A política de Educação do Governo vai hoje a exame no Parlamento, durante uma interpelação do PCP em que os comunistas vão desafiar o primeiro-ministro, José Sócrates, a suspender o polémico sistema de avaliação de professores.
Dez dias depois da manifestação contra as políticas educativas e a avaliação, que juntou cerca de 100 mil professores em Lisboa, a bancada do PCP confronta a ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, com o desafio de "retomar o diálogo, a negociação com os sindicatos".
À partida, a bancada comunista faz "um forte juízo de censura política" à política de Maria de Lurdes Rodrigues, a quem responsabiliza, juntamente com o primeiro-ministro, José Sócrates, por uma "guerra" declarada aos professores.
"Afrontando-os diariamente e atacando-os na sua dignidade profissional", afirmou Bernardino Soares, líder parlamentar comunista, que abrirá o debate de hoje, numa conferência de imprensa na segunda-feira, véspera do debate na Assembleia.
"A insistência no autoritarismo e no confronto só poderá conduzir ao agravamento da instabilidade e do caos nas escolas e que, pelo mais elementar com senso, deve ser evitado", afirmou.
O segundo desafio lançado pela bancada comunista ao Governo é o de apresentar no Parlamento uma proposta de lei - em vez de decreto-lei, que "não é sujeito a debate democrático" - sobre a gestão das escolas.
Dessa forma, segundo Bernardino Soares, poderia "ser confrontada com as alternativas", nomeadamente o projecto de lei do PCP, para que fosse "aprovada uma lei mais adequada para as escolas".
Fonte: RTP.pt
terça-feira, 18 de março de 2008
AR/interpelação: Educação vai hoje a "exame" com o PCP a pedir diálogo e a insistir na suspensão da avaliação
Etiquetas: Professores
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Artigo de opinião
O MP3 e o telemóvel como ferramentas pedagógicasHoje todos os professores têm como formação inicial um curso superior seguido de um estágio pedagógico que pode ser integrado ou não. Todos seguiram na Universidade a via de ensino, em ramos especializados. Resta saber se foram para esta via por vocação ou por falta de alternativas.
in Expresso (Joviana Benedito Profª. aposentada do Ensino Sec. e autora)
Saem classificados com uma média final que resulta das classificações dadas pelos vários professores das disciplinas nos vários anos do curso (nota académica) a que se junta a nota dada pelo professor orientador de estágio. Durante estes anos aprendem também a usar as novas tecnologias para fazer delas ferramentas pedagógicas importantes na sala de aula.
As notas distribuem-se pela escala, como sempre, e é por essas que é feita a colocação. Alguns colocam-se sem dificuldade, outros passam anos à espera de lugar ou vão tendo colocações esporádicas a substituir grávidas e doentes. Milhares ficam sem colocação.
Há professores que colocados ou não continuam a estudar e a interessar-se por melhorar as suas práticas. Alguns são sensíveis ao pulsar do seu tempo, às características da escola de hoje, do aluno de hoje, da comunidade que o envolve hoje.
O professor actual tem de ter esta atitude na sociedade de mudança que nos envolve.
A este propósito posso referir o exemplo da professora Adelina Moura de Braga que foi entrevistada pelo jornalista Jorge Fiel para o DN no dia 7 de Dezembro. Contou que está a fazer uma experiência com 30 alunos do 11º ano, ramo profissionalizante e que já deu uma aula online, a partir de casa, com os alunos espalhados por cafés e outros locais. É o conceito da escola nómada a ser posto em prática. Disse coisas como esta: "o telemóvel e os MP3 são ferramentas de ensino mais usadas que o papel e o lápis" ou " os alunos são nados digitais, nós somos estrangeiros digitais" ou ainda " a aula de português anda na bolso dos meus alunos". Deu os endereços de dois blogues: paepica.blogspot.com e choqueefaisca.blospot.pt. Falou também de O Princepezinho em podcast que pode encontrar-se em discursodirecto.podmatic.com e de exercícios de escolha múltipla e palavras cruzadas para descarregar no telemóvel em geramovel.wirenode.mobi e outros ainda.
Esta professora é uma excepção nesta área e, por enquanto, apenas faz uma experiência com 30 alunos, não sei se este projecto seria exequível pelos professores comuns que têm cinco, seis ou sete vezes mais e muitos outros trabalhos para fazer. Seria bom que ela abrisse as aulas para os outros aprenderem na prática e faço votos que não a desviem para fazer conferências "em seco" que só cansam e cumprem calendário.
Todos os professores têm de compreender que o aluno tem que ser ensinado de acordo com o seu tempo e a sua vivência.
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