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quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Ranking dos exames de 9º ano

Nos 50 primeiros lugares só há cinco escolas públicas. No total há 1.070 escolas com média inferior a 3,0 e apenas 223 com média igual ou superior a 3,0. Só duas escolas têm média de 4,0. Só o primeiro lugar é repartido entre público e privado. O Externato As Descobertas, em Lisboa e a pública Escola Secundária Artística do Conservatório de Música Calouste Gulbenkian, em Braga, dividem a liderança e são as únicas escolas que chegaram à média de 4,0 valores a Língua Portuguesa e a Matemática. Depois, surge uma colecção de privados. O externato das Escravas do Sagrado Coração Jesus fica em terceiro e a Escola Inglesa de São Julião, o St Julien's, em quarto, ambos com 3,9 nas médias de exame a Língua Portuguesa e a Matemática. O Externato Marista de Lisboa tem 3,8 em média nos Exames de Língua Portuguesa e Matemática, valor apenas alcançada também pelo Colégio Luso - Francês do Porto.


  1. Externato As Descobertas, Lisboa, média de 4
  2. Esc. Sec. Artistica C. Gulbenkian, Braga, média de 4
  3. Externato Sagrado Coração de Jesus, Porto, média de 3,9
  4. Escola Inglesa São Julião, Cascais, média de 3,9
  5. Externato Marista, Lisboa, média de 3,8
  6. Colégio Luso-Francês, Porto, média de 3,8
  7. Colégio Nossa Senhora do Rosário, Porto, média de 3,7
  8. Colégio rainha Sta. Isabel, Coimbra, média de 3,7
  9. Colégio Sagrado Coração de Maria, Lisboa, média de 3,7
  10. Externato dos Cedros, Gaia, média de 3,7

Fonte: SIC

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Artigo de opinião


O MP3 e o telemóvel como ferramentas pedagógicas

Hoje todos os professores têm como formação inicial um curso superior seguido de um estágio pedagógico que pode ser integrado ou não. Todos seguiram na Universidade a via de ensino, em ramos especializados. Resta saber se foram para esta via por vocação ou por falta de alternativas.
Saem classificados com uma média final que resulta das classificações dadas pelos vários professores das disciplinas nos vários anos do curso (nota académica) a que se junta a nota dada pelo professor orientador de estágio. Durante estes anos aprendem também a usar as novas tecnologias para fazer delas ferramentas pedagógicas importantes na sala de aula.
As notas distribuem-se pela escala, como sempre, e é por essas que é feita a colocação. Alguns colocam-se sem dificuldade, outros passam anos à espera de lugar ou vão tendo colocações esporádicas a substituir grávidas e doentes. Milhares ficam sem colocação.
Há professores que colocados ou não continuam a estudar e a interessar-se por melhorar as suas práticas. Alguns são sensíveis ao pulsar do seu tempo, às características da escola de hoje, do aluno de hoje, da comunidade que o envolve hoje.
O professor actual tem de ter esta atitude na sociedade de mudança que nos envolve.
A este propósito posso referir o exemplo da professora Adelina Moura de Braga que foi entrevistada pelo jornalista Jorge Fiel para o DN no dia 7 de Dezembro. Contou que está a fazer uma experiência com 30 alunos do 11º ano, ramo profissionalizante e que já deu uma aula online, a partir de casa, com os alunos espalhados por cafés e outros locais. É o conceito da escola nómada a ser posto em prática. Disse coisas como esta: "o telemóvel e os MP3 são ferramentas de ensino mais usadas que o papel e o lápis" ou " os alunos são nados digitais, nós somos estrangeiros digitais" ou ainda " a aula de português anda na bolso dos meus alunos". Deu os endereços de dois blogues: paepica.blogspot.com e choqueefaisca.blospot.pt. Falou também de O Princepezinho em podcast que pode encontrar-se em discursodirecto.podmatic.com e de exercícios de escolha múltipla e palavras cruzadas para descarregar no telemóvel em geramovel.wirenode.mobi e outros ainda.
Esta professora é uma excepção nesta área e, por enquanto, apenas faz uma experiência com 30 alunos, não sei se este projecto seria exequível pelos professores comuns que têm cinco, seis ou sete vezes mais e muitos outros trabalhos para fazer. Seria bom que ela abrisse as aulas para os outros aprenderem na prática e faço votos que não a desviem para fazer conferências "em seco" que só cansam e cumprem calendário.
Todos os professores têm de compreender que o aluno tem que ser ensinado de acordo com o seu tempo e a sua vivência.

in Expresso (Joviana Benedito Profª. aposentada do Ensino Sec. e autora)