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quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Ministério da Educação e empresas tecnológicas criam bolsa de estágios para cursos profissionais

O Ministério da Educação (ME) e várias empresas tecnológicas assinaram um memorando de entendimento com o objectivo de reforçar o ensino profissional em áreas-chave da Economia do Conhecimento, através da criação de uma bolsa de estágios para alunos do ensino profissional.
Este memorando levará, numa primeira fase, à criação de uma bolsa de estágios em empresas de tecnologia de ponta, permitindo aos alunos do ensino profissional cumprir nessas empresas, ou noutras suas parceiras, horas de formação em contexto real de trabalho. O protocolo foi celebrado com algumas das principais empresas tecnológicas nacionais e estrangeiras, como a Hewlett Packard Portugal, a Apple IMC Portugal – Interlog Informática, a Microsoft Portugal, a Novabase, a Oni Communications, a Sonaecom e a Sun Microsystems Portugal. Cada empresa compromete-se a disponibilizar pelo menos 10 lugares de estágio para os melhores alunos dos cursos profissionais. Em breve, outras empresas deverão associar-se a esta iniciativa, uma vez concluídas as negociações em curso com o ME. A bolsa de estágios aumentará ainda mais a crescente atractividade das vias profissionalizantes, que representam já cerca de 40 por cento do número total de alunos do 10.º ano. Esta iniciativa tem como objectivo motivar os alunos a prosseguir estudos profissionalizantes em áreas estratégicas para a Economia do Conhecimento, onde Portugal regista ainda carências ao nível dos quadros intermédios.
Fonte: Portal da Educação

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Artigo de opinião


O MP3 e o telemóvel como ferramentas pedagógicas

Hoje todos os professores têm como formação inicial um curso superior seguido de um estágio pedagógico que pode ser integrado ou não. Todos seguiram na Universidade a via de ensino, em ramos especializados. Resta saber se foram para esta via por vocação ou por falta de alternativas.
Saem classificados com uma média final que resulta das classificações dadas pelos vários professores das disciplinas nos vários anos do curso (nota académica) a que se junta a nota dada pelo professor orientador de estágio. Durante estes anos aprendem também a usar as novas tecnologias para fazer delas ferramentas pedagógicas importantes na sala de aula.
As notas distribuem-se pela escala, como sempre, e é por essas que é feita a colocação. Alguns colocam-se sem dificuldade, outros passam anos à espera de lugar ou vão tendo colocações esporádicas a substituir grávidas e doentes. Milhares ficam sem colocação.
Há professores que colocados ou não continuam a estudar e a interessar-se por melhorar as suas práticas. Alguns são sensíveis ao pulsar do seu tempo, às características da escola de hoje, do aluno de hoje, da comunidade que o envolve hoje.
O professor actual tem de ter esta atitude na sociedade de mudança que nos envolve.
A este propósito posso referir o exemplo da professora Adelina Moura de Braga que foi entrevistada pelo jornalista Jorge Fiel para o DN no dia 7 de Dezembro. Contou que está a fazer uma experiência com 30 alunos do 11º ano, ramo profissionalizante e que já deu uma aula online, a partir de casa, com os alunos espalhados por cafés e outros locais. É o conceito da escola nómada a ser posto em prática. Disse coisas como esta: "o telemóvel e os MP3 são ferramentas de ensino mais usadas que o papel e o lápis" ou " os alunos são nados digitais, nós somos estrangeiros digitais" ou ainda " a aula de português anda na bolso dos meus alunos". Deu os endereços de dois blogues: paepica.blogspot.com e choqueefaisca.blospot.pt. Falou também de O Princepezinho em podcast que pode encontrar-se em discursodirecto.podmatic.com e de exercícios de escolha múltipla e palavras cruzadas para descarregar no telemóvel em geramovel.wirenode.mobi e outros ainda.
Esta professora é uma excepção nesta área e, por enquanto, apenas faz uma experiência com 30 alunos, não sei se este projecto seria exequível pelos professores comuns que têm cinco, seis ou sete vezes mais e muitos outros trabalhos para fazer. Seria bom que ela abrisse as aulas para os outros aprenderem na prática e faço votos que não a desviem para fazer conferências "em seco" que só cansam e cumprem calendário.
Todos os professores têm de compreender que o aluno tem que ser ensinado de acordo com o seu tempo e a sua vivência.

in Expresso (Joviana Benedito Profª. aposentada do Ensino Sec. e autora)