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quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Educação ambiental é vista como uma moda nos EUA

Desde 2004, dezenas de escolas privadas e públicas em Westchester, na cidade de Nova York e em Long Island criaram áreas de espera que proíbem que motores funcionem em ponto morto, adotaram produtos de limpeza de origem vegetal nos seus edifícios e, em menor grau, excluíram o uso de pesticidas nasa áreas ajardinadas e campos de desporto, de acordo com a Grassroots Environmental Education, uma organização sem fins lucrativos que iniciou uma campanha para promover essas três medidas.
Esforços semelhantes estão a ser realizados por todo o país. A Associação de Educação Ambiental e para a Natureza de Maryland, um grupo sem fins lucrativos, concedeu a 163 escolas de Maryland - dois terços das quais nos últimos dois anos - o selo "escola verde" por iniciativas como preservar terras alagadas, proibir o uso de garrafas de água descartáveis ou pedir aos alunos trabalhos escolares com temas ambientais.
Toda a forma de esforço é considerada digna de atenção. Numa campanha de substituição de lâmpadas conduzida no sul da Califórnia, estudantes em 26 escolas dos condados de San Bernardino e Riverside substituíram 15.734 lâmpadas incandescentes nas suas casas por lâmpadas fluorescentes, mais eficientes do ponto de vista energético, e o número continua a crescer. Funcionários públicos e educadores da Califórnia estão planeando a primeira conferência das escolas ecológicas do Estado, a ser realizada em Pasadena, em Dezembro, e contam com a presença de mais de dois mil membros de conselhos escolares, administradores e professores.
Mas nem todos estão de acordo com estes projectos. Alguns educadores alegam que o foco no meio ambiente resulta em desperdício de dinheiro dos contribuintes e gera distração nas escolas, numa era na qual muitos estudantes saem despreparados para os estudos universitários e enfrentam dificuldades para cumprir os padrões mínimos nos testes de leitura e matemática.
"Os alunos precisam de capacidades muito básicas, e elas são muito mais importantes do que promover a recompensa emocional de saber que supostamente fizeram algo de bom pelo meio ambiente", disse Jane Shaw, vice-presidente executiva do Centro John William Pope de Política de Ensino Superior, uma organização de política pública em Raleigh, Carolina do Norte. Ela é co-autora de Facts, Not Fear Fatos, Não Medo,um livro publicado em 1996 para defender o argumento de que os livros escolares exageravam os problemas ambientais.
Jerry Cantrell, presidente da Associação dos Contribuintes de Nova Jersey e ex-presidente do conselho escolar de Randolph, classificou os programas ambientais como despesa desnecessária, em especial para as escolas públicas, que vêm enfrentando cortes de orçamento.
Fonte: Terra Educação

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Artigo de opinião


O MP3 e o telemóvel como ferramentas pedagógicas

Hoje todos os professores têm como formação inicial um curso superior seguido de um estágio pedagógico que pode ser integrado ou não. Todos seguiram na Universidade a via de ensino, em ramos especializados. Resta saber se foram para esta via por vocação ou por falta de alternativas.
Saem classificados com uma média final que resulta das classificações dadas pelos vários professores das disciplinas nos vários anos do curso (nota académica) a que se junta a nota dada pelo professor orientador de estágio. Durante estes anos aprendem também a usar as novas tecnologias para fazer delas ferramentas pedagógicas importantes na sala de aula.
As notas distribuem-se pela escala, como sempre, e é por essas que é feita a colocação. Alguns colocam-se sem dificuldade, outros passam anos à espera de lugar ou vão tendo colocações esporádicas a substituir grávidas e doentes. Milhares ficam sem colocação.
Há professores que colocados ou não continuam a estudar e a interessar-se por melhorar as suas práticas. Alguns são sensíveis ao pulsar do seu tempo, às características da escola de hoje, do aluno de hoje, da comunidade que o envolve hoje.
O professor actual tem de ter esta atitude na sociedade de mudança que nos envolve.
A este propósito posso referir o exemplo da professora Adelina Moura de Braga que foi entrevistada pelo jornalista Jorge Fiel para o DN no dia 7 de Dezembro. Contou que está a fazer uma experiência com 30 alunos do 11º ano, ramo profissionalizante e que já deu uma aula online, a partir de casa, com os alunos espalhados por cafés e outros locais. É o conceito da escola nómada a ser posto em prática. Disse coisas como esta: "o telemóvel e os MP3 são ferramentas de ensino mais usadas que o papel e o lápis" ou " os alunos são nados digitais, nós somos estrangeiros digitais" ou ainda " a aula de português anda na bolso dos meus alunos". Deu os endereços de dois blogues: paepica.blogspot.com e choqueefaisca.blospot.pt. Falou também de O Princepezinho em podcast que pode encontrar-se em discursodirecto.podmatic.com e de exercícios de escolha múltipla e palavras cruzadas para descarregar no telemóvel em geramovel.wirenode.mobi e outros ainda.
Esta professora é uma excepção nesta área e, por enquanto, apenas faz uma experiência com 30 alunos, não sei se este projecto seria exequível pelos professores comuns que têm cinco, seis ou sete vezes mais e muitos outros trabalhos para fazer. Seria bom que ela abrisse as aulas para os outros aprenderem na prática e faço votos que não a desviem para fazer conferências "em seco" que só cansam e cumprem calendário.
Todos os professores têm de compreender que o aluno tem que ser ensinado de acordo com o seu tempo e a sua vivência.

in Expresso (Joviana Benedito Profª. aposentada do Ensino Sec. e autora)