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quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Brasil: Casa Escola consolida nova filosofia de ensino

Este ano, o Instituto Educacional Casa Escola - IECE consolidou sua nova filosofia de ensino que vem sendo aplicada desde o segundo semestre do ano passado, a Gestão Participativa dos estudantes e de todo o corpo docente da escola. É uma moderna concepção de ensino onde os alunos participam activamente do que vão aprender, definindo os próprios objetivos a alcançar em cada disciplina e, com a ajuda do professor, buscam cumpri-los. "As decisões compartilhadas têm mudado a nossa visão de ensino, o que tem dado muito certo aqui e em outras escolas respeitadas do Brasil que adotaram o mesmo pensamento", explica Ana Priscila Griner - directora da Casa Escola. Com 24 anos de mercado e pioneira no RN na inclusão de portadores de deficiência e na aplicação do Método Construtivista, a Casa Escola é também a primeira escola de Natal a adotar esta filosofia de ensino vanguardista. Para aplicá-la, a escola levou um tempo em planeamento. Além de visitar escolas Brasil afora que já utilizam este sistema, Priscila Griner participou de um curso com José Pacheco, da Escola da Ponte de Portugal - instituição de ensino pioneira no mundo nesse trabalho. Especialistas como Claúdia Santa Rosa que faz doutorado sobre como é desenvolvido este método pela Escola da Ponte tornaram-se colaboradores. "Podemos afirmar que conseguimos consolidar esta nova maneira de ensinar, é um desafio diário que tem nos gratificado muito pelos resultados positivos. Percebemos por exemplo, que o erro tem agora outra concepção. O aluno passou a ser mais verdadeiro com ele mesmo, a ter mais compromisso com os estudos", acredita Priscila Griner. As diferenças neste estilo de ensino em relação ao anterior - aplicada ainda nas escolas em geral, são muitas. A começar que nesta escola moderna os alunos realizam muitos projetos de pesquisa, são estimulados a desenvolver autonomia, senso crítico e cooperativismo. Tudo acompanhado de perto por um tutor, espécie de professor orientador.
Fonte: Diário de Natal

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Artigo de opinião


O MP3 e o telemóvel como ferramentas pedagógicas

Hoje todos os professores têm como formação inicial um curso superior seguido de um estágio pedagógico que pode ser integrado ou não. Todos seguiram na Universidade a via de ensino, em ramos especializados. Resta saber se foram para esta via por vocação ou por falta de alternativas.
Saem classificados com uma média final que resulta das classificações dadas pelos vários professores das disciplinas nos vários anos do curso (nota académica) a que se junta a nota dada pelo professor orientador de estágio. Durante estes anos aprendem também a usar as novas tecnologias para fazer delas ferramentas pedagógicas importantes na sala de aula.
As notas distribuem-se pela escala, como sempre, e é por essas que é feita a colocação. Alguns colocam-se sem dificuldade, outros passam anos à espera de lugar ou vão tendo colocações esporádicas a substituir grávidas e doentes. Milhares ficam sem colocação.
Há professores que colocados ou não continuam a estudar e a interessar-se por melhorar as suas práticas. Alguns são sensíveis ao pulsar do seu tempo, às características da escola de hoje, do aluno de hoje, da comunidade que o envolve hoje.
O professor actual tem de ter esta atitude na sociedade de mudança que nos envolve.
A este propósito posso referir o exemplo da professora Adelina Moura de Braga que foi entrevistada pelo jornalista Jorge Fiel para o DN no dia 7 de Dezembro. Contou que está a fazer uma experiência com 30 alunos do 11º ano, ramo profissionalizante e que já deu uma aula online, a partir de casa, com os alunos espalhados por cafés e outros locais. É o conceito da escola nómada a ser posto em prática. Disse coisas como esta: "o telemóvel e os MP3 são ferramentas de ensino mais usadas que o papel e o lápis" ou " os alunos são nados digitais, nós somos estrangeiros digitais" ou ainda " a aula de português anda na bolso dos meus alunos". Deu os endereços de dois blogues: paepica.blogspot.com e choqueefaisca.blospot.pt. Falou também de O Princepezinho em podcast que pode encontrar-se em discursodirecto.podmatic.com e de exercícios de escolha múltipla e palavras cruzadas para descarregar no telemóvel em geramovel.wirenode.mobi e outros ainda.
Esta professora é uma excepção nesta área e, por enquanto, apenas faz uma experiência com 30 alunos, não sei se este projecto seria exequível pelos professores comuns que têm cinco, seis ou sete vezes mais e muitos outros trabalhos para fazer. Seria bom que ela abrisse as aulas para os outros aprenderem na prática e faço votos que não a desviem para fazer conferências "em seco" que só cansam e cumprem calendário.
Todos os professores têm de compreender que o aluno tem que ser ensinado de acordo com o seu tempo e a sua vivência.

in Expresso (Joviana Benedito Profª. aposentada do Ensino Sec. e autora)