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terça-feira, 1 de abril de 2008

Governo dá subsídio a colégio no Congo para contratação de professores de português

O Governo português atribuiu hoje um subsídio de 45 mil euros à Casa dos Portugueses-Colégio de Kinshasa, na República Democrática do Congo, para a instituição contratar dois professores de português. De acordo com fonte do gabinete do secretário de Estado das Comunidades, este subsídio foi atribuído na sequência de uma solicitação feita pelo colégio.

Além de dar aulas a crianças portuguesas, aquela instituição ministra também cursos de português para estrangeiros e pretende inaugurar em breve uma biblioteca para dar uma "maior divulgação da cultura portuguesa", disse a mesma fonte.

O secretário de Estado das Comunidades, António Braga, afirmou que "o Colégio de Kinshasa é um exemplo de boa gestão dos recursos, de cooperação e de projecção da língua e cultura portuguesa".

A Casa dos Portugueses-Colégio de Kinshasa resulta da união entre as duas únicas associações portuguesas que existiam na República Democrática do Congo: Amicale Sportiv Kinoise (a mais antiga associação portuguesa na região) e o Colégio de Kinshasa.

Na visita que realizou à República Democrática do Congo, em Maio de 2006, António Braga sugeriu que as duas se juntassem para ultrapassarem a crise que atravessavam.

Na República Democrática do Congo vivem 960 portugueses, 500 dos quais na capital.

O ensino do português no estrangeiro tem estado no centro das atenções depois de o Brasil ter anunciado que vai apoiar o Governo da Venezuela a desenvolver a língua portuguesa como principal idioma estrangeiro naquele país. O Brasil tomou essa decisão após o secretário de Estado da Cooperação português, João Gomes Cravinho, ter admitido a sua incapacidade para enviar professores de português para Caracas.

Depois de críticas da oposição, António Braga explicou que a reorganização do ensino do português no exterior resolverá situações como a falta de professores na Venezuela.
Fonte: Público

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Artigo de opinião


O MP3 e o telemóvel como ferramentas pedagógicas

Hoje todos os professores têm como formação inicial um curso superior seguido de um estágio pedagógico que pode ser integrado ou não. Todos seguiram na Universidade a via de ensino, em ramos especializados. Resta saber se foram para esta via por vocação ou por falta de alternativas.
Saem classificados com uma média final que resulta das classificações dadas pelos vários professores das disciplinas nos vários anos do curso (nota académica) a que se junta a nota dada pelo professor orientador de estágio. Durante estes anos aprendem também a usar as novas tecnologias para fazer delas ferramentas pedagógicas importantes na sala de aula.
As notas distribuem-se pela escala, como sempre, e é por essas que é feita a colocação. Alguns colocam-se sem dificuldade, outros passam anos à espera de lugar ou vão tendo colocações esporádicas a substituir grávidas e doentes. Milhares ficam sem colocação.
Há professores que colocados ou não continuam a estudar e a interessar-se por melhorar as suas práticas. Alguns são sensíveis ao pulsar do seu tempo, às características da escola de hoje, do aluno de hoje, da comunidade que o envolve hoje.
O professor actual tem de ter esta atitude na sociedade de mudança que nos envolve.
A este propósito posso referir o exemplo da professora Adelina Moura de Braga que foi entrevistada pelo jornalista Jorge Fiel para o DN no dia 7 de Dezembro. Contou que está a fazer uma experiência com 30 alunos do 11º ano, ramo profissionalizante e que já deu uma aula online, a partir de casa, com os alunos espalhados por cafés e outros locais. É o conceito da escola nómada a ser posto em prática. Disse coisas como esta: "o telemóvel e os MP3 são ferramentas de ensino mais usadas que o papel e o lápis" ou " os alunos são nados digitais, nós somos estrangeiros digitais" ou ainda " a aula de português anda na bolso dos meus alunos". Deu os endereços de dois blogues: paepica.blogspot.com e choqueefaisca.blospot.pt. Falou também de O Princepezinho em podcast que pode encontrar-se em discursodirecto.podmatic.com e de exercícios de escolha múltipla e palavras cruzadas para descarregar no telemóvel em geramovel.wirenode.mobi e outros ainda.
Esta professora é uma excepção nesta área e, por enquanto, apenas faz uma experiência com 30 alunos, não sei se este projecto seria exequível pelos professores comuns que têm cinco, seis ou sete vezes mais e muitos outros trabalhos para fazer. Seria bom que ela abrisse as aulas para os outros aprenderem na prática e faço votos que não a desviem para fazer conferências "em seco" que só cansam e cumprem calendário.
Todos os professores têm de compreender que o aluno tem que ser ensinado de acordo com o seu tempo e a sua vivência.

in Expresso (Joviana Benedito Profª. aposentada do Ensino Sec. e autora)