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domingo, 25 de novembro de 2007

Norte recebe 60% dos 400 M€ para requalificação escolar

A região Norte vai receber 60 por cento dos 400 milhões de euros destinados ao Programa Nacional de Requalificação da Rede Escolar do 1/o Ciclo do Ensino Básico e Pré-Escolar. Numa sessão de apresentação deste programa aos autarcas da região Norte, no Porto, a ministra da Educação explicou que o objectivo é criar condições financeiras para que os municípios avancem com a resolução dos problemas ao nível da rede escolar, quer através da construção de centros quer através da requalificação dos edifícios.
Segundo Maria de Lurdes Rodrigues, 70 por cento do investimento é comparticipado por fundos comunitários, no âmbito do Programa Operacional Regional, e o restante pelos municípios.
«Estudos recentemente realizados apontam como um obstáculo ao desenvolvimento de uma educação de qualidade a falta de condições do parque escolar», disse a ministra, considerando que muitos autarcas já têm essa percepção. «A prova é que muitos não esperaram por estes apoios para avançar com a necessária requalificação», sublinhou. O programa tem como objectivos reordenar a rede escolar, avançar com escolas com mais de um nível de ensino, numa lógica de partilha dos recursos pedagógicos (bibliotecas, refeitório, tecnologia, entre outros), aumentar o número de alunos por escola e simplificar e desburocratizar os processos.
Fonte: Diário Digital

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Artigo de opinião


O MP3 e o telemóvel como ferramentas pedagógicas

Hoje todos os professores têm como formação inicial um curso superior seguido de um estágio pedagógico que pode ser integrado ou não. Todos seguiram na Universidade a via de ensino, em ramos especializados. Resta saber se foram para esta via por vocação ou por falta de alternativas.
Saem classificados com uma média final que resulta das classificações dadas pelos vários professores das disciplinas nos vários anos do curso (nota académica) a que se junta a nota dada pelo professor orientador de estágio. Durante estes anos aprendem também a usar as novas tecnologias para fazer delas ferramentas pedagógicas importantes na sala de aula.
As notas distribuem-se pela escala, como sempre, e é por essas que é feita a colocação. Alguns colocam-se sem dificuldade, outros passam anos à espera de lugar ou vão tendo colocações esporádicas a substituir grávidas e doentes. Milhares ficam sem colocação.
Há professores que colocados ou não continuam a estudar e a interessar-se por melhorar as suas práticas. Alguns são sensíveis ao pulsar do seu tempo, às características da escola de hoje, do aluno de hoje, da comunidade que o envolve hoje.
O professor actual tem de ter esta atitude na sociedade de mudança que nos envolve.
A este propósito posso referir o exemplo da professora Adelina Moura de Braga que foi entrevistada pelo jornalista Jorge Fiel para o DN no dia 7 de Dezembro. Contou que está a fazer uma experiência com 30 alunos do 11º ano, ramo profissionalizante e que já deu uma aula online, a partir de casa, com os alunos espalhados por cafés e outros locais. É o conceito da escola nómada a ser posto em prática. Disse coisas como esta: "o telemóvel e os MP3 são ferramentas de ensino mais usadas que o papel e o lápis" ou " os alunos são nados digitais, nós somos estrangeiros digitais" ou ainda " a aula de português anda na bolso dos meus alunos". Deu os endereços de dois blogues: paepica.blogspot.com e choqueefaisca.blospot.pt. Falou também de O Princepezinho em podcast que pode encontrar-se em discursodirecto.podmatic.com e de exercícios de escolha múltipla e palavras cruzadas para descarregar no telemóvel em geramovel.wirenode.mobi e outros ainda.
Esta professora é uma excepção nesta área e, por enquanto, apenas faz uma experiência com 30 alunos, não sei se este projecto seria exequível pelos professores comuns que têm cinco, seis ou sete vezes mais e muitos outros trabalhos para fazer. Seria bom que ela abrisse as aulas para os outros aprenderem na prática e faço votos que não a desviem para fazer conferências "em seco" que só cansam e cumprem calendário.
Todos os professores têm de compreender que o aluno tem que ser ensinado de acordo com o seu tempo e a sua vivência.

in Expresso (Joviana Benedito Profª. aposentada do Ensino Sec. e autora)