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quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Alunos portugueses «chumbam» a Ciências

Os alunos portugueses de 15 anos estão «significativamente abaixo» da média dos seus colegas da OCDE a nível de conhecimentos científicos, ocupando a 37ª posição entre 57 países, segundo os resultados parciais do estudo PISA 2006, hoje divulgados, noticia a Lusa.
Elaborado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), o estudo avaliou no ano passado os conhecimentos científicos dos estudantes que estão a terminar o ensino obrigatório, comparando os resultados dos vários países envolvidos (30 países da organização e 27 parceiros).
Numa escala até 600, os estudantes portugueses alcançaram uma pontuação de 474, enquanto a média global é de 491 pontos.
Com este resultado, Portugal figura em 37º lugar, integrando o conjunto de 32 países com valores inferiores à média.
Entre os 25 países da União Europeia (UE) que participaram no PISA (Programme for International Student Assessment), só a Grécia, Bulgária e Roménia registam pontuações mais baixas do que a portuguesa.
A tabela global volta a ser liderada pela Finlândia, cujos estudantes alcançaram uma pontuação de 563 valores, seguida pelo Canadá, que obteve 534.
Só na terça-feira serão divulgadas as conclusões globais deste estudo, que inclui uma análise entre os resultados dos alunos e o Produto Interno Bruto do respectivo país, assim como os gastos públicos médios por estudante.
Realizado de três em três anos, o estudo internacional centrou-se no ano passado na avaliação dos conhecimentos científicos dos alunos e na capacidade de relacionar e aplicar a ciência em situações da vida quotidiana, depois de em 2003 ter focado, sobretudo, a aprendizagem da matemática e em 2000 ter-se concentrado na leitura.
Fonte: Portugal Diário

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Artigo de opinião


O MP3 e o telemóvel como ferramentas pedagógicas

Hoje todos os professores têm como formação inicial um curso superior seguido de um estágio pedagógico que pode ser integrado ou não. Todos seguiram na Universidade a via de ensino, em ramos especializados. Resta saber se foram para esta via por vocação ou por falta de alternativas.
Saem classificados com uma média final que resulta das classificações dadas pelos vários professores das disciplinas nos vários anos do curso (nota académica) a que se junta a nota dada pelo professor orientador de estágio. Durante estes anos aprendem também a usar as novas tecnologias para fazer delas ferramentas pedagógicas importantes na sala de aula.
As notas distribuem-se pela escala, como sempre, e é por essas que é feita a colocação. Alguns colocam-se sem dificuldade, outros passam anos à espera de lugar ou vão tendo colocações esporádicas a substituir grávidas e doentes. Milhares ficam sem colocação.
Há professores que colocados ou não continuam a estudar e a interessar-se por melhorar as suas práticas. Alguns são sensíveis ao pulsar do seu tempo, às características da escola de hoje, do aluno de hoje, da comunidade que o envolve hoje.
O professor actual tem de ter esta atitude na sociedade de mudança que nos envolve.
A este propósito posso referir o exemplo da professora Adelina Moura de Braga que foi entrevistada pelo jornalista Jorge Fiel para o DN no dia 7 de Dezembro. Contou que está a fazer uma experiência com 30 alunos do 11º ano, ramo profissionalizante e que já deu uma aula online, a partir de casa, com os alunos espalhados por cafés e outros locais. É o conceito da escola nómada a ser posto em prática. Disse coisas como esta: "o telemóvel e os MP3 são ferramentas de ensino mais usadas que o papel e o lápis" ou " os alunos são nados digitais, nós somos estrangeiros digitais" ou ainda " a aula de português anda na bolso dos meus alunos". Deu os endereços de dois blogues: paepica.blogspot.com e choqueefaisca.blospot.pt. Falou também de O Princepezinho em podcast que pode encontrar-se em discursodirecto.podmatic.com e de exercícios de escolha múltipla e palavras cruzadas para descarregar no telemóvel em geramovel.wirenode.mobi e outros ainda.
Esta professora é uma excepção nesta área e, por enquanto, apenas faz uma experiência com 30 alunos, não sei se este projecto seria exequível pelos professores comuns que têm cinco, seis ou sete vezes mais e muitos outros trabalhos para fazer. Seria bom que ela abrisse as aulas para os outros aprenderem na prática e faço votos que não a desviem para fazer conferências "em seco" que só cansam e cumprem calendário.
Todos os professores têm de compreender que o aluno tem que ser ensinado de acordo com o seu tempo e a sua vivência.

in Expresso (Joviana Benedito Profª. aposentada do Ensino Sec. e autora)