magalhães?Está previsto que o Ministério da Educação certifique uma série de conteúdos educativos que serão colocados no Portal da Escola e também pré-carregados no Magalhães.
Fonte: Tek.sapo

Brasil: Decreto prevê nova política para educação de pessoas com deficiência

O ministro da Educação, Fernando Haddad, apresenta nesta quinta-feira um decreto que irá regulamentar o ensino para pessoas com deficiência, a chamada educação especial.
Em entrevista à Empresa Brasil de Comunicação (EBC), o ministro explicou que o objetivo é disciplinar o atendimento adequado à criança com deficiência, especialmente aquelas que estão em idade escolar.
"Nós sempre comemoramos o fato de que 97% das crianças de 7 a 14 anos estão na escola, mas muito pouca gente se pergunta sobre os outros 3%. Se você olhar caso a caso, a maior parte desses 3% é criança com alguma necessidade especial."
Segundo o ministro, com o decreto, cada município terá que instalar salas multifuncionais que dêem condições de aprendizado à criança com deficiência. "Isso significa universalizar o livro didático em braile, equipar esse locais com o sistema operacional Dosvox [que transforma a leitura do texto em sinal sonoro para que a pessoa com deficiência visual ouça o livro que ela precisa conhecer]", exemplificou.
As condições adequadas ao atendimento da educação especial também incluem a formação de professores, especialmente em Língua Brasileira de Sinais (Libras), para que eles possam dar aulas bilíngues (português e Libras). Segundo Haddad, o decreto prevê ainda a definição dos recursos necessários para ampliação da política de educação especial.
"O financiamento da educação especial está sendo dobrado. A matrícula do aluno vai contar duas vezes para efeito da repartição dos recursos. A criança vai poder ficar em tempo integral na escola, seja na escola de educação especializada ou na pública", disse.
O repasse dessas verbas pela União aos estados e municípios será feito por meio do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica).
Educação Especial

Fonte: Folhaonline

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Primeiros computadores Magalhães entregues nas escolas

Em dezasseis escolas do país serão hoje entregues os primeiros computadores Magalhães, numa acção que contará com as presenças do primeiro-ministro, José Sócrates, da ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, e outros governantes e dirigentes governamentais.
Até ao final do ano, no âmbito do programa E-escolinha, quinhentas mil crianças do 1.º Ciclo do Ensino Básico deverão aceder aos computadores portáteis Magalhães.
Todos os professores do 1.º Ciclo deverão receber formação para utilização do Magalhães em sala de aula. Numa primeira fase esta formação será ministrada pelos Coordenadores TIC dos respectivos agrupamentos de escolas, e numa segunda fase será enquadrada pelo sistema de formação contínua de professores.
O custo do novo computador depende das condições económicas das famílias, reflectindo-se nos escalões da acção social escolar dos alunos. Será gratuito para os alunos do escalão A da Acção Social Escolar, tendo um custo de 20 euros para os alunos do escalão B e aumentando para o valor máximo de 50 euros para os alunos não abrangidos pela acção social escolar.
A inscrição para a aquisição do novo portátil ficará disponível muito em breve, segundo a tutela. As escolas serão informadas pelo Ministério da Educação dos procedimentos a adoptar para aceder aos códigos, cuja emissão será efectuada em duas fases, sendo a primeira dirigida ao ensino público e a segunda ao ensino privado.
O computador portátil Magalhães, especialmente concebido a pensar nas crianças, apresenta-se como o primeiro computador com acesso à Internet montado em Portugal. É mais resistente ao choque e a líquidos e poderá ser usado por toda a família.
Refira-se ainda que cuidados a ter com o novo equipamento são alguns dos aspectos abordados no guia “À descoberta com o Magalhães" disponibilizando-se ainda um guia para pais e educadores.
Também os alunos do 5.º e 6.º ano poderão agora adquirir um computador ao abrigo do programa e.escola, segundo anunciou hoje à tarde José Sócrates na sua deslocação ao Centro Escolar S. Mamede de Infesta. Com esta integração todos os alunos, do 1.º ao 12.º ano de escolaridade, passam a ter acesso a um computador. ~
Fonte: Texto Editores

