TEK.SAPO Novos portáteis no programa e-escolas PÚBLICO CD-Roms para ajudar estudantes a lidar com o stress LUSA Alunos de secundária de Gaia acusam GNR de ameaças e agressão, o que corporação desmente RTP Professora intimidada por aluno em escola secundária da Maia CORREIO DA MANHÃ Aluna constituída arguida aos 9 anos

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

TLEBS: APP pronuncia-se sobre a segunda versão revista

Associação de Professores de Português (APP) defende que a selecção de termos a integrar nos programas, de acordo com os níveis de ensino, é uma competência que deverá caber essencialmente aos professores e formadores de Português.No seu parecer sobe a segunda versão revista da TLEBS, de Setembro de 2007 – terminou a 31 de Dezembro o prazo da discussão pública –, a Direcção da Associação de Professores de Português (APP) congratula-se “com o facto de parecer estar a chegar ao fim um longo e muito confuso processo de elaboração, experimentação e discussão”.
É reconhecida nesta versão “um esforço bem sucedido de simplificação e clarificação das definições, apesar de, aqui e ali, subsistirem alguns problemas como, por exemplo, a definição de ‘variedade geográfica’ que recorre ao termo ‘dialecto’ que não faz parte da terminologia – onde está a uniformização? – ou nas definições de ‘frase’, de ‘oração’, de ‘constituinte frásico’ e de ‘constituinte da frase’ que não parecem permitir uma distinção inequívoca dos termos e respectivos conceitos ou ainda as subcategorias dos ‘marcadores discursivos’ que, excepto no caso dos ‘conectores’, na realidade, não apresentam qualquer definição.”
São destacadas pela APP, “não sem perplexidade”, no que respeita à estrutura e ao conteúdos, “as alterações no domínio que na primeira versão se intitulava “Pragmática e Linguística Textual” (2004) e que agora surge como “Análise do Discurso, Retórica, Pragmática e Linguística Textual” (2007).” Refere também a APP que “ao contrário daquilo que aconteceu com o número total de termos da TLEBS-2004, a TLEBS-2007 sofreu uma redução de 26%; os termos incluídos no domínio em apreço sofreram um aumento de 78%.” Metade dos 59 novos termos deste domínio, acrescenta ainda a Associação, encontram-se “já elencados e definidos no Glossário de Termos Literários, publicado pelo Ministério da Educação, em 2000, no âmbito do mesmo projecto em que se encetou a elaboração da TLEBS”.
Fonte: Textoeditores

Para subscrever o Noticiasdescola

Pesquisa personalizada

Artigo de opinião


O MP3 e o telemóvel como ferramentas pedagógicas

Hoje todos os professores têm como formação inicial um curso superior seguido de um estágio pedagógico que pode ser integrado ou não. Todos seguiram na Universidade a via de ensino, em ramos especializados. Resta saber se foram para esta via por vocação ou por falta de alternativas.
Saem classificados com uma média final que resulta das classificações dadas pelos vários professores das disciplinas nos vários anos do curso (nota académica) a que se junta a nota dada pelo professor orientador de estágio. Durante estes anos aprendem também a usar as novas tecnologias para fazer delas ferramentas pedagógicas importantes na sala de aula.
As notas distribuem-se pela escala, como sempre, e é por essas que é feita a colocação. Alguns colocam-se sem dificuldade, outros passam anos à espera de lugar ou vão tendo colocações esporádicas a substituir grávidas e doentes. Milhares ficam sem colocação.
Há professores que colocados ou não continuam a estudar e a interessar-se por melhorar as suas práticas. Alguns são sensíveis ao pulsar do seu tempo, às características da escola de hoje, do aluno de hoje, da comunidade que o envolve hoje.
O professor actual tem de ter esta atitude na sociedade de mudança que nos envolve.
A este propósito posso referir o exemplo da professora Adelina Moura de Braga que foi entrevistada pelo jornalista Jorge Fiel para o DN no dia 7 de Dezembro. Contou que está a fazer uma experiência com 30 alunos do 11º ano, ramo profissionalizante e que já deu uma aula online, a partir de casa, com os alunos espalhados por cafés e outros locais. É o conceito da escola nómada a ser posto em prática. Disse coisas como esta: "o telemóvel e os MP3 são ferramentas de ensino mais usadas que o papel e o lápis" ou " os alunos são nados digitais, nós somos estrangeiros digitais" ou ainda " a aula de português anda na bolso dos meus alunos". Deu os endereços de dois blogues: paepica.blogspot.com e choqueefaisca.blospot.pt. Falou também de O Princepezinho em podcast que pode encontrar-se em discursodirecto.podmatic.com e de exercícios de escolha múltipla e palavras cruzadas para descarregar no telemóvel em geramovel.wirenode.mobi e outros ainda.
Esta professora é uma excepção nesta área e, por enquanto, apenas faz uma experiência com 30 alunos, não sei se este projecto seria exequível pelos professores comuns que têm cinco, seis ou sete vezes mais e muitos outros trabalhos para fazer. Seria bom que ela abrisse as aulas para os outros aprenderem na prática e faço votos que não a desviem para fazer conferências "em seco" que só cansam e cumprem calendário.
Todos os professores têm de compreender que o aluno tem que ser ensinado de acordo com o seu tempo e a sua vivência.

in Expresso (Joviana Benedito Profª. aposentada do Ensino Sec. e autora)