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terça-feira, 30 de outubro de 2007

Modalidades especiais de conclusão do ensino secundário destinadas aos adultos com percursos formativos incompletos

O Ministério da Educação (ME) definiu procedimentos e condições de acesso a modalidades especiais de conclusão do ensino secundário destinados aos adultos com percursos formativos incompletos neste nível de escolaridade, desenvolvidos ao abrigo de diversos planos de estudo já extintos.
Através desta medida, enquadrada no âmbito da iniciativa Novas Oportunidades, o ME procura dar resposta às expectativas de grande número de adultos, oriundos de uma grande diversidade de percursos escolares incompletos e detentores de experiência de aprendizagem em contexto não formal, que pretendem obter a conclusão e a certificação de nível secundário.
São considerados incompletos os percursos de nível secundário em que, no total das disciplinas por concluir, se verifiquem até seis disciplinas por ano inclusive com classificação inferior a 10 valores, tendo como referência o conjunto dos anos de escolaridade que constituem cada um dos planos de estudo extintos.
De acordo com um Decreto-Lei publicado no Diário da República, são criadas várias modalidades de conclusão e de certificação, de forma a adequá-las às necessidades dos possíveis candidatos provenientes de diversos planos de estudos e em diferentes situações para a conclusão do seu percurso formativo.
As modalidades para a conclusão e a certificação de nível secundário podem ser obtidas através de duas vias:
Por via escolar, através da realização de disciplinas em falta, no percurso formativo de nível secundário frequentado pelos adultos, no quadro da oferta do actual ensino secundário regular;
Através da realização de módulos dos cursos de educação e formação (EFA) de adultos de nível secundário, organizados em consonância com o Catálogo Nacional de Qualificações.
Conforme a via seguida para a conclusão e a certificação deste nível de escolaridade, o processo educativo e formativo dos adultos pode ser realizado nas escolas com ensino secundário públicas, particulares e cooperativas com autonomia pedagógica ou nas entidades formadoras de cursos EFA de nível secundário.
Neste processo, cabe às escolas e aos Centros Novas Oportunidades o encaminhamento dos candidatos para a modalidade de conclusão e de certificação mais adequada às suas expectativas e necessidades.
Para cada uma das modalidades são definidas as condições de conclusão que podem ser certificadas através de diploma generalista de conclusão do nível secundário de educação ou de diploma que ateste a conclusão de um curso ou área de formação de nível secundário e respectiva classificação.

Fonte: Portal da Educação

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Artigo de opinião


O MP3 e o telemóvel como ferramentas pedagógicas

Hoje todos os professores têm como formação inicial um curso superior seguido de um estágio pedagógico que pode ser integrado ou não. Todos seguiram na Universidade a via de ensino, em ramos especializados. Resta saber se foram para esta via por vocação ou por falta de alternativas.
Saem classificados com uma média final que resulta das classificações dadas pelos vários professores das disciplinas nos vários anos do curso (nota académica) a que se junta a nota dada pelo professor orientador de estágio. Durante estes anos aprendem também a usar as novas tecnologias para fazer delas ferramentas pedagógicas importantes na sala de aula.
As notas distribuem-se pela escala, como sempre, e é por essas que é feita a colocação. Alguns colocam-se sem dificuldade, outros passam anos à espera de lugar ou vão tendo colocações esporádicas a substituir grávidas e doentes. Milhares ficam sem colocação.
Há professores que colocados ou não continuam a estudar e a interessar-se por melhorar as suas práticas. Alguns são sensíveis ao pulsar do seu tempo, às características da escola de hoje, do aluno de hoje, da comunidade que o envolve hoje.
O professor actual tem de ter esta atitude na sociedade de mudança que nos envolve.
A este propósito posso referir o exemplo da professora Adelina Moura de Braga que foi entrevistada pelo jornalista Jorge Fiel para o DN no dia 7 de Dezembro. Contou que está a fazer uma experiência com 30 alunos do 11º ano, ramo profissionalizante e que já deu uma aula online, a partir de casa, com os alunos espalhados por cafés e outros locais. É o conceito da escola nómada a ser posto em prática. Disse coisas como esta: "o telemóvel e os MP3 são ferramentas de ensino mais usadas que o papel e o lápis" ou " os alunos são nados digitais, nós somos estrangeiros digitais" ou ainda " a aula de português anda na bolso dos meus alunos". Deu os endereços de dois blogues: paepica.blogspot.com e choqueefaisca.blospot.pt. Falou também de O Princepezinho em podcast que pode encontrar-se em discursodirecto.podmatic.com e de exercícios de escolha múltipla e palavras cruzadas para descarregar no telemóvel em geramovel.wirenode.mobi e outros ainda.
Esta professora é uma excepção nesta área e, por enquanto, apenas faz uma experiência com 30 alunos, não sei se este projecto seria exequível pelos professores comuns que têm cinco, seis ou sete vezes mais e muitos outros trabalhos para fazer. Seria bom que ela abrisse as aulas para os outros aprenderem na prática e faço votos que não a desviem para fazer conferências "em seco" que só cansam e cumprem calendário.
Todos os professores têm de compreender que o aluno tem que ser ensinado de acordo com o seu tempo e a sua vivência.

in Expresso (Joviana Benedito Profª. aposentada do Ensino Sec. e autora)