Programa de acesso a computadores e Internet alargado aos 5º e 6º anos

O primeiro-ministro anunciou hoje, em Matosinhos, o alargamento do programa governamental de acesso a computadores e Internet aos alunos do 5º e 6º anos de escolaridade.Segundo José Sócrates, os alunos podem optar pelo "Magalhães", disponível desde hoje para os alunos do 1º ao 4º ano de escolaridade, ou pelo programa e-escolas destinado aos alunos do 7º ao 12º anos de escolaridade. "Podem optar pelo programa que mais lhes convêm nas mesmas circunstância que os restantes alunos", sublinhou José Sócrates, que falava na escola EB1 Padre Manuel de Castro, em S. Mamede Infesta, Matosinhos. Nesta escola, o primeiro-ministro assinalou o início da distribuição dos cerca de três mil computadores portáteis "Magalhães" aos alunos do primeiro ciclo. "O dever de um Governo, hoje, já não é apenas proporcionar formalmente o direito à educação. O dever de um Governo é proporcionar uma boa educação. Foi por isso que avançámos com este projecto", disse José Sócrates. O primeiro-ministro lembrou que "está provado que o uso de ferramentas informáticas proporciona melhores índices de aprendizagem e melhora os resultados". "Estamos hoje a formar uma nova geração de portugueses que domina o inglês e as tecnologias de informação e comunicação. Será uma geração mais bem preparada e em melhores condições para servir o objectivo do desenvolvimento do nosso país", frisou. O primeiro-ministro realçou que este programa e-escolinha, "além de melhorar a educação, vai fazer chegar um computador a muitas casas onde isso ainda não tinha sido possível, funcionando assim, também, como uma oportunidade de infoinclusão". "O Estado esteve na origem e liderou o projecto, mas este não é um programa do Governo, é sim o resultado de uma parceria entre o Estado, a escola, os operadores e as autarquias", vincou. O primeiro-ministro criticou quem se empenha em desvalorizar o "Magalhães", considerando que essa é "uma atitude de quem não precisa, porque quem precisa da ajuda do Estado fica satisfeito por finalmente dispor de um programa capaz de responder a dois desafios: melhorar a educação e melhorar os índices de utilização de computadores". José Sócrates congratulou-se com o facto de, em Portugal, todos os alunos do 1º ao 12º anos de escolaridade terem a partir de hoje acesso a um computador em condições "muito vantajosas", referindo, em relação à Internet, que todas as escolas do país terão "uma velocidade de banda larga superior à que existia". Metade dos alunos com computador em 2010O coordenador do Plano Tecnológico afirmou hoje que, em 2010, haverá um computador por cada dois alunos, o que tornará Portugal num dos países mais bem equipados a nível mundial. O rácio actual é 11,3 alunos por cada computador, no final do ano será de cinco alunos por PC e, em 2010, será de dois alunos por aperelho, revelou o coordenador do Plano Tecnológico, Carlos Zorrinho. "Isto significa que em termos de quadros interactivos (nas salas de aula), banda larga e computadores, as escolas portuguesas ficarão equipadas ao melhor nível em termos mundiais", disse à Lusa Carlos Zorrinho. O coordenador do Plano Tecnológico deslocou-se à Escola Básica Hélia Correia, de Mafra, para uma entrega de computadores "Magalhães" aos alunos do primeiro ciclo. Computador "democratiza" o ensinoA ministra da Educação considerou que a distribuição de computadores com ligação à Internet a alunos constitui "o instrumento principal da democratização do ensino", permitindo "igualdade de oportunidades" no acesso à informação e ao conhecimento. "O computador com ligação à Internet permite o acesso à grande biblioteca global, onde reside o essencial do conhecimento e da informação", explicou Maria de Lurdes Rodrigues, após inaugurar o novo centro escolar da vila alentejana de Portel (Évora), um dos primeiros do país onde 300 alunos do primeiro ciclo receberam hoje "encantados" exemplares de computadores portáteis "Magalhães".
Fonte: Público

