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segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Regulamentada avaliação, certificação e adopção de manuais escolares

Os diplomas que regulamentam o regime de avaliação, certificação e adopção dos manuais escolares foram aprovados pelo Governo, aguardando publicação no Diário da República.
Na sequência da aprovação da legislação referente ao regime de avaliação, certificação e adopção de manuais escolares, o Ministério da Educação (ME) elaborou três diplomas regulamentadores que aguardam publicação no Diário da República.
A portaria relativa à adopção de manuais escolares define os conceitos e os procedimentos para a adopção formal e a divulgação da adopção dos manuais, a seguir pelos agrupamentos de escolas e pelas escolas não agrupadas.
De acordo com esta portaria, a adopção dos manuais escolares é da competência do órgão de coordenação das escolas, sob proposta dos departamentos curriculares em que se integre a respectiva disciplina ou área curricular, no respeito pela liberdade e pela autonomia dos agentes educativos.
A lista dos manuais escolares certificados e dos respectivos preços é divulgada na página da Direcção-Geral de Inovação e de Desenvolvimento Curricular, antes do início do processo de apreciação, selecção e adopção de manuais escolares.
O processo de apreciação, selecção e adopção dos manuais escolares deve decorrer de acordo com um conjunto de procedimentos sequenciais:
a divulgação dos manuais certificados e dos respectivos preços, facultada pelo órgão de coordenação das escolas;
a apreciação dos manuais escolares divulgados, a realizar pelos professores da disciplina ou da área curricular disciplinar;
a selecção dos manuais apreciados, tendo em conta o projecto educativo das escolas ou dos agrupamentos;
e a adopção dos manuais escolares, em resultado da apreciação e da selecção dos mesmos.
O despacho sobre a acreditação de entidades para a avaliação dos manuais escolares especifica as normas de acreditação das entidades responsáveis pela acreditação dos mesmos, fixando, igualmente, o montante a pagar pela admissão à candidatura para avaliação e certificação, bem como os valores máximos da comparticipação do ME nos custos deste processo.
Assim, podem candidatar-se à acreditação para avaliação dos manuais escolares:
instituições do ensino superior público ou com reconhecimento público, suas unidades orgânicas e departamentos que asseguram a formação inicial ou contínua de docentes;
associações profissionais de professores;
sociedades ou associações científicas;
e associações ou consórcios constituídos para o efeito entre quaisquer das entidades referidas anteriormente. Segundo este despacho, o montante a pagar pela admissão à candidatura para avaliação e certificação de cada manual escolar é fixado em dois mil e quinhentos euros.
Fonte: Portal da Educação

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Artigo de opinião


O MP3 e o telemóvel como ferramentas pedagógicas

Hoje todos os professores têm como formação inicial um curso superior seguido de um estágio pedagógico que pode ser integrado ou não. Todos seguiram na Universidade a via de ensino, em ramos especializados. Resta saber se foram para esta via por vocação ou por falta de alternativas.
Saem classificados com uma média final que resulta das classificações dadas pelos vários professores das disciplinas nos vários anos do curso (nota académica) a que se junta a nota dada pelo professor orientador de estágio. Durante estes anos aprendem também a usar as novas tecnologias para fazer delas ferramentas pedagógicas importantes na sala de aula.
As notas distribuem-se pela escala, como sempre, e é por essas que é feita a colocação. Alguns colocam-se sem dificuldade, outros passam anos à espera de lugar ou vão tendo colocações esporádicas a substituir grávidas e doentes. Milhares ficam sem colocação.
Há professores que colocados ou não continuam a estudar e a interessar-se por melhorar as suas práticas. Alguns são sensíveis ao pulsar do seu tempo, às características da escola de hoje, do aluno de hoje, da comunidade que o envolve hoje.
O professor actual tem de ter esta atitude na sociedade de mudança que nos envolve.
A este propósito posso referir o exemplo da professora Adelina Moura de Braga que foi entrevistada pelo jornalista Jorge Fiel para o DN no dia 7 de Dezembro. Contou que está a fazer uma experiência com 30 alunos do 11º ano, ramo profissionalizante e que já deu uma aula online, a partir de casa, com os alunos espalhados por cafés e outros locais. É o conceito da escola nómada a ser posto em prática. Disse coisas como esta: "o telemóvel e os MP3 são ferramentas de ensino mais usadas que o papel e o lápis" ou " os alunos são nados digitais, nós somos estrangeiros digitais" ou ainda " a aula de português anda na bolso dos meus alunos". Deu os endereços de dois blogues: paepica.blogspot.com e choqueefaisca.blospot.pt. Falou também de O Princepezinho em podcast que pode encontrar-se em discursodirecto.podmatic.com e de exercícios de escolha múltipla e palavras cruzadas para descarregar no telemóvel em geramovel.wirenode.mobi e outros ainda.
Esta professora é uma excepção nesta área e, por enquanto, apenas faz uma experiência com 30 alunos, não sei se este projecto seria exequível pelos professores comuns que têm cinco, seis ou sete vezes mais e muitos outros trabalhos para fazer. Seria bom que ela abrisse as aulas para os outros aprenderem na prática e faço votos que não a desviem para fazer conferências "em seco" que só cansam e cumprem calendário.
Todos os professores têm de compreender que o aluno tem que ser ensinado de acordo com o seu tempo e a sua vivência.

in Expresso (Joviana Benedito Profª. aposentada do Ensino Sec. e autora)