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segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Coreia do Sul busca ensino ainda melhor

O modelo de educação da Coreia do Sul, apontado como exemplo a ser copiado pelo Brasil, tornou-se alvo de críticas internas e de forte pressão dos coreanos, que exigem ainda mais qualidade nos métodos de ensino. Acostumados a jornadas de 11 a 12 horas de estudos por dia, crianças e jovens coreanos cada vez mais buscam em grandes países do Ocidente a educação que não encontram na Coreia. Nos últimos anos, o governo estimulou a adopção de currículos mais humanísticos para o ensino médio. Não foi suficiente. Os pais exigem uma formação mais universal e mais voltada às exigências de um mercado cada vez mais evoluído tecnologicamente.As novas pressões, entretanto, não desmerecem o alto nível da educação na Coreia e seu papel central no salto dado pelo país, em termos de desenvolvimento económico e social, nos últimos 40 anos. Na Coreia, o analfabetismo não alcança 2%, quase 100% das crianças estão na escola e perto de 8% da população - 3,6 milhões de pessoas - cursa a universidade. Em 1970, apenas 0,62% dos coreanos chegava ao ensino superior.Entretanto, uma parte dos resultados da Coreia nesse sector não pode ser creditada ao ensino oficial. A complementação diária dos estudos em instituições privadas - e caras - tornou-se elemento essencial nas últimas décadas. Antes de alcançar a universidade, a maioria dos estudantes da Coreia enfrenta seis horas diárias de aulas nas escolas formais, mais cinco a seis horas em institutos privados. A conta alta leva os pais a cobrá-los duramente por resultados.
Fonte: A Tarde online

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Artigo de opinião


O MP3 e o telemóvel como ferramentas pedagógicas

Hoje todos os professores têm como formação inicial um curso superior seguido de um estágio pedagógico que pode ser integrado ou não. Todos seguiram na Universidade a via de ensino, em ramos especializados. Resta saber se foram para esta via por vocação ou por falta de alternativas.
Saem classificados com uma média final que resulta das classificações dadas pelos vários professores das disciplinas nos vários anos do curso (nota académica) a que se junta a nota dada pelo professor orientador de estágio. Durante estes anos aprendem também a usar as novas tecnologias para fazer delas ferramentas pedagógicas importantes na sala de aula.
As notas distribuem-se pela escala, como sempre, e é por essas que é feita a colocação. Alguns colocam-se sem dificuldade, outros passam anos à espera de lugar ou vão tendo colocações esporádicas a substituir grávidas e doentes. Milhares ficam sem colocação.
Há professores que colocados ou não continuam a estudar e a interessar-se por melhorar as suas práticas. Alguns são sensíveis ao pulsar do seu tempo, às características da escola de hoje, do aluno de hoje, da comunidade que o envolve hoje.
O professor actual tem de ter esta atitude na sociedade de mudança que nos envolve.
A este propósito posso referir o exemplo da professora Adelina Moura de Braga que foi entrevistada pelo jornalista Jorge Fiel para o DN no dia 7 de Dezembro. Contou que está a fazer uma experiência com 30 alunos do 11º ano, ramo profissionalizante e que já deu uma aula online, a partir de casa, com os alunos espalhados por cafés e outros locais. É o conceito da escola nómada a ser posto em prática. Disse coisas como esta: "o telemóvel e os MP3 são ferramentas de ensino mais usadas que o papel e o lápis" ou " os alunos são nados digitais, nós somos estrangeiros digitais" ou ainda " a aula de português anda na bolso dos meus alunos". Deu os endereços de dois blogues: paepica.blogspot.com e choqueefaisca.blospot.pt. Falou também de O Princepezinho em podcast que pode encontrar-se em discursodirecto.podmatic.com e de exercícios de escolha múltipla e palavras cruzadas para descarregar no telemóvel em geramovel.wirenode.mobi e outros ainda.
Esta professora é uma excepção nesta área e, por enquanto, apenas faz uma experiência com 30 alunos, não sei se este projecto seria exequível pelos professores comuns que têm cinco, seis ou sete vezes mais e muitos outros trabalhos para fazer. Seria bom que ela abrisse as aulas para os outros aprenderem na prática e faço votos que não a desviem para fazer conferências "em seco" que só cansam e cumprem calendário.
Todos os professores têm de compreender que o aluno tem que ser ensinado de acordo com o seu tempo e a sua vivência.

in Expresso (Joviana Benedito Profª. aposentada do Ensino Sec. e autora)