Finlândia: Tiroteio em liceu faz pelo menos nove mortos

Pelo menos nove pessoas terão morrido no tiroteio desta manhã num liceu finlandês da localidade de Kauhajoki, de acordo com os media locais, que citam fontes policiais. O ataque foi levado a cabo por um estudante de 22 anos, que terá falhado uma tentativa de suicídio, tendo sido capturado com vida e transportado para o hospital.Algumas testemunhas indicaram que o assaltante entrou no edifício com a cara coberta por uma máscara de esqui e com um saco grande e que, pouco depois, começaram a ouvir-se os primeiros disparos.O atacante era um dos alunos do liceu, orientado para a via profissionalizante e que acolhe cerca de 200 alunos com idades superiores a 16 anos.A 7 de Novembro do ano passado, o estudante Pekka-Eric Auvinen matou oito pessoas no liceu finlandês de Tuusula, em Jokela (norte de Helsínquia), antes de se suicidar.A percentagem de pessoas com licença de uso de arma de fogo na Finlândia é uma das mais elevadas em todo o mundo.Perfil retirado do YoutubeUm jornalista local, Timo Huovinen, indicou aos meios de comunicação ter localizado o perfil do atacante no Youtube. Nesse perfil, que esteve disponível mas que foi retirado há poucos momentos da Internet, o alegado atacante dava-se a conhecer como Mr. Saari (embora utilizasse o username Wumpscut86) e teria estado a actualizar o seu perfil pela última vez poucas horas antes do início do massacre. Na sua página o alegado agressor tinha disponíveis quatro vídeos, nos quais disparava a sua Walther P22, uma arma semi-automática. A polícia está a investigar os vídeos.Ainda no seu perfil, Mr. Saari afirmava ter 22 anos, ser de Kauhajoki e ter como interesses os computadores, armas, sexo e cerveja.Nos seus filmes favoritos incluem-se a saga “Saw” e “The Shining” e a sua música de eleição, de acordo com o mesmo perfil que se julga ser do atacante, passa por Eisbrecher, Scar Symmetry, Soilwork, Wumpscut, Gloria Morti, In Flames, Rammstein, Metallica, Kiuas e Turmion Kätilö. Era, aliás, da banda Wumpscut que Mr. Saari tinha em destaque a letra da música "War". (And suddenly there was war we didn't remember it/A long time forgotten there suddenly was war/And suddenly there was war our children are dead/Burnt in the ruins that were left by war/War/And suddenly there was war and the mothers they screamed/For revenge and reprisals for another war/And suddenly and suddenly/And suddenly there was war with spoiling and death/And you fight alone if there's another war/Whole life is war and whole life is pain/And you will fight alone in your personal war/War/This is war!)
Fonte: Público

