No concurso de colocação de 2009, os professores poderão concorrer exclusivamente ao lugar de coordenador de biblioteca, segundo a responsável pela Rede de Bibliotecas Escolares, que em 2008 integrará todas as escolas de 2º e 3º ciclo. Existem actualmente 107 professores de 2º e 3º ciclo e cerca de 130 do 1º ciclo que trabalham a tempo inteiro nas bibliotecas dos agrupamentos a que pertencem. Professores ou formados na área da educação com competências ao nível das tecnologias de informação e das ciências de documentação, com um enorme sentido de organização, entusiasmados, competentes e conscientes do papel que as escolas desempenham ao nível da inclusão social: é este o retrato-tipo dos coordenadores das Bibliotecas Escolares traçado por Teresa Calçada. A trabalhar com o coordenador existe uma equipa formada também por professores, escolhidos por competências que podem ser aproveitadas pelos serviços da biblioteca. A coordenadora explicou ainda que com a alteração do modelo de estruturação do sistema de ensino - que passou a considerar como unidade o agrupamento e não a escola - todas as escolas de 1º ciclo vão ficar automaticamente integradas na Rede, uma vez que estão associadas a escolas de 2º e 3º ciclo que são sede de agrupamento. "O que é necessário é haver uma biblioteca por sede de agrupamento e organizar serviços de biblioteca que possam chegar a todas as escolas", explicou Teresa Calçada que deu como exemplo os serviços itinerantes que fazem chegar os livros das bibliotecas centrais às bibliotecas das escolas mais pequenas.
Fonte: Público
segunda-feira, 22 de outubro de 2007
Professores poderão concorrer exclusivamente a lugar de coordenador de biblioteca no concurso de 2009
Etiquetas: Escolas, Professores
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Artigo de opinião
O MP3 e o telemóvel como ferramentas pedagógicasHoje todos os professores têm como formação inicial um curso superior seguido de um estágio pedagógico que pode ser integrado ou não. Todos seguiram na Universidade a via de ensino, em ramos especializados. Resta saber se foram para esta via por vocação ou por falta de alternativas.
in Expresso (Joviana Benedito Profª. aposentada do Ensino Sec. e autora)
Saem classificados com uma média final que resulta das classificações dadas pelos vários professores das disciplinas nos vários anos do curso (nota académica) a que se junta a nota dada pelo professor orientador de estágio. Durante estes anos aprendem também a usar as novas tecnologias para fazer delas ferramentas pedagógicas importantes na sala de aula.
As notas distribuem-se pela escala, como sempre, e é por essas que é feita a colocação. Alguns colocam-se sem dificuldade, outros passam anos à espera de lugar ou vão tendo colocações esporádicas a substituir grávidas e doentes. Milhares ficam sem colocação.
Há professores que colocados ou não continuam a estudar e a interessar-se por melhorar as suas práticas. Alguns são sensíveis ao pulsar do seu tempo, às características da escola de hoje, do aluno de hoje, da comunidade que o envolve hoje.
O professor actual tem de ter esta atitude na sociedade de mudança que nos envolve.
A este propósito posso referir o exemplo da professora Adelina Moura de Braga que foi entrevistada pelo jornalista Jorge Fiel para o DN no dia 7 de Dezembro. Contou que está a fazer uma experiência com 30 alunos do 11º ano, ramo profissionalizante e que já deu uma aula online, a partir de casa, com os alunos espalhados por cafés e outros locais. É o conceito da escola nómada a ser posto em prática. Disse coisas como esta: "o telemóvel e os MP3 são ferramentas de ensino mais usadas que o papel e o lápis" ou " os alunos são nados digitais, nós somos estrangeiros digitais" ou ainda " a aula de português anda na bolso dos meus alunos". Deu os endereços de dois blogues: paepica.blogspot.com e choqueefaisca.blospot.pt. Falou também de O Princepezinho em podcast que pode encontrar-se em discursodirecto.podmatic.com e de exercícios de escolha múltipla e palavras cruzadas para descarregar no telemóvel em geramovel.wirenode.mobi e outros ainda.
Esta professora é uma excepção nesta área e, por enquanto, apenas faz uma experiência com 30 alunos, não sei se este projecto seria exequível pelos professores comuns que têm cinco, seis ou sete vezes mais e muitos outros trabalhos para fazer. Seria bom que ela abrisse as aulas para os outros aprenderem na prática e faço votos que não a desviem para fazer conferências "em seco" que só cansam e cumprem calendário.
Todos os professores têm de compreender que o aluno tem que ser ensinado de acordo com o seu tempo e a sua vivência.
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