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terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Brasil: Estudo aponta desigualdade racial no acesso à educação

Em 2006, do total de crianças negras entre sete a dez anos de idade, metade não frequentava o nível de ensino esperado para a idade que tinham, seja porque estavam fora da escola, tinham sido reprovadas ou abandonaram os estudos por algum motivo. Entre as crianças brancas, 38% estavam nessa situação.A informação é de Marcelo Paixão, pesquisador do Laboratório de Análises Econômicas, Históricas, Sociais e Estatísticas das Relações Raciais (Laeser) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).Os dados fazem parte do estudo que integra o 1º Relatório das Desigualdades Raciais no Brasil, que o Laeser pretende concluir até março deste ano. E referem-se à taxa de adequação escolar, que reflete o percentual de crianças de uma determinada idade que freqüenta o nível de ensino equivalente à sua faixa etária.Em 1995, o Brasil apresentava um percentual na taxa de adequação do sistema de ensino para o primeiro ciclo fundamental (crianças entre sete a dez anos de idade) de 52,5% de brancos e 30,7% de negros. Passados 11 anos, o índice entre as crianças brancas subiu para 62,2% e entre as negras, para 52,3%.“Isso significa que o indicador entre as crianças negras melhorou mais rapidamente do na população branca”, diz Paixão.Mas, segundo ele, a taxa de adequação de crianças negras em 2006 era igual a de crianças brancas em 1995. “Os indicadores reduziram. Mas é necessário observar que estão muito aquém do ideal. Esses indicadores ainda vão continuar se qualquer esforço verificado nos últimos anos não for mantido ou aprimorado".
Fonte: Campogrande.news

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Artigo de opinião


O MP3 e o telemóvel como ferramentas pedagógicas

Hoje todos os professores têm como formação inicial um curso superior seguido de um estágio pedagógico que pode ser integrado ou não. Todos seguiram na Universidade a via de ensino, em ramos especializados. Resta saber se foram para esta via por vocação ou por falta de alternativas.
Saem classificados com uma média final que resulta das classificações dadas pelos vários professores das disciplinas nos vários anos do curso (nota académica) a que se junta a nota dada pelo professor orientador de estágio. Durante estes anos aprendem também a usar as novas tecnologias para fazer delas ferramentas pedagógicas importantes na sala de aula.
As notas distribuem-se pela escala, como sempre, e é por essas que é feita a colocação. Alguns colocam-se sem dificuldade, outros passam anos à espera de lugar ou vão tendo colocações esporádicas a substituir grávidas e doentes. Milhares ficam sem colocação.
Há professores que colocados ou não continuam a estudar e a interessar-se por melhorar as suas práticas. Alguns são sensíveis ao pulsar do seu tempo, às características da escola de hoje, do aluno de hoje, da comunidade que o envolve hoje.
O professor actual tem de ter esta atitude na sociedade de mudança que nos envolve.
A este propósito posso referir o exemplo da professora Adelina Moura de Braga que foi entrevistada pelo jornalista Jorge Fiel para o DN no dia 7 de Dezembro. Contou que está a fazer uma experiência com 30 alunos do 11º ano, ramo profissionalizante e que já deu uma aula online, a partir de casa, com os alunos espalhados por cafés e outros locais. É o conceito da escola nómada a ser posto em prática. Disse coisas como esta: "o telemóvel e os MP3 são ferramentas de ensino mais usadas que o papel e o lápis" ou " os alunos são nados digitais, nós somos estrangeiros digitais" ou ainda " a aula de português anda na bolso dos meus alunos". Deu os endereços de dois blogues: paepica.blogspot.com e choqueefaisca.blospot.pt. Falou também de O Princepezinho em podcast que pode encontrar-se em discursodirecto.podmatic.com e de exercícios de escolha múltipla e palavras cruzadas para descarregar no telemóvel em geramovel.wirenode.mobi e outros ainda.
Esta professora é uma excepção nesta área e, por enquanto, apenas faz uma experiência com 30 alunos, não sei se este projecto seria exequível pelos professores comuns que têm cinco, seis ou sete vezes mais e muitos outros trabalhos para fazer. Seria bom que ela abrisse as aulas para os outros aprenderem na prática e faço votos que não a desviem para fazer conferências "em seco" que só cansam e cumprem calendário.
Todos os professores têm de compreender que o aluno tem que ser ensinado de acordo com o seu tempo e a sua vivência.

in Expresso (Joviana Benedito Profª. aposentada do Ensino Sec. e autora)