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terça-feira, 1 de abril de 2008

Avaliação de professores decorre com tranquilidade na EB 2/3 do Marão, em Amarante - Conselho Executivo

Dez por cento dos 60 professores da EB 2/3 do Marão, em Amarante, apresentaram hoje os objectivos individuais de desempenho, mais uma etapa do processo de avaliação em curso desde Fevereiro, disse hoje à Lusa fonte do estabelecimento de ensino.
Além desta etapa da avaliação a escola também já realizou a primeira ronda das aulas assistidas, a cargo de seis observadores, que decorreu em Fevereiro e Março.

Os objectivos individuais dos restantes docentes - a escola tem 60 professores, 45 no quadro e 15 contratados - serão apresentados até 14 de Abril.

Apesar de poder delegar essa tarefa, Ercília Costa, presidente do Conselho Executivo da escola, chamou a si o contacto com todos os docentes, cabendo-lhe a avaliação em termos dos objectivos que cada professor se propõe atingir. Cumprimento do serviço lectivo, o abandono e insucesso escolar dos alunos e a participação nos projectos e nas actividades da escola são alguns dos sete itens avaliados aos professores da EB 2/3 do Marão.

Ercília Costa explicou à Lusa que a outra componente da avaliação, do ponto de vista pedagógico, caberá ao coordenador do departamento.

Numa altura em que o processo de avaliação dos professores é contestado em manifestações de rua e a sua suspensão/adiamento continua a ser reivindicada pelos sindicatos, a presidente da escola do Marão garante que o diálogo com os docentes tem sido fundamental para fazer andar o processo.

"Há muito ruído externo à escola e para termos tranquilidade no processo tive de perceber que é preciso informar, comunicar, formar e partilhar todas as dúvidas com os professores", afirmou a docente.

Um exemplo do diálogo entre professores e conselho executivo desta escola foi o debate sobre a fórmula a usar nas aulas assistidas.

Tranquilidade é a palavra-chave que Ercília Costa usa para caracterizar o processo que envolve a escola, apesar de reconhecer que "a maioria da classe docente está insatisfeita".
Fonte: Rtp.pt

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Artigo de opinião


O MP3 e o telemóvel como ferramentas pedagógicas

Hoje todos os professores têm como formação inicial um curso superior seguido de um estágio pedagógico que pode ser integrado ou não. Todos seguiram na Universidade a via de ensino, em ramos especializados. Resta saber se foram para esta via por vocação ou por falta de alternativas.
Saem classificados com uma média final que resulta das classificações dadas pelos vários professores das disciplinas nos vários anos do curso (nota académica) a que se junta a nota dada pelo professor orientador de estágio. Durante estes anos aprendem também a usar as novas tecnologias para fazer delas ferramentas pedagógicas importantes na sala de aula.
As notas distribuem-se pela escala, como sempre, e é por essas que é feita a colocação. Alguns colocam-se sem dificuldade, outros passam anos à espera de lugar ou vão tendo colocações esporádicas a substituir grávidas e doentes. Milhares ficam sem colocação.
Há professores que colocados ou não continuam a estudar e a interessar-se por melhorar as suas práticas. Alguns são sensíveis ao pulsar do seu tempo, às características da escola de hoje, do aluno de hoje, da comunidade que o envolve hoje.
O professor actual tem de ter esta atitude na sociedade de mudança que nos envolve.
A este propósito posso referir o exemplo da professora Adelina Moura de Braga que foi entrevistada pelo jornalista Jorge Fiel para o DN no dia 7 de Dezembro. Contou que está a fazer uma experiência com 30 alunos do 11º ano, ramo profissionalizante e que já deu uma aula online, a partir de casa, com os alunos espalhados por cafés e outros locais. É o conceito da escola nómada a ser posto em prática. Disse coisas como esta: "o telemóvel e os MP3 são ferramentas de ensino mais usadas que o papel e o lápis" ou " os alunos são nados digitais, nós somos estrangeiros digitais" ou ainda " a aula de português anda na bolso dos meus alunos". Deu os endereços de dois blogues: paepica.blogspot.com e choqueefaisca.blospot.pt. Falou também de O Princepezinho em podcast que pode encontrar-se em discursodirecto.podmatic.com e de exercícios de escolha múltipla e palavras cruzadas para descarregar no telemóvel em geramovel.wirenode.mobi e outros ainda.
Esta professora é uma excepção nesta área e, por enquanto, apenas faz uma experiência com 30 alunos, não sei se este projecto seria exequível pelos professores comuns que têm cinco, seis ou sete vezes mais e muitos outros trabalhos para fazer. Seria bom que ela abrisse as aulas para os outros aprenderem na prática e faço votos que não a desviem para fazer conferências "em seco" que só cansam e cumprem calendário.
Todos os professores têm de compreender que o aluno tem que ser ensinado de acordo com o seu tempo e a sua vivência.

in Expresso (Joviana Benedito Profª. aposentada do Ensino Sec. e autora)