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sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Escola nos EUA proíbe livros da série Harry Potter

Com uma média de sete livros lidos por ano, os estudantes da 6ª série da escola St. Joseph's, nos Estados Unidos, não vão poder mais ler alguns dos títulos seus preferidos: Harry Potter. O pastor da instituição, Ron Barker, removeu os livros da biblioteca, justificando que as obras de J.K. Rowling não são uma leitura apropriada para uma escola católica, informou o jornal The Boston Globe.
"Ele diz acreditar que as crianças seriam fortes o suficiente para resistir à tentação, mas afirma que é seu trabalho protegê-las", disse uma mãe de aluno que não quis se identificar. É a primeira vez que os livros do Harry Potter são banidos em Bay State, no Estado de Massachusetts. No entanto, o interesse dos alunos pelo tema tem sido tão controverso quanto popular.
A decisão deixou alguns pais de alunos da escola desapontados. "Em primeiro lugar, eu estou desapontado que isso tenha sido feito. E ainda mais porque isso foi feito sem consultar ninguém", disse Rick Hudson, que tem três filhos na escola. Mas as opiniões variam. "Eu penso que foi feita a coisa certa. Acredito que os livros tenham sido retirados para o bem das crianças", disse uma mãe que não quis se identificada.
Grupos em no mínimo 17 Estados tentaram banir Harry Potter desde a sua primeira publicação, em janeiro de 1998, fazendo com que a série ganhasse a denominação de "os mais contestados livros do século XXI" da Associação Americana de Bibliotecas. "A controvérsia gira em torno da magia e temas ocultos", disse Deborah Caldwell, diretora do escritório de liberdade intelectual da associação.
Fonte: Redação Terra

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Artigo de opinião


O MP3 e o telemóvel como ferramentas pedagógicas

Hoje todos os professores têm como formação inicial um curso superior seguido de um estágio pedagógico que pode ser integrado ou não. Todos seguiram na Universidade a via de ensino, em ramos especializados. Resta saber se foram para esta via por vocação ou por falta de alternativas.
Saem classificados com uma média final que resulta das classificações dadas pelos vários professores das disciplinas nos vários anos do curso (nota académica) a que se junta a nota dada pelo professor orientador de estágio. Durante estes anos aprendem também a usar as novas tecnologias para fazer delas ferramentas pedagógicas importantes na sala de aula.
As notas distribuem-se pela escala, como sempre, e é por essas que é feita a colocação. Alguns colocam-se sem dificuldade, outros passam anos à espera de lugar ou vão tendo colocações esporádicas a substituir grávidas e doentes. Milhares ficam sem colocação.
Há professores que colocados ou não continuam a estudar e a interessar-se por melhorar as suas práticas. Alguns são sensíveis ao pulsar do seu tempo, às características da escola de hoje, do aluno de hoje, da comunidade que o envolve hoje.
O professor actual tem de ter esta atitude na sociedade de mudança que nos envolve.
A este propósito posso referir o exemplo da professora Adelina Moura de Braga que foi entrevistada pelo jornalista Jorge Fiel para o DN no dia 7 de Dezembro. Contou que está a fazer uma experiência com 30 alunos do 11º ano, ramo profissionalizante e que já deu uma aula online, a partir de casa, com os alunos espalhados por cafés e outros locais. É o conceito da escola nómada a ser posto em prática. Disse coisas como esta: "o telemóvel e os MP3 são ferramentas de ensino mais usadas que o papel e o lápis" ou " os alunos são nados digitais, nós somos estrangeiros digitais" ou ainda " a aula de português anda na bolso dos meus alunos". Deu os endereços de dois blogues: paepica.blogspot.com e choqueefaisca.blospot.pt. Falou também de O Princepezinho em podcast que pode encontrar-se em discursodirecto.podmatic.com e de exercícios de escolha múltipla e palavras cruzadas para descarregar no telemóvel em geramovel.wirenode.mobi e outros ainda.
Esta professora é uma excepção nesta área e, por enquanto, apenas faz uma experiência com 30 alunos, não sei se este projecto seria exequível pelos professores comuns que têm cinco, seis ou sete vezes mais e muitos outros trabalhos para fazer. Seria bom que ela abrisse as aulas para os outros aprenderem na prática e faço votos que não a desviem para fazer conferências "em seco" que só cansam e cumprem calendário.
Todos os professores têm de compreender que o aluno tem que ser ensinado de acordo com o seu tempo e a sua vivência.

in Expresso (Joviana Benedito Profª. aposentada do Ensino Sec. e autora)