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sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Educação para o Empreendedorismo: resultados das candidaturas

Quase uma centena de escolas foram seleccionadas para participar este ano lectivo no Projecto Nacional Educação para o Empreendedorismo. De acordo com os resultados das candidaturas ao Projecto Nacional Educação para o Empreendedorismo foram seleccionadas 59 escolas pertencentes 41 agrupamentos e 59 escolas não agrupadas ou estabelecimentos de ensino de diferente tipologia. Incluem-se neste último grupo várias escolas profissionais, o Instituto Profissional de Tecnologias Avançadas (IPTA), o Instituto Politécnico Artístico e Profissional de Coimbra e a Escola Cooperativa Vale de S. Cosme (Didáxis).
Incluem-se nos 99 estabelecimentos de ensino
seleccionados 15 escolas que integram o 1.º Ciclo ou leccionam exclusivamente este ciclo de ensino.
O trabalho a realizar no âmbito do Projecto Nacional de Educação para o Empreendedorismo tem como objectivo geral contribuir para o desenvolvimento de competências-chave junto dos alunos e para a apropriação social do espírito empreendedor junto das escolas e das comunidades educativas.
A Língua Portuguesa, a Matemática, o Estudo do Meio, o Ensino Experimental das Ciências, o Inglês e as Tecnologias de Informação e Comunicação são consideradas áreas disciplinares essenciais para o desenvolvimento de projectos Educação para o Empreendorismo (EPE) nas escolas, de acordo com o
“Guião Promoção do Empreendedorismo na Escola”, editado pelo Ministério da Educação/Direcção-Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular.
Fonte: Texto Editores

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Artigo de opinião


O MP3 e o telemóvel como ferramentas pedagógicas

Hoje todos os professores têm como formação inicial um curso superior seguido de um estágio pedagógico que pode ser integrado ou não. Todos seguiram na Universidade a via de ensino, em ramos especializados. Resta saber se foram para esta via por vocação ou por falta de alternativas.
Saem classificados com uma média final que resulta das classificações dadas pelos vários professores das disciplinas nos vários anos do curso (nota académica) a que se junta a nota dada pelo professor orientador de estágio. Durante estes anos aprendem também a usar as novas tecnologias para fazer delas ferramentas pedagógicas importantes na sala de aula.
As notas distribuem-se pela escala, como sempre, e é por essas que é feita a colocação. Alguns colocam-se sem dificuldade, outros passam anos à espera de lugar ou vão tendo colocações esporádicas a substituir grávidas e doentes. Milhares ficam sem colocação.
Há professores que colocados ou não continuam a estudar e a interessar-se por melhorar as suas práticas. Alguns são sensíveis ao pulsar do seu tempo, às características da escola de hoje, do aluno de hoje, da comunidade que o envolve hoje.
O professor actual tem de ter esta atitude na sociedade de mudança que nos envolve.
A este propósito posso referir o exemplo da professora Adelina Moura de Braga que foi entrevistada pelo jornalista Jorge Fiel para o DN no dia 7 de Dezembro. Contou que está a fazer uma experiência com 30 alunos do 11º ano, ramo profissionalizante e que já deu uma aula online, a partir de casa, com os alunos espalhados por cafés e outros locais. É o conceito da escola nómada a ser posto em prática. Disse coisas como esta: "o telemóvel e os MP3 são ferramentas de ensino mais usadas que o papel e o lápis" ou " os alunos são nados digitais, nós somos estrangeiros digitais" ou ainda " a aula de português anda na bolso dos meus alunos". Deu os endereços de dois blogues: paepica.blogspot.com e choqueefaisca.blospot.pt. Falou também de O Princepezinho em podcast que pode encontrar-se em discursodirecto.podmatic.com e de exercícios de escolha múltipla e palavras cruzadas para descarregar no telemóvel em geramovel.wirenode.mobi e outros ainda.
Esta professora é uma excepção nesta área e, por enquanto, apenas faz uma experiência com 30 alunos, não sei se este projecto seria exequível pelos professores comuns que têm cinco, seis ou sete vezes mais e muitos outros trabalhos para fazer. Seria bom que ela abrisse as aulas para os outros aprenderem na prática e faço votos que não a desviem para fazer conferências "em seco" que só cansam e cumprem calendário.
Todos os professores têm de compreender que o aluno tem que ser ensinado de acordo com o seu tempo e a sua vivência.

in Expresso (Joviana Benedito Profª. aposentada do Ensino Sec. e autora)