Ensino superior: Sobram perto de 11.800 vagas para a 2ª fase

Perto de 11.800 vagas estão disponíveis para a segunda fase de candidaturas ao ensino superior. Os cursos de medicina e arquitectura ainda não estão completamente preenchidos.
O número compreende as 5.917 vagas que sobraram da primeira fase de candidaturas, mais as que não se concretizaram na matrícula e inscrição assim como as vagas que sobraram dos concursos especiais e da recolocação de estudantes que entraram na primeira fase.
A informação está divulgada no site da Direcção Geral do Ensino Superior. Existem vagas nas mais variadas áreas de estudo tendo inclusive sido libertadas vagas para Medicina e Arquitectura, cursos que na primeira fase tinham esgotado.
Medicina tem mais quatro vagas na Universidade da Beira Interior, duas na Universidade de Coimbra, uma na Faculdade de Medicina de Lisboa e duas na Universidade Nova de Lisboa.
Quem quer tirar Arquitectura pode candidatar-se a 11 vagas na Universidade de Évora, a um total de 12 na Universidade Técnica de Lisboa, oito no Instituto Superior Técnico, três na Universidade do Minho e cinco na Faculdade de Arquitectura do Porto.
Na sequência da divulgação destas vagas, pode candidatar-se ao ensino superior quem não o fez no prazo regulamentar de candidaturas à 2ª fase até quinta-feira (entre 15 e 19 de Setembro). Os candidatos que já apresentaram candidatura podem também proceder à sua alteração.
Segundo informa a Direcção-geral do Ensino Superior, se o aluno se candidatar e obtiver colocação na 2ª fase do concurso, "perde automaticamente a vaga da 1ª fase, que é libertada para a colocação de outro candidato". Pelo que só deve candidatar-se a cursos que prefira em relação à colocação obtida na 1ª fase do concurso.
"Se não obtiver nova colocação, mantém-se a colocação anterior, não havendo qualquer implicação na inscrição e matrícula já efectuada", acrescenta.
Por área de formação, os cursos em que se registou um maior aumento de lugares foram os de Ciências e Tecnologias (mais 635, o que os coloca na liderança com um total superior a 17 mil vagas) e os de Ciências Sociais, seguindo-se, a larga distância, os de Saúde e Protecção Social.
Nas Humanidades registou-se uma queda no número de vagas (com menos 169), seguindo-se as Ciências Veterinárias e a Educação.
Fonte: Diário Digital

Materiais didácticos retidos por falta de pagamento do Governo

A Prevenção Rodoviária Portuguesa fez, a pedido do Governo, uma actualização dos conteúdos de alerta para as crianças, mas os novos materiais ainda não chegaram às escolas, porque o Executivo ainda não efectuou o pagamento.
O Governo propôs que a Prevenção Rodoviária Portuguesa (PRP) actualizasse os conteúdos e disponibilizasse o material pedagógico às escolas em formato digital, mas o projecto continua parado.
Em declarações à TSF, o secretário-geral da PRP lamentou que ainda não tenha sido possível distribuir junto das escolas de primeiro e segundo ciclo os novos materiais pedagógicos, que substituem outros mais antigos,com quatro anos.
«É evidente que com a evolução dos temas, havia alguns itens que deveriam ser acrescentados», nomeadamente «algum material de sensibilização para a não utilização de telemóveis por parte de crianças enquanto peões», um risco que aumentou significativamente, alertou.
José Miguel Trigoso disse que a campanha não avança por falta de financiamento, frisando que cabe à «Autoridade Nacional de Prevenção Rodoviária financiar projectos como este».
Para o responsável, o facto de não haver estatísticas, portuguesas ou internacionais, sobre o uso de telemóveis por peões, aumenta a necessidade de «alertar os jovens».
José Miguel Trigoso lembrou ainda que ler ou escrever uma mensagem de telemóvel enquanto se atravessa a estrada é mais perigoso do que estar a conversar.
Fonte: Tsf

A 'nossa' educação

Será que faz sentido termos que pagar para garantir a qualidade da educação das nossas crianças?
Esta foi uma das questões levantadas há uns tempos num artigo na revista deste semanário sobre estrangeiros a viver em Portugal.
Tendo eu mesma já estado no papel de 'estrangeira' a viver fora do país, foi com grande curiosidade que li os testemunhos destes indivíduos que afirmaram trazer Portugal no coração.
No entanto, foi com pesar que me confrontei com algumas das falhas da sociedade Portuguesa trazidas a cru com a frontalidade típica dos povos não latinos.
Uma das falhas mais apontadas foi o quão estranho era a naturalidade com que o povo Português encarava o recurso ao ensino em colégios privados como medida de salvaguarda da qualidade de educação. Para muitos destes estrangeiros esta é uma realidade oposta à que estão habituados nos seus países de origem, pois na generalidade dos países europeus a educação é gratuita e disponível à população como um todo, primando pela excelência.
Cabe-nos então repensar a validade do actual sistema educativo que estimula um fosso de conhecimento entre as várias classes sociais e depaupera inúmeros orçamentos familiares.
A formulação de medidas que incentivem uma educação de qualidade acessível a todos não passa pela abolição dos estabelecimentos privados em contrapartida de um acréscimo de escolas públicas, mas sim por um repensar do papel do Estado como financiador "versus" fornecedor da educação.
Ao assumir o papel de financiador, trará liberdade aos alunos na escolha da escola a frequentar, estimulando competição entre instituições, e incentivando o aumento de qualidade das mesmas.
Só com esta óptica de estímulos à excelência de educação, acessível a todos, é que conseguiremos maximizar o crescimento do capital humano e o desenvolvimento da nossa sociedade.
Fonte: Expresso

