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sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Livro sobre os 106 anos do Liceu de Macau é lançado sábado em Lisboa

Escola onde leccionaram figuras da cultura portuguesa como Camilo Pessanha e Wenceslau de Moraes, o Liceu de Macau, é o tema de um livro do jornalista João Botas, que o apresenta sábado, em Lisboa.
Com este livro, que reúne imagens, documentos e testemunhos inéditos ao longo de quase 200 páginas, João Botas espera surjam "novas abordagens" sobre o Liceu de Macau, um dos mais antigos estabelecimentos de ensino oficial português no Oriente, que esteve em funcionamento durante 106 anos, até 1999.
João Botas considera que o livro não é um produto acabado, mas antes pode servir como ponto de partida, sublinhando que ainda há respostas a obter, como o paradeiro dos livros que integravam a biblioteca do Liceu de Macau.
Antigo aluno, João Botas começou a questionar a história do liceu, em vésperas de Macau passar para a administração chinesa. Da simples curiosidade à fase de pesquisa foi um passo.
Uma das fontes de inspiração para a concretização do livro foi, segundo o autor, a obra de monsenhor Manuel Teixeira, um dos maiores historiadores de Macau.
Dois anos depois de ter iniciado a recolha de informação sobre o estabelecimento de ensino, com o qual tem "uma relação afectiva e profissional", João Botas concluiu o livro, entitulado "Liceu Macau 1893-1999".
"Conhecer a história do Liceu nos seus primeiros 50 anos de vida é também conhecer Macau", sublinhou o autor, em declarações à agência Lusa.
O Instituto Cultural de Macau, o Banco Espírito Santo, a Casa de Macau e a farmacêutica Hovione são algumas das entidades que patrocinaram o livro.
"O Liceu de Macau" vai estar, a partir de sábado, à venda na Casa de Macau e na Internet, com um preço de capa em Portugal de 20 euros.
Para a Europa o preço é de 25 euros, enquanto nos restantes países o valor atinge os 30 euros.

Fonte: Lusa

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Artigo de opinião


O MP3 e o telemóvel como ferramentas pedagógicas

Hoje todos os professores têm como formação inicial um curso superior seguido de um estágio pedagógico que pode ser integrado ou não. Todos seguiram na Universidade a via de ensino, em ramos especializados. Resta saber se foram para esta via por vocação ou por falta de alternativas.
Saem classificados com uma média final que resulta das classificações dadas pelos vários professores das disciplinas nos vários anos do curso (nota académica) a que se junta a nota dada pelo professor orientador de estágio. Durante estes anos aprendem também a usar as novas tecnologias para fazer delas ferramentas pedagógicas importantes na sala de aula.
As notas distribuem-se pela escala, como sempre, e é por essas que é feita a colocação. Alguns colocam-se sem dificuldade, outros passam anos à espera de lugar ou vão tendo colocações esporádicas a substituir grávidas e doentes. Milhares ficam sem colocação.
Há professores que colocados ou não continuam a estudar e a interessar-se por melhorar as suas práticas. Alguns são sensíveis ao pulsar do seu tempo, às características da escola de hoje, do aluno de hoje, da comunidade que o envolve hoje.
O professor actual tem de ter esta atitude na sociedade de mudança que nos envolve.
A este propósito posso referir o exemplo da professora Adelina Moura de Braga que foi entrevistada pelo jornalista Jorge Fiel para o DN no dia 7 de Dezembro. Contou que está a fazer uma experiência com 30 alunos do 11º ano, ramo profissionalizante e que já deu uma aula online, a partir de casa, com os alunos espalhados por cafés e outros locais. É o conceito da escola nómada a ser posto em prática. Disse coisas como esta: "o telemóvel e os MP3 são ferramentas de ensino mais usadas que o papel e o lápis" ou " os alunos são nados digitais, nós somos estrangeiros digitais" ou ainda " a aula de português anda na bolso dos meus alunos". Deu os endereços de dois blogues: paepica.blogspot.com e choqueefaisca.blospot.pt. Falou também de O Princepezinho em podcast que pode encontrar-se em discursodirecto.podmatic.com e de exercícios de escolha múltipla e palavras cruzadas para descarregar no telemóvel em geramovel.wirenode.mobi e outros ainda.
Esta professora é uma excepção nesta área e, por enquanto, apenas faz uma experiência com 30 alunos, não sei se este projecto seria exequível pelos professores comuns que têm cinco, seis ou sete vezes mais e muitos outros trabalhos para fazer. Seria bom que ela abrisse as aulas para os outros aprenderem na prática e faço votos que não a desviem para fazer conferências "em seco" que só cansam e cumprem calendário.
Todos os professores têm de compreender que o aluno tem que ser ensinado de acordo com o seu tempo e a sua vivência.

in Expresso (Joviana Benedito Profª. aposentada do Ensino Sec. e autora)