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sábado, 27 de outubro de 2007

ASAE garante que cantina da Escola de Telões está em condições de funcionar

A Autoridade para a Segurança Alimentar e Económica (ASAE) considerou hoje que a cantina da escola EB 2,3 de Telões, Amarante, reúne as condições para se manter em funcionamento, não tendo sido encontrado nada que justificasse o seu encerramento. Fonte da ASAE disse que ontem foram recolhidas amostras das últimas refeições servidas na cantina da escola de Telões, depois de vários alunos terem manifestado sintomatologia de intoxicação alimentar. Dos 73 alunos que ontem foram atendidos no Hospital de Amarante por alegada intoxicação alimentar, sete mantinham-se internados ao início da manhã. Fonte hospitalar disse que o estado destes doentes tem evoluído favoravelmente, pelo que todos deverão ter alta durante o dia de hoje. "São servidas ali cerca de 400 refeições diárias e o facto de só cerca de 70 alunos terem mostrado sintomatologia de intoxicação alimentar não justifica a suspensão da actividade", referiu a fonte, salientando que se trata de uma cantina nova que está a funcionar dentro das normas exigidas. Acrescentou que as amostras recolhidas serão analisadas no Instituto Ricardo Jorge. "Os resultados destas análises serão conhecidos em poucos dias", frisou, admitindo, contudo, que os alunos tenham sofrido uma intoxicação alimentar provocada por qualquer alimento.As refeições, segundo a mesma fonte, são confeccionadas na escola por uma empresa. Além de recolher amostras da comida, a brigada da ASAE verificou também as condições em que são confeccionadas as refeições, a manutenção e o manuseamento dos alimentos.
Fonte: Público

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Artigo de opinião


O MP3 e o telemóvel como ferramentas pedagógicas

Hoje todos os professores têm como formação inicial um curso superior seguido de um estágio pedagógico que pode ser integrado ou não. Todos seguiram na Universidade a via de ensino, em ramos especializados. Resta saber se foram para esta via por vocação ou por falta de alternativas.
Saem classificados com uma média final que resulta das classificações dadas pelos vários professores das disciplinas nos vários anos do curso (nota académica) a que se junta a nota dada pelo professor orientador de estágio. Durante estes anos aprendem também a usar as novas tecnologias para fazer delas ferramentas pedagógicas importantes na sala de aula.
As notas distribuem-se pela escala, como sempre, e é por essas que é feita a colocação. Alguns colocam-se sem dificuldade, outros passam anos à espera de lugar ou vão tendo colocações esporádicas a substituir grávidas e doentes. Milhares ficam sem colocação.
Há professores que colocados ou não continuam a estudar e a interessar-se por melhorar as suas práticas. Alguns são sensíveis ao pulsar do seu tempo, às características da escola de hoje, do aluno de hoje, da comunidade que o envolve hoje.
O professor actual tem de ter esta atitude na sociedade de mudança que nos envolve.
A este propósito posso referir o exemplo da professora Adelina Moura de Braga que foi entrevistada pelo jornalista Jorge Fiel para o DN no dia 7 de Dezembro. Contou que está a fazer uma experiência com 30 alunos do 11º ano, ramo profissionalizante e que já deu uma aula online, a partir de casa, com os alunos espalhados por cafés e outros locais. É o conceito da escola nómada a ser posto em prática. Disse coisas como esta: "o telemóvel e os MP3 são ferramentas de ensino mais usadas que o papel e o lápis" ou " os alunos são nados digitais, nós somos estrangeiros digitais" ou ainda " a aula de português anda na bolso dos meus alunos". Deu os endereços de dois blogues: paepica.blogspot.com e choqueefaisca.blospot.pt. Falou também de O Princepezinho em podcast que pode encontrar-se em discursodirecto.podmatic.com e de exercícios de escolha múltipla e palavras cruzadas para descarregar no telemóvel em geramovel.wirenode.mobi e outros ainda.
Esta professora é uma excepção nesta área e, por enquanto, apenas faz uma experiência com 30 alunos, não sei se este projecto seria exequível pelos professores comuns que têm cinco, seis ou sete vezes mais e muitos outros trabalhos para fazer. Seria bom que ela abrisse as aulas para os outros aprenderem na prática e faço votos que não a desviem para fazer conferências "em seco" que só cansam e cumprem calendário.
Todos os professores têm de compreender que o aluno tem que ser ensinado de acordo com o seu tempo e a sua vivência.

in Expresso (Joviana Benedito Profª. aposentada do Ensino Sec. e autora)