Ministra considera inaceitável recurso a explicações para combater insucesso

"Se os alunos tiverem um acompanhamento dos professores dentro da escola que vá para além da sala de aula, as famílias dependerão menos das explicações", disse Maria de Lurdes Rodrigues em declarações à Agência Lusa.
Maria de Lurdes Rodrigues comentava assim um estudo da Universidade de Aveiro que calcula que famílias portuguesas gastem pelo menos 118 euros por mês em explicações para que os seus filhos recuperem de maus resultados ou simplesmente consigam as notas exigidas para entrar num curso superior.
"Não é aceitável que para conseguir que um aluno tenha nota positiva, a família precise de explicação fora da escola, é uma situação com a qual não nos devemos conformar", declarou.
"É preciso trazer a explicação para dentro da escola e contrariar a necessidade de explicação lá fora, é isso que visam medidas como o Plano Nacional de Leitura ou as aulas de recuperação ou substituição", acrescentou.
Maria de Lurdes Rodrigues distinguiu entre um "sistema de explicações que mantém as famílias na sua dependência para conseguir que a criança ou o adolescente passe a matemática ou a inglês e recupere o que não aprendeu na escola" e espaços "que apoiam a família que precisam que as criança estejam ocupadas e trabalhem informalmente fora da escola" a horas a que os pais ainda estão no trabalho.
"Para muitas pessoas, a vida é complicada e a escola pode apoiar as famílias que precisam, por exemplo, prolongando um pouco o tempo de funcionamento das bibliotecas, em articulação com as associações de pais", defendeu.
Maria de Lurdes Rodrigues considerou que é "terceiro-mundista" a prática de recorrer a explicações para passar de ano ou conseguir ter positivas, referindo que é costume em países "em que a escola pública é desqualificada ou desvalorizada, como na América Latina".
"Aí, onde a escola é de má qualidade, as famílias de classe média/alta é que conseguem põem os filhos na explicação. Não é o caso da Europa, onde o sistema educativo é muito forte", argumentou.
Fonte: Rtp.pt

Primeira escola para crianças sobredotadas abre as portas em Portimão

Como explicam os profissionais deste projecto o objectivo é potenciar as características destas crianças. Na turma são apenas 18 alunos com comportamentos semelhantes aos outros meninos.
Ricardo Monteiro, o dinamizador do projecto até não gosta, de usar o termo sobredotado.
«Estigmatiza e dá-nos logo a dimensão que estamos a falar de génios, meninos prodígio, com óculos grossos, estranhos, que não sociabilizam. Não é assim. O que queremos é encontrar onde estão os talentos e os potenciais das crianças e depois de forma direccionada estimulá-los», explica.
Cada disciplina tem um professor: Matemática, Português e Estudo do Meio. As crianças têm computadores portáteis e quadros interactivos. Jogam xadrez, ouvem música clássica nas aulas e aprendem até a filosofar.
«Eles devem entender que a inteligência deve ser utilizada para servir e não para dominar. Nesse contexto não tenho grandes preocupações que estas crianças se tornem arrogantes», adianta.
Uma criança com um Quociente de Inteligência (QI) superior a 130 é considerada sobredotada.
Fonte: Tsf

