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segunda-feira, 31 de março de 2008

Saber como educar

Porque ser mãe ou ser pai nem sempre é fácil a Faculdade de Educação e Psicologia da Universidade Católica do Porto apresenta o programa Aprender a Educar.
Dirigido a pais que reconhecem a necessidade de aprender e de reflectir mais sobre a vida dos filhos e sobre a educação que lhes pretendem dar o programa Aprender a Educar tem como objectivo apoiar os pais na tarefa de educar.

Desenvolvido pela Faculdade de Educação e Psicologia da Universidade Católica Portuguesa do Porto, o programa decorre entre Abril e Junho e apresenta diversos módulos, permitindo aos pais escolher aqueles em que gostariam de participar consoante as suas necessidades. Com a duração de duas horas, as sessões estão programadas para as sextas-feiras, a partir das 21h30, e cada módulo será dinamizado por um psicólogo

Este ano o programa arranca a 4 de Abril e o primeiro módulo é uma novidade. A primeira sessão é dedicada ao optimismo e lança desde logo um desafio para os pais já que educar para o optimismo implica que pais e mães se tornem mais optimistas. Dirigida por Fátima Perloiro, esta sessão vai mostrar quais são as características das pessoas optimistas e como é que se pode educar crianças e jovens para serem mais optimistas.

A 11 de Abril a sessão centra-se nos afectos e nas emoções. A promoção do desenvolvimento afectivo e emocional é condição essencial para o bem-estar e para a integração social de crianças e adolescentes, Pedro Dias terá como objectivo explicar como é que se pode promover o desenvolvimento afectivo no dia-a-dia e como podemos compreender melhor a expressão das emoções.

Porque crianças e jovens necessitam de regras e limites para crescer de forma adequada e saudável, no terceiro módulo, a 9 de Maio, Lurdes Veríssimo vai explicar aos pais quando e como devem aplicar regras, limites, castigos e recompensas.

Para 30 de Maio está agendada uma reedição do módulo "Socorro! Tenho um filho adolescente!". A entrada na adolescência é acompanhada por um conjunto de mudanças físicas, psicológicas e relacionais e existem riscos. Questões como ajudá-los a integrar a imagem corporal ou a prevenção de comportamentos de risco são algumas das dúvidas que serão abordadas por Maria Raul Lobo Xavier.

Já em Junho as questões serão outras. Como é que os pais podem ajudar os mais novos a gostarem e a acreditarem neles próprios? Como é que podem prepará-los para uma sociedade competitiva? Como prepará-los para enfrentar os medos? Estas e muitas outras questões serão abordadas por Lurdes Veríssimo, dia 6, numa sessão onde a auto-estima e a autoconfiança são vistas como bens preciosos e determinantes no desenvolvimento positivo das crianças.

O programa Aprender a Educar termina a 13 de Junho com uma sessão dedicada aos irmãos e a relações que se estabelecem entre eles já que estas são fundamentais para o seu desenvolvimento como pessoas e para a forma como se relacionam com os outros.
Fonte: educare.pt

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Artigo de opinião


O MP3 e o telemóvel como ferramentas pedagógicas

Hoje todos os professores têm como formação inicial um curso superior seguido de um estágio pedagógico que pode ser integrado ou não. Todos seguiram na Universidade a via de ensino, em ramos especializados. Resta saber se foram para esta via por vocação ou por falta de alternativas.
Saem classificados com uma média final que resulta das classificações dadas pelos vários professores das disciplinas nos vários anos do curso (nota académica) a que se junta a nota dada pelo professor orientador de estágio. Durante estes anos aprendem também a usar as novas tecnologias para fazer delas ferramentas pedagógicas importantes na sala de aula.
As notas distribuem-se pela escala, como sempre, e é por essas que é feita a colocação. Alguns colocam-se sem dificuldade, outros passam anos à espera de lugar ou vão tendo colocações esporádicas a substituir grávidas e doentes. Milhares ficam sem colocação.
Há professores que colocados ou não continuam a estudar e a interessar-se por melhorar as suas práticas. Alguns são sensíveis ao pulsar do seu tempo, às características da escola de hoje, do aluno de hoje, da comunidade que o envolve hoje.
O professor actual tem de ter esta atitude na sociedade de mudança que nos envolve.
A este propósito posso referir o exemplo da professora Adelina Moura de Braga que foi entrevistada pelo jornalista Jorge Fiel para o DN no dia 7 de Dezembro. Contou que está a fazer uma experiência com 30 alunos do 11º ano, ramo profissionalizante e que já deu uma aula online, a partir de casa, com os alunos espalhados por cafés e outros locais. É o conceito da escola nómada a ser posto em prática. Disse coisas como esta: "o telemóvel e os MP3 são ferramentas de ensino mais usadas que o papel e o lápis" ou " os alunos são nados digitais, nós somos estrangeiros digitais" ou ainda " a aula de português anda na bolso dos meus alunos". Deu os endereços de dois blogues: paepica.blogspot.com e choqueefaisca.blospot.pt. Falou também de O Princepezinho em podcast que pode encontrar-se em discursodirecto.podmatic.com e de exercícios de escolha múltipla e palavras cruzadas para descarregar no telemóvel em geramovel.wirenode.mobi e outros ainda.
Esta professora é uma excepção nesta área e, por enquanto, apenas faz uma experiência com 30 alunos, não sei se este projecto seria exequível pelos professores comuns que têm cinco, seis ou sete vezes mais e muitos outros trabalhos para fazer. Seria bom que ela abrisse as aulas para os outros aprenderem na prática e faço votos que não a desviem para fazer conferências "em seco" que só cansam e cumprem calendário.
Todos os professores têm de compreender que o aluno tem que ser ensinado de acordo com o seu tempo e a sua vivência.

in Expresso (Joviana Benedito Profª. aposentada do Ensino Sec. e autora)