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quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Mundo pode não atingir meta de ensino até 2015

Quase 1 bilhão de pessoas não receberão qualquer tipo de educação formal porque os governos do mundo todo estão deixando de cumprir a promessa de fornecer educação primária e gratuita a todos até 2015, afirmaram grupos de ajuda na quarta-feira.
Num encontro realizado na capital do Senegal, Dacar, em 2000, governos de 164 países acertaram várias metas, entre as quais a de fornecer cursos de boa qualidade do ensino básico para todo mundo e de aumentar em 50% o número de adultos alfabetizados até a metade da próxima década.
Na metade do caminho antes do fim do prazo, os países mais ricos não estão cumprindo as promessas de ajudar os mais pobres. E as metas continuam a ser um alvo distante, segundo a Campanha Global para a Educação (GCE na sigla em inglês), que reúne milhares de sindicatos de professores e grupos da sociedade civil, entre os quais o Save the Children e a Oxfam.
"Se a performance atual for mantida, perto de 1 bilhão de pessoas não receberão educação formal durante sua vida, muito menos nos próximos sete anos", afirmou Nelida Cespedes, uma peruana que integra o quadro de diretores da GCE.
A educação primária universal até 2015 é uma das oito Metas de Desenvolvimento do Milênio acatadas por governos do mundo todo. O grupo ativista disse em um relatório que 72 milhões de crianças continuavam sem frequentar o ensino básico e que 774 milhões de adultos - um de cada cinco - continuam sendo analfabetos.
Fonte: terra.com

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Artigo de opinião


O MP3 e o telemóvel como ferramentas pedagógicas

Hoje todos os professores têm como formação inicial um curso superior seguido de um estágio pedagógico que pode ser integrado ou não. Todos seguiram na Universidade a via de ensino, em ramos especializados. Resta saber se foram para esta via por vocação ou por falta de alternativas.
Saem classificados com uma média final que resulta das classificações dadas pelos vários professores das disciplinas nos vários anos do curso (nota académica) a que se junta a nota dada pelo professor orientador de estágio. Durante estes anos aprendem também a usar as novas tecnologias para fazer delas ferramentas pedagógicas importantes na sala de aula.
As notas distribuem-se pela escala, como sempre, e é por essas que é feita a colocação. Alguns colocam-se sem dificuldade, outros passam anos à espera de lugar ou vão tendo colocações esporádicas a substituir grávidas e doentes. Milhares ficam sem colocação.
Há professores que colocados ou não continuam a estudar e a interessar-se por melhorar as suas práticas. Alguns são sensíveis ao pulsar do seu tempo, às características da escola de hoje, do aluno de hoje, da comunidade que o envolve hoje.
O professor actual tem de ter esta atitude na sociedade de mudança que nos envolve.
A este propósito posso referir o exemplo da professora Adelina Moura de Braga que foi entrevistada pelo jornalista Jorge Fiel para o DN no dia 7 de Dezembro. Contou que está a fazer uma experiência com 30 alunos do 11º ano, ramo profissionalizante e que já deu uma aula online, a partir de casa, com os alunos espalhados por cafés e outros locais. É o conceito da escola nómada a ser posto em prática. Disse coisas como esta: "o telemóvel e os MP3 são ferramentas de ensino mais usadas que o papel e o lápis" ou " os alunos são nados digitais, nós somos estrangeiros digitais" ou ainda " a aula de português anda na bolso dos meus alunos". Deu os endereços de dois blogues: paepica.blogspot.com e choqueefaisca.blospot.pt. Falou também de O Princepezinho em podcast que pode encontrar-se em discursodirecto.podmatic.com e de exercícios de escolha múltipla e palavras cruzadas para descarregar no telemóvel em geramovel.wirenode.mobi e outros ainda.
Esta professora é uma excepção nesta área e, por enquanto, apenas faz uma experiência com 30 alunos, não sei se este projecto seria exequível pelos professores comuns que têm cinco, seis ou sete vezes mais e muitos outros trabalhos para fazer. Seria bom que ela abrisse as aulas para os outros aprenderem na prática e faço votos que não a desviem para fazer conferências "em seco" que só cansam e cumprem calendário.
Todos os professores têm de compreender que o aluno tem que ser ensinado de acordo com o seu tempo e a sua vivência.

in Expresso (Joviana Benedito Profª. aposentada do Ensino Sec. e autora)