A Ministra da Educação defendeu que o futuro do seu ministério consiste em recuar no actual papel de assegurar a uniformidade do sistema de ensino para se centrar no controlo e avaliação das escolas, escreve a lusa. Maria de Lurdes Rodrigues falava aos quadros superiores da Direcção Regional de Educação do Norte (DREN), durante a cerimónia de inauguração das novas instalações deste organismo. Na sua alocução, durante a qual fez uma prospectiva da evolução futura do sistema de ensino, a ministra frisou que se está a viver «uma mudança de paradigma». «Somos herdeiros de um património de mais de um século em que a característica principal do sistema de ensino nacional era o da uniformização, com professores, instrumentos de ensino e escolas todas iguais e um ministério omnipresente e omnipotente que tudo determina, porque se pensava que esta era a melhor forma de assegurar a igualdade», frisou a ministra.
Maria de Lurdes Rodrigues considera que já se registou uma evolução relativamente a essa realidade, mas sublinhou que ainda não se efectuou a mudança de paradigma.
«Devemos mudar para um sistema de ensino do futuro, no qual o princípio organizador será o da diversidade, o que exigirá da estrutura do ministério uma maior capacidade de negociação com as autarquias e outros agentes da educação», disse.
«O futuro será cada vez menos ministério, a quem caberá sobretudo negociar directamente no terreno com os restantes agentes educativos, encontrando com eles os necessário pontos de equilíbrio», acrescentou.
Ou seja, defendeu Maria de Lurdes Rodrigues, a função do Ministério da Educação será sobretudo a de controlar, avaliar e acompanhar as escolas, cuja responsabilidade caberá cada vez mais ás autarquias e outros agentes de educação, assegurando que elas cumprem a sua função com crescente qualidade.
«Não seremos já nós que vamos viver esse novo paradigma, serão talvez os nossos filhos, certamente os nossos netos», disse Maria de Lurdes Rodrigues aos quadros dirigentes da DREN.
Fonte: Portugal Diário
segunda-feira, 17 de dezembro de 2007
Ministra defende que o futuro do ME é o de «Avaliar e controlar as escolas»
Etiquetas: Gestão escolar
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Artigo de opinião
O MP3 e o telemóvel como ferramentas pedagógicasHoje todos os professores têm como formação inicial um curso superior seguido de um estágio pedagógico que pode ser integrado ou não. Todos seguiram na Universidade a via de ensino, em ramos especializados. Resta saber se foram para esta via por vocação ou por falta de alternativas.
in Expresso (Joviana Benedito Profª. aposentada do Ensino Sec. e autora)
Saem classificados com uma média final que resulta das classificações dadas pelos vários professores das disciplinas nos vários anos do curso (nota académica) a que se junta a nota dada pelo professor orientador de estágio. Durante estes anos aprendem também a usar as novas tecnologias para fazer delas ferramentas pedagógicas importantes na sala de aula.
As notas distribuem-se pela escala, como sempre, e é por essas que é feita a colocação. Alguns colocam-se sem dificuldade, outros passam anos à espera de lugar ou vão tendo colocações esporádicas a substituir grávidas e doentes. Milhares ficam sem colocação.
Há professores que colocados ou não continuam a estudar e a interessar-se por melhorar as suas práticas. Alguns são sensíveis ao pulsar do seu tempo, às características da escola de hoje, do aluno de hoje, da comunidade que o envolve hoje.
O professor actual tem de ter esta atitude na sociedade de mudança que nos envolve.
A este propósito posso referir o exemplo da professora Adelina Moura de Braga que foi entrevistada pelo jornalista Jorge Fiel para o DN no dia 7 de Dezembro. Contou que está a fazer uma experiência com 30 alunos do 11º ano, ramo profissionalizante e que já deu uma aula online, a partir de casa, com os alunos espalhados por cafés e outros locais. É o conceito da escola nómada a ser posto em prática. Disse coisas como esta: "o telemóvel e os MP3 são ferramentas de ensino mais usadas que o papel e o lápis" ou " os alunos são nados digitais, nós somos estrangeiros digitais" ou ainda " a aula de português anda na bolso dos meus alunos". Deu os endereços de dois blogues: paepica.blogspot.com e choqueefaisca.blospot.pt. Falou também de O Princepezinho em podcast que pode encontrar-se em discursodirecto.podmatic.com e de exercícios de escolha múltipla e palavras cruzadas para descarregar no telemóvel em geramovel.wirenode.mobi e outros ainda.
Esta professora é uma excepção nesta área e, por enquanto, apenas faz uma experiência com 30 alunos, não sei se este projecto seria exequível pelos professores comuns que têm cinco, seis ou sete vezes mais e muitos outros trabalhos para fazer. Seria bom que ela abrisse as aulas para os outros aprenderem na prática e faço votos que não a desviem para fazer conferências "em seco" que só cansam e cumprem calendário.
Todos os professores têm de compreender que o aluno tem que ser ensinado de acordo com o seu tempo e a sua vivência.
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