Os resultados do Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo (Saresp 2007), divulgados na quinta-feira (dia 13), e que revelam dados alarmantes sobre o desempenho dos estudantes paulistas, também se refletem em outras regiões do País e evidenciam que nem sempre os investimentos realizados neste setor se traduzem em qualidade de ensino.
A tese de que os investimentos no setor estão dissociados da qualidade é uma das conclusões da radiografia sobre os investimentos dos municípios brasileiros em educação, elaborada pela consultoria Aequus e publicada na edição 2007 da revista Multi Cidades.
Segundo este estudo, nem sempre o maior gasto por aluno resulta num melhor desempenho escolar. Para exemplificar, o município de São Paulo - que em valores é o que mais aplica em educação no Brasil - investiu R$ 3,7 bilhões em 2006, o que dá uma despesa por aluno de R$ 4.275, e o do Rio de Janeiro - segundo município que mais aplica neste setor - não estão incluídos no ranking elaborado pela consultoria, que classificou os 30 municípios que obtiveram melhor desempenho na primeira fase do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb/2005), avaliando alunos de 1ª a 4ª séries. Este ranking também inclui os gastos dos municípios com seus alunos no ano de 2006.
Neste ranking dos 30 melhores da revista Multi Cidades, conseguiram classificação apenas os municípios de pequeno porte. O primeiro da lista é Barra do Chapéu (SP), cidade de apenas 4.794 habitantes, com despesa em educação por aluno de R$ 3.098 em 2006 e cujo desempenho na primeira fase do Ideb (2005) foi de 6,8.
Para explicar o fato de a listagem incluir apenas municípios de pequeno porte - dentre os selecionados, os coordenadores do estudo destacam que boa parte deste desempenho é conseqüência de aspectos locais da dinâmica socioeconômica e também de projetos realizados em cooperação com a sociedade civil.
De acordo com o estudo, além dos 30 municípios brasileiros com os maiores valores do Ideb da 1ª a 4ª séries não serem os que possuem os gastos por aluno mais elevados nem os que investem mais em educação, todos estão localizados nas regiões Sudeste e Sul. Este grupo atingiu a meta estabelecida pelo governo federal para 2022, que é de avaliação superior ou igual a 6,0 no Ideb.
Um fato curioso, que reforça a idéia de que a cooperação da sociedade civil é importante para o desempenho dos alunos: o município que ficou em primeiro lugar, Barra do Chapéu, situado no Vale do Ribeira, foi palco de uma ação privada empreendida no ano de 2005 pela Fundação Armando Álvares Penteado (Faap), que decidiu adotar o município para ensinar técnicas de gestão.
Em contrapartida, o ranking dos 30 piores desempenhos na primeira fase do Ideb (2005) e o gasto por aluno (2006) inclui em sua maioria municípios das regiões Norte e Nordeste, sendo 14 deles na Bahia. Nesse ranking, o segundo município com pior desempenho, o de Itaúba (MT), da região Centro-Oeste, apresentou gasto por aluno próximo à média nacional, de R$ 1,9 mil, mas com avaliação no Ideb de apenas 0,7.
Outro fato destacado no estudo é que quatro municípios listados no ranking dos piores desempenhos possuem despesa por aluno acima da média do País, como Dom Aquino (MT), com avaliação 1,5 no Ideb e despesa com educação por aluno de R$ 3.173 em 2006
Fonte: A tarde.com
segunda-feira, 17 de março de 2008
Brasil: Gasto em educação nem sempre se reflete em qualidade
Etiquetas: É destaque lá por fora
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  Artigo de opinião
O MP3 e o telemóvel como ferramentas pedagógicasHoje todos os professores têm como formação inicial um curso superior seguido de um estágio pedagógico que pode ser integrado ou não. Todos seguiram na Universidade a via de ensino, em ramos especializados. Resta saber se foram para esta via por vocação ou por falta de alternativas.
in Expresso (Joviana Benedito Profª. aposentada do Ensino Sec. e autora)
Saem classificados com uma média final que resulta das classificações dadas pelos vários professores das disciplinas nos vários anos do curso (nota académica) a que se junta a nota dada pelo professor orientador de estágio. Durante estes anos aprendem também a usar as novas tecnologias para fazer delas ferramentas pedagógicas importantes na sala de aula.
As notas distribuem-se pela escala, como sempre, e é por essas que é feita a colocação. Alguns colocam-se sem dificuldade, outros passam anos à espera de lugar ou vão tendo colocações esporádicas a substituir grávidas e doentes. Milhares ficam sem colocação.
Há professores que colocados ou não continuam a estudar e a interessar-se por melhorar as suas práticas. Alguns são sensíveis ao pulsar do seu tempo, às características da escola de hoje, do aluno de hoje, da comunidade que o envolve hoje.
O professor actual tem de ter esta atitude na sociedade de mudança que nos envolve.
A este propósito posso referir o exemplo da professora Adelina Moura de Braga que foi entrevistada pelo jornalista Jorge Fiel para o DN no dia 7 de Dezembro. Contou que está a fazer uma experiência com 30 alunos do 11º ano, ramo profissionalizante e que já deu uma aula online, a partir de casa, com os alunos espalhados por cafés e outros locais. É o conceito da escola nómada a ser posto em prática. Disse coisas como esta: "o telemóvel e os MP3 são ferramentas de ensino mais usadas que o papel e o lápis" ou " os alunos são nados digitais, nós somos estrangeiros digitais" ou ainda " a aula de português anda na bolso dos meus alunos". Deu os endereços de dois blogues: paepica.blogspot.com e choqueefaisca.blospot.pt. Falou também de O Princepezinho em podcast que pode encontrar-se em discursodirecto.podmatic.com e de exercícios de escolha múltipla e palavras cruzadas para descarregar no telemóvel em geramovel.wirenode.mobi e outros ainda.
Esta professora é uma excepção nesta área e, por enquanto, apenas faz uma experiência com 30 alunos, não sei se este projecto seria exequível pelos professores comuns que têm cinco, seis ou sete vezes mais e muitos outros trabalhos para fazer. Seria bom que ela abrisse as aulas para os outros aprenderem na prática e faço votos que não a desviem para fazer conferências "em seco" que só cansam e cumprem calendário.
Todos os professores têm de compreender que o aluno tem que ser ensinado de acordo com o seu tempo e a sua vivência.
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