A iniciativa é de Cristiano Alberto Muniz, da Faculdade de Educação da UnB. Ele é o idealizador do projeto (Re)educação Matemática: a mediação do conhecimento matemático. Nele, os professores aprendem a aceitar o raciocínio lógico dos estudantes, mesmo que não sigam o passo a passo estabelecido pelos livros didáticos.
Assim, as crianças descobrem que a matéria pode ser interessante. "Normalmente o professor nega qualquer produção diferente da sua forma de pensar. Por não entender o raciocínio do aluno, ele simplesmente diz que está errado. Fazemos um trabalho em conjunto com a escola para mudar essa cultura e aproximar a disciplina do quoatidiano", explica Muniz.
Na escola onde o projeto foi implantado, a diferença já começa no pátio. Ali foi montado um pequeno supermercado no qual os estudantes brincam a fazer compras, calculam o troco e verificam quanto podem gastar com o dinheiro de brincadeira.
Essa não é a única novidade das aulas. Cada um ganha uma caixa para guardar objetos que auxiliam a fazer contas: são relógios, trena, fita métrica, ábaco e uma porção de outros objetos.
As caixas são todas do mesmo tamanho e decoradas de acordo com o gosto dos meninos. Eles próprios escolhem os objetos que consideram mais importantes no apoio.
Fonte: Redação Terra
sexta-feira, 26 de outubro de 2007
Pesquisador defende ensino lúdico da matemática
Etiquetas: Alunos, É destaque lá por fora, Professores
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Artigo de opinião
O MP3 e o telemóvel como ferramentas pedagógicasHoje todos os professores têm como formação inicial um curso superior seguido de um estágio pedagógico que pode ser integrado ou não. Todos seguiram na Universidade a via de ensino, em ramos especializados. Resta saber se foram para esta via por vocação ou por falta de alternativas.
in Expresso (Joviana Benedito Profª. aposentada do Ensino Sec. e autora)
Saem classificados com uma média final que resulta das classificações dadas pelos vários professores das disciplinas nos vários anos do curso (nota académica) a que se junta a nota dada pelo professor orientador de estágio. Durante estes anos aprendem também a usar as novas tecnologias para fazer delas ferramentas pedagógicas importantes na sala de aula.
As notas distribuem-se pela escala, como sempre, e é por essas que é feita a colocação. Alguns colocam-se sem dificuldade, outros passam anos à espera de lugar ou vão tendo colocações esporádicas a substituir grávidas e doentes. Milhares ficam sem colocação.
Há professores que colocados ou não continuam a estudar e a interessar-se por melhorar as suas práticas. Alguns são sensíveis ao pulsar do seu tempo, às características da escola de hoje, do aluno de hoje, da comunidade que o envolve hoje.
O professor actual tem de ter esta atitude na sociedade de mudança que nos envolve.
A este propósito posso referir o exemplo da professora Adelina Moura de Braga que foi entrevistada pelo jornalista Jorge Fiel para o DN no dia 7 de Dezembro. Contou que está a fazer uma experiência com 30 alunos do 11º ano, ramo profissionalizante e que já deu uma aula online, a partir de casa, com os alunos espalhados por cafés e outros locais. É o conceito da escola nómada a ser posto em prática. Disse coisas como esta: "o telemóvel e os MP3 são ferramentas de ensino mais usadas que o papel e o lápis" ou " os alunos são nados digitais, nós somos estrangeiros digitais" ou ainda " a aula de português anda na bolso dos meus alunos". Deu os endereços de dois blogues: paepica.blogspot.com e choqueefaisca.blospot.pt. Falou também de O Princepezinho em podcast que pode encontrar-se em discursodirecto.podmatic.com e de exercícios de escolha múltipla e palavras cruzadas para descarregar no telemóvel em geramovel.wirenode.mobi e outros ainda.
Esta professora é uma excepção nesta área e, por enquanto, apenas faz uma experiência com 30 alunos, não sei se este projecto seria exequível pelos professores comuns que têm cinco, seis ou sete vezes mais e muitos outros trabalhos para fazer. Seria bom que ela abrisse as aulas para os outros aprenderem na prática e faço votos que não a desviem para fazer conferências "em seco" que só cansam e cumprem calendário.
Todos os professores têm de compreender que o aluno tem que ser ensinado de acordo com o seu tempo e a sua vivência.
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