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Sócrates anuncia chegada do 'Magalhães'

O primeiro-ministro, José Sócrates, anunciou hoje, em Lousada, que os primeiros computadores portáteis Magalhães vão ser entregues terça-feira em 16 escolas do primeiro ciclo do ensino básico.
Segundo o chefe do Governo, os computadores vão começar gradualmente a chegar a todas a escolas do país, no âmbito do programa e-escolinha, cumprindo-se um objectivo do Executivo anunciado em Julho passado.
José Sócrates falava na cerimónia de inauguração do Centro Escolar de Novogilde, um dos quatro novos estabelecimentos de ensino deste concelho do distrito do Porto que este ano lectivo entraram em funcionamento.
O primeiro-ministro considerou que o sucesso das políticas que permitiram em três anos uma renovação profunda nas escolas do primeiro ciclo do ensino básico se deve a uma cooperação estratégica sem precedentes com o poder local.
«Câmaras e Governo estão e remar para o mesmo lado na batalha pela Educação. Gerou-se um dinamismo no nosso país, com presidentes de junta, presidentes de Câmara e membros do Governo a terem consciência de que a prioridade das prioridades joga-se na Educação», enfatizou o chefe do Governo.
Apontando Lousada como «um bom exemplo para o país no domínio da Educação», o primeiro-ministro afirmou que qualquer político «deve sentir-se contente quando percebe que o essencial do esforço financeiro do Governo e das câmaras se está a dirigir para o futuro do país».
O primeiro-ministro, que estava acompanhado da ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, reafirmou que na Educação «se joga o futuro de Portugal», garantindo uma «igualdade de oportunidades entre todos os portugueses».
Maria de Lurdes Rodrigues inaugurou hoje o Centro Escolar de São Miguel, que junta um jardim-de-infância a uma escola básica, seguindo para Nogueira, onde lançou a primeira pedra de uma escola básica. A ministra inaugurou depois os centros escolares de Pias e de Figueiras.
Ao fim da manhã, o primeiro-ministro juntou-se a Maria de Lurdes Rodrigues, em Nevogilde. Nesta freguesia de Lousada, o chefe do Governo afirmou que estão hoje aprovados, no âmbito do Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN), 388 novos centros escolares em todo o país, num investimento global de 500 milhões de euros.
Segundo acrescentou, há mais 606 projectos em análise, que farão crescer o investimento até aos 900 milhões de euros.
«Queremos que todos os alunos tenham acesso àquilo que há-de melhor na Educação em Portugal. Se o nosso país quer, com ambição, ter um lugar no mundo e na economia global tem de dar a estes jovens uma boa Educação», observou o primeiro-ministro.
José Sócrates lembrou ainda algumas medidas lançadas pelo seu Executivo nos últimos três anos, em articulação com as autarquias, na área do primeiro ciclo do ensino básico, nomeadamente a escola a tempo inteiro, as refeições nas escolas, informatização das salas de aulas, encerramento de estabelecimentos com menos de 10 alunos e as actividades de enriquecimento curricular.
Estas medidas, segundo o primeiro-ministro, têm contribuído para a melhoria dos indicadores do insucesso e abandono escolar.
Fonte: Sol

