A maioria proporciona um ambiente acolhedor, apropriado ao estudo, com ar condicionado e mobiliário novo. As salas amovíveis - mais conhecidas por "contentores" devido à sua semelhança - foram a solução encontrada pelos municípios para instituir a escola a tempo inteiro nos estabelecimentos de ensino do 1.º ciclo, da sua competência. Calcula-se que sejam já muitas centenas espalhadas pelo país. Autarcas e pais estão satisfeitos com a solução, que querem provisória, já que esperam pelo cumprimento da promessa de fundos comunitários para construções de raíz.António José Ganhão, vice-presidente da Associação Nacional dos Municípios Portugueses, não tem dúvidas "O 1.º ciclo é o parente pobre do sistema de ensino no que toca a instalações". Escolas sem instalações adequadas e muitas - principalmente nos centros urbanos - desajustadas face à dimensão da população escolar não permitiram a instituição da escola a tempo inteiro. Sem mais salas de aula, muitos estabelecimentos de ensino não podem adoptar o regime de horário normal (das 9 às 15 horas) e prolongamento atè às 17.30 horas com actividades de enriquecimento curricular.A solução transitória encontrada pelos municípios foi a aquisição ou aluguer de salas amovíveis pré-fabricadas. Instalados nos recreios das escolas, os pavilhões roubaram espaço para as brincadeiras, mas, em compensação, conseguiram albergar as crianças desde as 9 às 17.30 horas, dando resposta às necessidades das famílias.Nogueira dos Santos, vereador da Câmara Municipal da Maia responsável pelo pelouro da Educação, disse ao JN que as salas amovíveis foram a única solução possível para instituir a escola a tempo inteiro. "Quando o Ministério da Educação decidiu, no ano passado, alargar o tempo escolar tínhamos 75% das salas de aula a funcionar em regime de desdobramento. Este ano, já são 57% as que estão em regime normal", referiu. A edilidade vai construir, este ano, três novas escolas de raíz (das sete previstas na carta educativa), para além das obras de ampliação em 18."Queremos que as salas amovíveis sejam utilizadas durante poucos anos e que nos sejam atribuídos os fundos comunitários para as construções necessárias", defendeu.António José Ganhão espera que o acesso aos fundos comunitários seja uma realidade. "Em 1984 foram prometidos, mas o dinheiro acabou por ser desviado para os outros níveis de ensino", recordou.Por seu turno, Albino Almeida, presidente da Confederação Nacional das Associações de Pais (CONFAP) vê a instalação dos pré-fabricados como "a solução menos má e, muitas vezes, oferecendo mais comodidade do que muitas salas de aula". Contudo, defende que sejam uma solução transitória e e que as escolas com mais pavilhões tenham prioridade na obtenção de soluções definitivas.
Fonte: JN
domingo, 4 de novembro de 2007
Centenas de pré-fabricados dão nova vida às escolas
Etiquetas: Escolas
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Artigo de opinião
O MP3 e o telemóvel como ferramentas pedagógicasHoje todos os professores têm como formação inicial um curso superior seguido de um estágio pedagógico que pode ser integrado ou não. Todos seguiram na Universidade a via de ensino, em ramos especializados. Resta saber se foram para esta via por vocação ou por falta de alternativas.
in Expresso (Joviana Benedito Profª. aposentada do Ensino Sec. e autora)
Saem classificados com uma média final que resulta das classificações dadas pelos vários professores das disciplinas nos vários anos do curso (nota académica) a que se junta a nota dada pelo professor orientador de estágio. Durante estes anos aprendem também a usar as novas tecnologias para fazer delas ferramentas pedagógicas importantes na sala de aula.
As notas distribuem-se pela escala, como sempre, e é por essas que é feita a colocação. Alguns colocam-se sem dificuldade, outros passam anos à espera de lugar ou vão tendo colocações esporádicas a substituir grávidas e doentes. Milhares ficam sem colocação.
Há professores que colocados ou não continuam a estudar e a interessar-se por melhorar as suas práticas. Alguns são sensíveis ao pulsar do seu tempo, às características da escola de hoje, do aluno de hoje, da comunidade que o envolve hoje.
O professor actual tem de ter esta atitude na sociedade de mudança que nos envolve.
A este propósito posso referir o exemplo da professora Adelina Moura de Braga que foi entrevistada pelo jornalista Jorge Fiel para o DN no dia 7 de Dezembro. Contou que está a fazer uma experiência com 30 alunos do 11º ano, ramo profissionalizante e que já deu uma aula online, a partir de casa, com os alunos espalhados por cafés e outros locais. É o conceito da escola nómada a ser posto em prática. Disse coisas como esta: "o telemóvel e os MP3 são ferramentas de ensino mais usadas que o papel e o lápis" ou " os alunos são nados digitais, nós somos estrangeiros digitais" ou ainda " a aula de português anda na bolso dos meus alunos". Deu os endereços de dois blogues: paepica.blogspot.com e choqueefaisca.blospot.pt. Falou também de O Princepezinho em podcast que pode encontrar-se em discursodirecto.podmatic.com e de exercícios de escolha múltipla e palavras cruzadas para descarregar no telemóvel em geramovel.wirenode.mobi e outros ainda.
Esta professora é uma excepção nesta área e, por enquanto, apenas faz uma experiência com 30 alunos, não sei se este projecto seria exequível pelos professores comuns que têm cinco, seis ou sete vezes mais e muitos outros trabalhos para fazer. Seria bom que ela abrisse as aulas para os outros aprenderem na prática e faço votos que não a desviem para fazer conferências "em seco" que só cansam e cumprem calendário.
Todos os professores têm de compreender que o aluno tem que ser ensinado de acordo com o seu tempo e a sua vivência.
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