TEK.SAPO Novos portáteis no programa e-escolas PÚBLICO CD-Roms para ajudar estudantes a lidar com o stress LUSA Alunos de secundária de Gaia acusam GNR de ameaças e agressão, o que corporação desmente RTP Professora intimidada por aluno em escola secundária da Maia CORREIO DA MANHÃ Aluna constituída arguida aos 9 anos

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Ranking das escolas (Jornal de Noticias)

O Colégio Mira Rio, de Lisboa, ocupa o primeiro lugar no ranking de escolas secundárias elaborado pelo JN com base nas classificações obtidas nos exames nacionais dos 11.º e 12.º anos. Na lista dos 10 estabelecimentos de ensino mais bem classificados, consta apenas um público a Secundária Infanta D. Maria, de Coimbra.Para elaborar a tabela o JN calculou a classificação média dos exames dos 11.º e 12.º anos às oito disciplinas com maior número de alunos inscritos Português (código 639), Matemática (635), Física e Química (715), Biologia e Geologia (702), Geografia (719), Economia (712), História (623) e Matemática aplicada às Ciências Sociais (835). Foram apenas considerados as provas realizadas na primeira fase por alunos internos. Com base nestes critérios, o ranking é encabeçado pelo Colégio Mira Rio, com uma classificação média de 147,92 pontos. Quase quatro pontos e meio abaixo, surge o Colégio dos Cedros (Vila Nova de Gaia) e, em terceiro lugar, o Externato Horizonte (Porto), com 141,8 pontos de média. A primeira escola pública é a Secundária Infanta D. Maria, na oitava posição, que soma ainda outra particularidade entre as 20 primeiras, é a que registou mais exames (553). De referir que os três colégios que ocupam os lugares cimeiros obtiveram as médias elevadas com base num número relativamente baixo de exames. Mira Rio, Cedros e Horizonte - com 48, 32 e 15 exames, respectivamente - são as escolas com menos exames entre as 20 mais bem quotadas. Além de um claro domínio dos estabelecimentos privados, outra leitura possível deste ranking é a concentração das escolas mais bem posicionadas nas metrópoles de Lisboa e do Porto. A Secundária Infanta Maria é única excepção no top 10. O Colégio Rainha Santa Isabel e a Secundária José Falcão, em Coimbra, e o Colégio Internacional de Vilamoura são as outras escolas, fora de Lisboa e Porto, situadas nos primeiros 25 lugares. Analisando a classificação média de exame, por escola, verifica-se que as três primeiras conseguiram posicionar-se acima da fasquia dos 14 valores. O quarto classificado, o Colégio S. João de Brito (Lisboa), obteve uma média de 137,91 e, até ao 11.º lugar, todas as escolas obtiveram uma classificação média acima dos 13 valores.
Os 10 primeiros:

  1. Colégio Mira Rio - Lisboa
  2. Colégio Cedros - Vila Nova de Gaia
  3. Externato Horizonte - Lisboa
  4. Colégio São João de Brito - Lisboa
  5. Colégio de Manuel Bernardes - Lisboa
  6. Colégio Valsassina - Lisboa
  7. Academia de Música de Santa Cecília - Lisboa
  8. Escola Secundária Infanta D. Maria - Coimbra
  9. Escola Técnica e Liceal Salesiana Santo António - Estoril
  10. Colégio Moderno - Lisboa

Fonte: JN



Para subscrever o Noticiasdescola

Pesquisa personalizada

Artigo de opinião


O MP3 e o telemóvel como ferramentas pedagógicas

Hoje todos os professores têm como formação inicial um curso superior seguido de um estágio pedagógico que pode ser integrado ou não. Todos seguiram na Universidade a via de ensino, em ramos especializados. Resta saber se foram para esta via por vocação ou por falta de alternativas.
Saem classificados com uma média final que resulta das classificações dadas pelos vários professores das disciplinas nos vários anos do curso (nota académica) a que se junta a nota dada pelo professor orientador de estágio. Durante estes anos aprendem também a usar as novas tecnologias para fazer delas ferramentas pedagógicas importantes na sala de aula.
As notas distribuem-se pela escala, como sempre, e é por essas que é feita a colocação. Alguns colocam-se sem dificuldade, outros passam anos à espera de lugar ou vão tendo colocações esporádicas a substituir grávidas e doentes. Milhares ficam sem colocação.
Há professores que colocados ou não continuam a estudar e a interessar-se por melhorar as suas práticas. Alguns são sensíveis ao pulsar do seu tempo, às características da escola de hoje, do aluno de hoje, da comunidade que o envolve hoje.
O professor actual tem de ter esta atitude na sociedade de mudança que nos envolve.
A este propósito posso referir o exemplo da professora Adelina Moura de Braga que foi entrevistada pelo jornalista Jorge Fiel para o DN no dia 7 de Dezembro. Contou que está a fazer uma experiência com 30 alunos do 11º ano, ramo profissionalizante e que já deu uma aula online, a partir de casa, com os alunos espalhados por cafés e outros locais. É o conceito da escola nómada a ser posto em prática. Disse coisas como esta: "o telemóvel e os MP3 são ferramentas de ensino mais usadas que o papel e o lápis" ou " os alunos são nados digitais, nós somos estrangeiros digitais" ou ainda " a aula de português anda na bolso dos meus alunos". Deu os endereços de dois blogues: paepica.blogspot.com e choqueefaisca.blospot.pt. Falou também de O Princepezinho em podcast que pode encontrar-se em discursodirecto.podmatic.com e de exercícios de escolha múltipla e palavras cruzadas para descarregar no telemóvel em geramovel.wirenode.mobi e outros ainda.
Esta professora é uma excepção nesta área e, por enquanto, apenas faz uma experiência com 30 alunos, não sei se este projecto seria exequível pelos professores comuns que têm cinco, seis ou sete vezes mais e muitos outros trabalhos para fazer. Seria bom que ela abrisse as aulas para os outros aprenderem na prática e faço votos que não a desviem para fazer conferências "em seco" que só cansam e cumprem calendário.
Todos os professores têm de compreender que o aluno tem que ser ensinado de acordo com o seu tempo e a sua vivência.

in Expresso (Joviana Benedito Profª. aposentada do Ensino Sec. e autora)