Passar todos os alunos do nono ano é objectivo do Governo

A ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, afirmou hoje, em Lousada, que um dos objectivos da sua equipa é alcançar nos próximos anos 100 por cento de aprovações no final do nono ano de escolaridade.
«Não é uma utopia. Se outros países da Europa com os quais nos comparamos o fazem, Portugal também o pode fazer», disse a ministra.Maria de Lurdes Rodrigues, que falava aos jornalistas à margem da cerimónia de inauguração do novo centro escolar de Nevogilde, Lousada, distrito do Porto, explicou que Portugal começa a reunir todas as condições para alcançar a meta dos 100 por cento de aprovações no final do ensino básico.«Os nossos alunos não são menos inteligentes, os nossos professores não são menos preparados, as nossas escolas eram piores, mas estão a ficar melhores. Portanto, com todas as condições, não é uma utopia, é mesmo uma meta para cumprir», explicou.Respondendo a uma questão sobre a possibilidade de o 12º ano passar a ser o nível de escolaridade obrigatório em Portugal, a ministra lembrou que essa medida consta do Programa do Governo e reafirmou que é propósito do Executivo continuar a trabalhar no sentido de aumentar a escolaridade dos nossos alunos.«O problema é o que se faz para concretizar o que se define em lei. O que estamos a concretizar é dar às crianças o melhor que o país tem em competência pedagógica e em tecnologia. Ao ritmo a que estamos a reduzir o abandono e o insucesso escolar, dá ao país uma expectativa de concretização do projecto na área da Educação muito mais rapidamente», sublinhou. Maria de Lurdes Rodrigues afirmou, por outro lado, que durante este ano lectivo todas as salas de aulas em Portugal vão ser apetrechadas com quadros interactivos.Segundo a ministra, um concurso internacional já foi lançado e em breve o Governo estará em condições de proceder à adjudicação.
Fonte: Sol

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Artigo de opinião


O MP3 e o telemóvel como ferramentas pedagógicas

Hoje todos os professores têm como formação inicial um curso superior seguido de um estágio pedagógico que pode ser integrado ou não. Todos seguiram na Universidade a via de ensino, em ramos especializados. Resta saber se foram para esta via por vocação ou por falta de alternativas.
Saem classificados com uma média final que resulta das classificações dadas pelos vários professores das disciplinas nos vários anos do curso (nota académica) a que se junta a nota dada pelo professor orientador de estágio. Durante estes anos aprendem também a usar as novas tecnologias para fazer delas ferramentas pedagógicas importantes na sala de aula.
As notas distribuem-se pela escala, como sempre, e é por essas que é feita a colocação. Alguns colocam-se sem dificuldade, outros passam anos à espera de lugar ou vão tendo colocações esporádicas a substituir grávidas e doentes. Milhares ficam sem colocação.
Há professores que colocados ou não continuam a estudar e a interessar-se por melhorar as suas práticas. Alguns são sensíveis ao pulsar do seu tempo, às características da escola de hoje, do aluno de hoje, da comunidade que o envolve hoje.
O professor actual tem de ter esta atitude na sociedade de mudança que nos envolve.
A este propósito posso referir o exemplo da professora Adelina Moura de Braga que foi entrevistada pelo jornalista Jorge Fiel para o DN no dia 7 de Dezembro. Contou que está a fazer uma experiência com 30 alunos do 11º ano, ramo profissionalizante e que já deu uma aula online, a partir de casa, com os alunos espalhados por cafés e outros locais. É o conceito da escola nómada a ser posto em prática. Disse coisas como esta: "o telemóvel e os MP3 são ferramentas de ensino mais usadas que o papel e o lápis" ou " os alunos são nados digitais, nós somos estrangeiros digitais" ou ainda " a aula de português anda na bolso dos meus alunos". Deu os endereços de dois blogues: paepica.blogspot.com e choqueefaisca.blospot.pt. Falou também de O Princepezinho em podcast que pode encontrar-se em discursodirecto.podmatic.com e de exercícios de escolha múltipla e palavras cruzadas para descarregar no telemóvel em geramovel.wirenode.mobi e outros ainda.
Esta professora é uma excepção nesta área e, por enquanto, apenas faz uma experiência com 30 alunos, não sei se este projecto seria exequível pelos professores comuns que têm cinco, seis ou sete vezes mais e muitos outros trabalhos para fazer. Seria bom que ela abrisse as aulas para os outros aprenderem na prática e faço votos que não a desviem para fazer conferências "em seco" que só cansam e cumprem calendário.
Todos os professores têm de compreender que o aluno tem que ser ensinado de acordo com o seu tempo e a sua vivência.

in Expresso (Joviana Benedito Profª. aposentada do Ensino Sec. e autora)