No ano lectivo de 2008, a Língua Portuguesa passa a ser disciplina obrigatória para os estudantes uruguaios que frequentem o 6º ano de escolaridade, anunciou o Governo daquele país sul-americano.
«Isso é muito importante para os jovens luso-descendentes que vivem no Uruguai, mas também para todos aqueles que queiram aprender a falar a língua portuguesa», afirmou à Lusa o Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, António Braga, que se encontra em visita oficial a este país sul-americano até à próxima quarta-feira.
Até agora, o ensino do Português como língua estrangeira nas escolas uruguaias tinha um carácter facultativo: os estudantes do secundário podiam optar por fazer a disciplina, a qual, no entanto, tinha um estatuto de matéria extracurricular.
A única excepção eram as escolas primárias situadas nos departamentos fronteiriços com o Brasil, onde o Português era já ensinado e onde se fazem estudos de investigação sobre os chamados Dialectos Portugueses do Uruguai (DPU), conhecidos na gíria linguística como o «portuñol».
Por razões geográficas e sociológicas, nesses departamentos fronteiriços «existem inúmeras escolas primárias onde está implementado, desde 2003, o ensino bilingue em Espanhol e Português, que é coordenado por um programa nacional do Departamento de Educação Bilingue da ANEP (Administração Nacional da Educação Publica), com claros delineamentos metodológicos e com o objectivo de formar cidadãos bilingues», esclareceu a embaixadora de Portugal no Uruguai, Luísa Bastos de Almeida.
Em algumas escolas do Uruguai, «crianças que falam a língua maioritária (espanhol) e aquelas que falam a língua portuguesa encontram-se integradas no mesmo grupo [turma] e ambos os idiomas são utilizados como veículo de instrução», esclareceu a diplomata portuguesa.
A existência deste programa reconhece oficialmente que o Português é a língua materna de muitas crianças que estudam nas escolas de fronteira com o Brasil e para as quais o Espanhol funciona como uma língua secundária.
No âmbito do ensino público, os estudantes uruguaios podem frequentar, de forma extracurricular, cursos de língua portuguesa promovidos pelos Centros de Línguas Estrangeiras espalhados pelas principais cidades do Uruguai.
As instituições privadas de ensino do Português Língua Estrangeira (PLE) no Uruguai, reconhecidas por instituições educativas brasileiras, são o Instituto de Cultura Uruguaio - Brasileiro e o Club Brasil, ambas com sede em Montevideo.
Fonte: Diário Digital
segunda-feira, 5 de novembro de 2007
Uruguai torna obrigatório português para alunos 6º ano
Etiquetas: É destaque lá por fora
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Artigo de opinião
O MP3 e o telemóvel como ferramentas pedagógicasHoje todos os professores têm como formação inicial um curso superior seguido de um estágio pedagógico que pode ser integrado ou não. Todos seguiram na Universidade a via de ensino, em ramos especializados. Resta saber se foram para esta via por vocação ou por falta de alternativas.
in Expresso (Joviana Benedito Profª. aposentada do Ensino Sec. e autora)
Saem classificados com uma média final que resulta das classificações dadas pelos vários professores das disciplinas nos vários anos do curso (nota académica) a que se junta a nota dada pelo professor orientador de estágio. Durante estes anos aprendem também a usar as novas tecnologias para fazer delas ferramentas pedagógicas importantes na sala de aula.
As notas distribuem-se pela escala, como sempre, e é por essas que é feita a colocação. Alguns colocam-se sem dificuldade, outros passam anos à espera de lugar ou vão tendo colocações esporádicas a substituir grávidas e doentes. Milhares ficam sem colocação.
Há professores que colocados ou não continuam a estudar e a interessar-se por melhorar as suas práticas. Alguns são sensíveis ao pulsar do seu tempo, às características da escola de hoje, do aluno de hoje, da comunidade que o envolve hoje.
O professor actual tem de ter esta atitude na sociedade de mudança que nos envolve.
A este propósito posso referir o exemplo da professora Adelina Moura de Braga que foi entrevistada pelo jornalista Jorge Fiel para o DN no dia 7 de Dezembro. Contou que está a fazer uma experiência com 30 alunos do 11º ano, ramo profissionalizante e que já deu uma aula online, a partir de casa, com os alunos espalhados por cafés e outros locais. É o conceito da escola nómada a ser posto em prática. Disse coisas como esta: "o telemóvel e os MP3 são ferramentas de ensino mais usadas que o papel e o lápis" ou " os alunos são nados digitais, nós somos estrangeiros digitais" ou ainda " a aula de português anda na bolso dos meus alunos". Deu os endereços de dois blogues: paepica.blogspot.com e choqueefaisca.blospot.pt. Falou também de O Princepezinho em podcast que pode encontrar-se em discursodirecto.podmatic.com e de exercícios de escolha múltipla e palavras cruzadas para descarregar no telemóvel em geramovel.wirenode.mobi e outros ainda.
Esta professora é uma excepção nesta área e, por enquanto, apenas faz uma experiência com 30 alunos, não sei se este projecto seria exequível pelos professores comuns que têm cinco, seis ou sete vezes mais e muitos outros trabalhos para fazer. Seria bom que ela abrisse as aulas para os outros aprenderem na prática e faço votos que não a desviem para fazer conferências "em seco" que só cansam e cumprem calendário.
Todos os professores têm de compreender que o aluno tem que ser ensinado de acordo com o seu tempo e a sua vivência.
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