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quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Escola de Pais

Pais e educadores de crianças entre os 0 e os 6 anos voltam esta tarde a tirar notas e apontamentos. A Escola de Pais, acção promovida pela junta de freguesia de Agualva, oferece quatro meses de formação em dois níveis distintos para quem lida com crianças e jovens até seis e com menos de 14 anos.
A junta de freguesia de Agualva vai ser durante a tarde de hoje, e até Abril, uma Escola de Pais. O a expressão, assumida e sem aspas, dá o nome a uma acção de formação que ao longo de quatro meses pretende preparar pais e educadores para lidar com crianças entre os 0 e os 14 anos. “É uma forma de os cativar para estarem mais presentes na vida dos filhos, porque nunca se sabe tudo sobre crianças”, adianta Marta Mendes, técnica do pelouro de acção social da junta de freguesia. Pais e educadores entram hoje na junta, pelas 18h30 para a segunda “aula” do programa dedicado às crianças em idade de frequentar creches e jardins-de-infância – até aos seis anos. O curso possui também uma “turma” dedicada aos jovens até aos 14 anos, com aula marcada para 5 de Dezembro. O programa arrancou a 14 de Novembro, com uma aula conjunta em que participaram mais 40 pessoas. Ao título “Os pais: primeiros responsáveis pela educação dos filhos” acorreram pais, professores e educadores. As expectativas de adesão para a segunda aula, confessa Marta Mendes, ainda não estão definidas. “Não é a primeira vez que a junta de freguesia organiza este tipo de acções”, adianta a técnica.
Fonte: Alvor de Sintra

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Artigo de opinião


O MP3 e o telemóvel como ferramentas pedagógicas

Hoje todos os professores têm como formação inicial um curso superior seguido de um estágio pedagógico que pode ser integrado ou não. Todos seguiram na Universidade a via de ensino, em ramos especializados. Resta saber se foram para esta via por vocação ou por falta de alternativas.
Saem classificados com uma média final que resulta das classificações dadas pelos vários professores das disciplinas nos vários anos do curso (nota académica) a que se junta a nota dada pelo professor orientador de estágio. Durante estes anos aprendem também a usar as novas tecnologias para fazer delas ferramentas pedagógicas importantes na sala de aula.
As notas distribuem-se pela escala, como sempre, e é por essas que é feita a colocação. Alguns colocam-se sem dificuldade, outros passam anos à espera de lugar ou vão tendo colocações esporádicas a substituir grávidas e doentes. Milhares ficam sem colocação.
Há professores que colocados ou não continuam a estudar e a interessar-se por melhorar as suas práticas. Alguns são sensíveis ao pulsar do seu tempo, às características da escola de hoje, do aluno de hoje, da comunidade que o envolve hoje.
O professor actual tem de ter esta atitude na sociedade de mudança que nos envolve.
A este propósito posso referir o exemplo da professora Adelina Moura de Braga que foi entrevistada pelo jornalista Jorge Fiel para o DN no dia 7 de Dezembro. Contou que está a fazer uma experiência com 30 alunos do 11º ano, ramo profissionalizante e que já deu uma aula online, a partir de casa, com os alunos espalhados por cafés e outros locais. É o conceito da escola nómada a ser posto em prática. Disse coisas como esta: "o telemóvel e os MP3 são ferramentas de ensino mais usadas que o papel e o lápis" ou " os alunos são nados digitais, nós somos estrangeiros digitais" ou ainda " a aula de português anda na bolso dos meus alunos". Deu os endereços de dois blogues: paepica.blogspot.com e choqueefaisca.blospot.pt. Falou também de O Princepezinho em podcast que pode encontrar-se em discursodirecto.podmatic.com e de exercícios de escolha múltipla e palavras cruzadas para descarregar no telemóvel em geramovel.wirenode.mobi e outros ainda.
Esta professora é uma excepção nesta área e, por enquanto, apenas faz uma experiência com 30 alunos, não sei se este projecto seria exequível pelos professores comuns que têm cinco, seis ou sete vezes mais e muitos outros trabalhos para fazer. Seria bom que ela abrisse as aulas para os outros aprenderem na prática e faço votos que não a desviem para fazer conferências "em seco" que só cansam e cumprem calendário.
Todos os professores têm de compreender que o aluno tem que ser ensinado de acordo com o seu tempo e a sua vivência.

in Expresso (Joviana Benedito Profª. aposentada do Ensino Sec. e autora)