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domingo, 25 de novembro de 2007

Estação Metereológica Escola Francisco Holanda forma alunos, informa cidade e fornece dados climatéricos

A Estação Metereológica da Escola Francisco de Holanda de Guimarães será um meio de formação científica dos alunos, servindo também para informar a cidade e fornecer dados sobre tendências climáticas, disse hoje à Lusa fonte do estabelecimento.
O responsável pelo projecto, Ramiro Garrido, adiantou que a Estação, recentemente montada no quadro do programa Ciência Viva, serve para motivar os alunos e para fornecer dados à cidade sobre o seu clima. Poderá ainda ter utilidade prática, de médio e longo prazo, para registar a evolução climática na zona, através de dados que serão fornecidos a outras entidades de investigação da área metereológica. A aquisição da estação, adiantou, foi totalmente comparticipada pelo programa europeu FEDER, com cerca de quatro mil euros, através do Ciência Viva.
A estação meteorológica está, desde Outubro, a recolher dados relativos à temperatura, humidade relativa, velocidade e direcção do vento, radiação solar e precipitação, "entrando-se agora numa fase de envolvimento dos alunos, após tratamento e divulgação dos primeiros resultados obtidos".
Ramiro Garrido salientou que "pouco a pouco, os alunos estão a integrar o projecto, cabendo-lhes a monitorização dos registos e a sua transferência para um computador com um 'software' apropriado".
O projecto foi desenvolvido no âmbito da rentabilização da componente não-lectiva de alguns docentes do Departamento de Ciências Físico-Químicas e Naturais da Escola, obrigatoriamente prestada a partir do ano lectivo 2005/2006, resultando da aprovação da candidatura ao Ciência Viva.
Fonte: Lusa

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Artigo de opinião


O MP3 e o telemóvel como ferramentas pedagógicas

Hoje todos os professores têm como formação inicial um curso superior seguido de um estágio pedagógico que pode ser integrado ou não. Todos seguiram na Universidade a via de ensino, em ramos especializados. Resta saber se foram para esta via por vocação ou por falta de alternativas.
Saem classificados com uma média final que resulta das classificações dadas pelos vários professores das disciplinas nos vários anos do curso (nota académica) a que se junta a nota dada pelo professor orientador de estágio. Durante estes anos aprendem também a usar as novas tecnologias para fazer delas ferramentas pedagógicas importantes na sala de aula.
As notas distribuem-se pela escala, como sempre, e é por essas que é feita a colocação. Alguns colocam-se sem dificuldade, outros passam anos à espera de lugar ou vão tendo colocações esporádicas a substituir grávidas e doentes. Milhares ficam sem colocação.
Há professores que colocados ou não continuam a estudar e a interessar-se por melhorar as suas práticas. Alguns são sensíveis ao pulsar do seu tempo, às características da escola de hoje, do aluno de hoje, da comunidade que o envolve hoje.
O professor actual tem de ter esta atitude na sociedade de mudança que nos envolve.
A este propósito posso referir o exemplo da professora Adelina Moura de Braga que foi entrevistada pelo jornalista Jorge Fiel para o DN no dia 7 de Dezembro. Contou que está a fazer uma experiência com 30 alunos do 11º ano, ramo profissionalizante e que já deu uma aula online, a partir de casa, com os alunos espalhados por cafés e outros locais. É o conceito da escola nómada a ser posto em prática. Disse coisas como esta: "o telemóvel e os MP3 são ferramentas de ensino mais usadas que o papel e o lápis" ou " os alunos são nados digitais, nós somos estrangeiros digitais" ou ainda " a aula de português anda na bolso dos meus alunos". Deu os endereços de dois blogues: paepica.blogspot.com e choqueefaisca.blospot.pt. Falou também de O Princepezinho em podcast que pode encontrar-se em discursodirecto.podmatic.com e de exercícios de escolha múltipla e palavras cruzadas para descarregar no telemóvel em geramovel.wirenode.mobi e outros ainda.
Esta professora é uma excepção nesta área e, por enquanto, apenas faz uma experiência com 30 alunos, não sei se este projecto seria exequível pelos professores comuns que têm cinco, seis ou sete vezes mais e muitos outros trabalhos para fazer. Seria bom que ela abrisse as aulas para os outros aprenderem na prática e faço votos que não a desviem para fazer conferências "em seco" que só cansam e cumprem calendário.
Todos os professores têm de compreender que o aluno tem que ser ensinado de acordo com o seu tempo e a sua vivência.

in Expresso (Joviana Benedito Profª. aposentada do Ensino Sec. e autora)