No dia em que foi conhecida a decisão de transferir a aluna da Carolina Michaelis que entrou em confronto físico com uma professora, o procurador-geral da República revelou que há “algumas dezenas” de casos de violência escolar sob investigação do Ministério Público.
Pinto Monteiro sustentou ainda que o Ministério Público estava obrigado a actuar no caso de agressão ocorrido na secundária Carolina Michaelis, por se tratar de um crime público.
“A agressão a professores no exercício das suas funções é um crime público, que o Ministério Público obrigatoriamente tem que investigar”, sublinhou o procurador-geral da República (PGR).
“O Ministério Público, se não investigar, não está a cumprir as suas funções”, acrescentou. “Os pequenos ilícitos têm que ser combatidos, porque eles geram os grandes ilícitos”.
“É assim que acontece nas escolas. Já digo isto há um ano. Este vídeo só veio, infelizmente, dar-me razão”, concluiu Pinto Monteiro, aludindo ao caso ocorrido na escola secundária Carolina Michaelis, no Porto.
O PGR sublinhou, ainda, que os conselhos executivos dos estabelecimentos de ensino “devem ser obrigados a participar” às autoridades os casos de violência nos perímetros escolares. “Neste momento, muitos conselhos directivos não participam”, frisou.
Sem apontar “números exactos”, Pinto Monteiro revelou que o Ministério Público está a investigar “algumas dezenas” de casos de violência nas escolas. E não apenas relativos a agressões de alunos a professores: “Também há casos ao contrário, de professores que são investigados por agredirem alunos”.
Fonte: Rtp.pt
quinta-feira, 27 de março de 2008
MP investiga dezenas de casos de violência escolar
Etiquetas: Violência escolar
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Artigo de opinião
O MP3 e o telemóvel como ferramentas pedagógicasHoje todos os professores têm como formação inicial um curso superior seguido de um estágio pedagógico que pode ser integrado ou não. Todos seguiram na Universidade a via de ensino, em ramos especializados. Resta saber se foram para esta via por vocação ou por falta de alternativas.
in Expresso (Joviana Benedito Profª. aposentada do Ensino Sec. e autora)
Saem classificados com uma média final que resulta das classificações dadas pelos vários professores das disciplinas nos vários anos do curso (nota académica) a que se junta a nota dada pelo professor orientador de estágio. Durante estes anos aprendem também a usar as novas tecnologias para fazer delas ferramentas pedagógicas importantes na sala de aula.
As notas distribuem-se pela escala, como sempre, e é por essas que é feita a colocação. Alguns colocam-se sem dificuldade, outros passam anos à espera de lugar ou vão tendo colocações esporádicas a substituir grávidas e doentes. Milhares ficam sem colocação.
Há professores que colocados ou não continuam a estudar e a interessar-se por melhorar as suas práticas. Alguns são sensíveis ao pulsar do seu tempo, às características da escola de hoje, do aluno de hoje, da comunidade que o envolve hoje.
O professor actual tem de ter esta atitude na sociedade de mudança que nos envolve.
A este propósito posso referir o exemplo da professora Adelina Moura de Braga que foi entrevistada pelo jornalista Jorge Fiel para o DN no dia 7 de Dezembro. Contou que está a fazer uma experiência com 30 alunos do 11º ano, ramo profissionalizante e que já deu uma aula online, a partir de casa, com os alunos espalhados por cafés e outros locais. É o conceito da escola nómada a ser posto em prática. Disse coisas como esta: "o telemóvel e os MP3 são ferramentas de ensino mais usadas que o papel e o lápis" ou " os alunos são nados digitais, nós somos estrangeiros digitais" ou ainda " a aula de português anda na bolso dos meus alunos". Deu os endereços de dois blogues: paepica.blogspot.com e choqueefaisca.blospot.pt. Falou também de O Princepezinho em podcast que pode encontrar-se em discursodirecto.podmatic.com e de exercícios de escolha múltipla e palavras cruzadas para descarregar no telemóvel em geramovel.wirenode.mobi e outros ainda.
Esta professora é uma excepção nesta área e, por enquanto, apenas faz uma experiência com 30 alunos, não sei se este projecto seria exequível pelos professores comuns que têm cinco, seis ou sete vezes mais e muitos outros trabalhos para fazer. Seria bom que ela abrisse as aulas para os outros aprenderem na prática e faço votos que não a desviem para fazer conferências "em seco" que só cansam e cumprem calendário.
Todos os professores têm de compreender que o aluno tem que ser ensinado de acordo com o seu tempo e a sua vivência.
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