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terça-feira, 30 de outubro de 2007

Aluno com 10 anos aprende a falar 11 línguas

Fala francês fluentemente, não tem dificuldades no alemão e ainda pode manter diálogos num dialeto africano. O seu espanhol é impressionante, assim como o italiano. Além disso, entende relativamente bem o mandarim. Essas são apenas seis das 11 línguas que o britânico Arpan Sharma, 10 anos, conhece muito bem.
O aluno de uma escola primária de Birmingham, na Grã Bretanha, vem impressionando os professores pela sua capacidade de aprendizagem. Sozinho, apenas com a ajuda de CDs interativos, aprendeu cinco línguas. As outras cinco está praticamente apto a falar, informou o jornal Daily Mail nesta terça-feira.
A primeira língua aprendida depois do inglês foi o Hindi, língua falada na Índia e ensinada pelos pais quando ainda era pequeno. Depois, na escola, aprendeu francês, espanhol, alemão e italiano. Como se não bastasse, também fala tailandês, polonês, mandarim, e o dialeto Swahili, além estar estudando a difícil língua falada em Uganda.
Os professores da escola Blue Coat's School, onde Arpan estuda, descrevem o seu talento como "extraordinário". O jovem, membro da Orquestra Nacional Infantil, usa o seu ouvido afiado para a música para ouvir e pronunciar corretamente as palavras. Seu sonho é se tornar médico cirurgião e viajar pelo mundo para praticar suas habilidades com línguas estrangeiras.
"Aprender línguas é a minha parte favorita na escola, junto com a música", disse. Arpan aprendeu a falar italiano quando tinha 7 anos, alemão quando tinha 8 e espanhol quando tinha 9. Francês foi a última língua aprendida. "É praticamente uma língua por ano. É um grande prazer ensiná-lo", disse o professor Nicky Lambert-Green. "Na escola nós oferecemos apenas uma pequena introdução, o que permite que as crianças procurem mais informações sobre línguas estrangeiras quando eles passarem para o ensino médio", completou.
Fonte: Redação Terra

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Artigo de opinião


O MP3 e o telemóvel como ferramentas pedagógicas

Hoje todos os professores têm como formação inicial um curso superior seguido de um estágio pedagógico que pode ser integrado ou não. Todos seguiram na Universidade a via de ensino, em ramos especializados. Resta saber se foram para esta via por vocação ou por falta de alternativas.
Saem classificados com uma média final que resulta das classificações dadas pelos vários professores das disciplinas nos vários anos do curso (nota académica) a que se junta a nota dada pelo professor orientador de estágio. Durante estes anos aprendem também a usar as novas tecnologias para fazer delas ferramentas pedagógicas importantes na sala de aula.
As notas distribuem-se pela escala, como sempre, e é por essas que é feita a colocação. Alguns colocam-se sem dificuldade, outros passam anos à espera de lugar ou vão tendo colocações esporádicas a substituir grávidas e doentes. Milhares ficam sem colocação.
Há professores que colocados ou não continuam a estudar e a interessar-se por melhorar as suas práticas. Alguns são sensíveis ao pulsar do seu tempo, às características da escola de hoje, do aluno de hoje, da comunidade que o envolve hoje.
O professor actual tem de ter esta atitude na sociedade de mudança que nos envolve.
A este propósito posso referir o exemplo da professora Adelina Moura de Braga que foi entrevistada pelo jornalista Jorge Fiel para o DN no dia 7 de Dezembro. Contou que está a fazer uma experiência com 30 alunos do 11º ano, ramo profissionalizante e que já deu uma aula online, a partir de casa, com os alunos espalhados por cafés e outros locais. É o conceito da escola nómada a ser posto em prática. Disse coisas como esta: "o telemóvel e os MP3 são ferramentas de ensino mais usadas que o papel e o lápis" ou " os alunos são nados digitais, nós somos estrangeiros digitais" ou ainda " a aula de português anda na bolso dos meus alunos". Deu os endereços de dois blogues: paepica.blogspot.com e choqueefaisca.blospot.pt. Falou também de O Princepezinho em podcast que pode encontrar-se em discursodirecto.podmatic.com e de exercícios de escolha múltipla e palavras cruzadas para descarregar no telemóvel em geramovel.wirenode.mobi e outros ainda.
Esta professora é uma excepção nesta área e, por enquanto, apenas faz uma experiência com 30 alunos, não sei se este projecto seria exequível pelos professores comuns que têm cinco, seis ou sete vezes mais e muitos outros trabalhos para fazer. Seria bom que ela abrisse as aulas para os outros aprenderem na prática e faço votos que não a desviem para fazer conferências "em seco" que só cansam e cumprem calendário.
Todos os professores têm de compreender que o aluno tem que ser ensinado de acordo com o seu tempo e a sua vivência.

in Expresso (Joviana Benedito Profª. aposentada do Ensino Sec. e autora)