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segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Futebolistas regressam aos estudos

Oito jogadores do Centro Desportivo de Fátima inscreveram-se no programa Novas Oportunidades de forma a terminar o 12º ano. O início das aulas está marcado para Janeiro. Este é um exemplo de que não só de futebol vivem os sonhos de jovens atletas. Marinho, Saleiro, Moreira, Samuel, Edu Castigo, Bispo, Duarte Machado e João Fonseca, são jogadores do Desportivo de Fátima que deixaram de pensar simplesmente nos relvados para tentar também sair vitoriosos da sala de aula. Aproveitando o programa Novas Oportunidades que reconhece as competências adquiridas, o grupo decidiu pegar nos cadernos e iniciar uma jornada de cerca 600 horas que os poderá levar a obter a qualificação do 12º ano. "Chega a uma altura que por causa dos treinos ou por falta de vontade optamos pela parte futebolística, mas acho que isto é um exemplo para o país", garante Samuel. Um desafio que surge como oportunidade de "de valorização pessoal". "O futebol não dura para sempre e quando chegar aos 30 ou 35 anos, sem o 12º ano ou um curso superior é muito mais dificil de entrar no mercado de trabalho", adverte Duarte Machado, que por seu turno vai assistir ao curso em Lisboa. Moreira afina pelo mesmo diapasão, o objectivo é "concluir o 12ª ano e depois quem sabe talvez ir para a Universidade".
Fonte: SIC

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Artigo de opinião


O MP3 e o telemóvel como ferramentas pedagógicas

Hoje todos os professores têm como formação inicial um curso superior seguido de um estágio pedagógico que pode ser integrado ou não. Todos seguiram na Universidade a via de ensino, em ramos especializados. Resta saber se foram para esta via por vocação ou por falta de alternativas.
Saem classificados com uma média final que resulta das classificações dadas pelos vários professores das disciplinas nos vários anos do curso (nota académica) a que se junta a nota dada pelo professor orientador de estágio. Durante estes anos aprendem também a usar as novas tecnologias para fazer delas ferramentas pedagógicas importantes na sala de aula.
As notas distribuem-se pela escala, como sempre, e é por essas que é feita a colocação. Alguns colocam-se sem dificuldade, outros passam anos à espera de lugar ou vão tendo colocações esporádicas a substituir grávidas e doentes. Milhares ficam sem colocação.
Há professores que colocados ou não continuam a estudar e a interessar-se por melhorar as suas práticas. Alguns são sensíveis ao pulsar do seu tempo, às características da escola de hoje, do aluno de hoje, da comunidade que o envolve hoje.
O professor actual tem de ter esta atitude na sociedade de mudança que nos envolve.
A este propósito posso referir o exemplo da professora Adelina Moura de Braga que foi entrevistada pelo jornalista Jorge Fiel para o DN no dia 7 de Dezembro. Contou que está a fazer uma experiência com 30 alunos do 11º ano, ramo profissionalizante e que já deu uma aula online, a partir de casa, com os alunos espalhados por cafés e outros locais. É o conceito da escola nómada a ser posto em prática. Disse coisas como esta: "o telemóvel e os MP3 são ferramentas de ensino mais usadas que o papel e o lápis" ou " os alunos são nados digitais, nós somos estrangeiros digitais" ou ainda " a aula de português anda na bolso dos meus alunos". Deu os endereços de dois blogues: paepica.blogspot.com e choqueefaisca.blospot.pt. Falou também de O Princepezinho em podcast que pode encontrar-se em discursodirecto.podmatic.com e de exercícios de escolha múltipla e palavras cruzadas para descarregar no telemóvel em geramovel.wirenode.mobi e outros ainda.
Esta professora é uma excepção nesta área e, por enquanto, apenas faz uma experiência com 30 alunos, não sei se este projecto seria exequível pelos professores comuns que têm cinco, seis ou sete vezes mais e muitos outros trabalhos para fazer. Seria bom que ela abrisse as aulas para os outros aprenderem na prática e faço votos que não a desviem para fazer conferências "em seco" que só cansam e cumprem calendário.
Todos os professores têm de compreender que o aluno tem que ser ensinado de acordo com o seu tempo e a sua vivência.

in Expresso (Joviana Benedito Profª. aposentada do Ensino Sec. e autora)