Estudantes deficientes têm que ser levados em braços pelas escadas
A Escola Básica de Paredes está transformada num "armazém de alunos", queixam-se professores e estudantes. Há salas de aula onde antes funcionava o espaço de convívio dos alunos, foram instalados gabinetes nos corredores e as crianças com necessidades educativas especiais a terem de ser transportadas em braços pelas escadas devido à ausência de condições para o uso de cadeira de rodas. Até a cantina serve como sala de aulas, numa escola que tem quase o dobro das turmas do inicialmente previsto.A solução para a falta de espaço passa pela construção de um novo estabelecimento de ensino, mas essa obra não parece ser uma prioridade do Governo, o que obriga os responsáveis da escola a "reinventar", ano após ano, mais salas.Nos últimos anos, a Escola Básica de Paredes tem vindo a aumentar o seu número de alunos. O crescimento tem sido tal que uma escola projectada para acolher 24 turmas tem, neste ano lectivo, 40. "Está a rebentar pelas costuras", defende Ildebrando Coelho, professor de Música nesta escola e vereador na Câmara Municipal de Paredes.Exemplos da sobrelotação da Escola Básica de Paredes não faltam e são visíveis logo à entrada do recinto escolar, onde um pavilhão delineado unicamente para os serviços administrativos já acolhe aulas de informática. Neste bloco, parte de um corredor foi transformado em gabinete, enquanto no piso superior foram criados outros dois pequenos gabinetes para apoio a alunos com necessidades educativas especiais. Na escola existem 37 alunos com problemas de aprendizagem. Dois dele têm trissomia 21, um tem paralisia cerebral e quatro têm deficiência mental acentuada, estando ao cuidado de uma equipa de quatro professores. "Precisávamos de gabinetes no rés-do-chão", afirma a professora Fátima Carvalho, lamentando que um aluno que se move de cadeira de rodas tenha de ser transportado em braços pelas escadas.Já noutro bloco, onde fica o pavilhão polivalente, um espaço de convívio de alunos foi remodelado, com recurso a duas divisões amovíveis em duas salas de aulas. O mesmo se passou com os bastidores do palco do polivalente que, actualmente, é o Gabinete da Promoção da Saúde, um local ao qual os jovens recorrem para esclarecer dúvidas sobre a sexualidade e o consumo de drogas.Até a cantina, que serve em média 400 refeições por dia, foi convertida em sala de aulas, pois é aí que os alunos dos cursos CEF têm as aulas práticas de cozinha, mas também as teóricas.A falta de espaço na Escola Básica de Paredes prejudica alunos, mas igualmente professores, que se viram privados de gabinetes para preparar as aulas e para reunir com os seus pares.As reuniões do conselho pedagógico realizam-se aos sábados e as reuniões de professores são sempre marcadas para depois das 18.30, hora a que terminam as aulas e as salas ficam vazias.Por outro lado, a permanente necessidade de salas de aulas já levou à extinção dos clubes de jornalismo, fotografia, olaria, música, inglês e de matemática, visto que os seus membros ficaram sem local para exercer as suas actividades.
Fonte: Diário de Notícias
domingo, 4 de novembro de 2007
Escola de Paredes já não tem onde meter alunos
Etiquetas: Alunos, Escolas, Pais, Professores
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Artigo de opinião
O MP3 e o telemóvel como ferramentas pedagógicasHoje todos os professores têm como formação inicial um curso superior seguido de um estágio pedagógico que pode ser integrado ou não. Todos seguiram na Universidade a via de ensino, em ramos especializados. Resta saber se foram para esta via por vocação ou por falta de alternativas.
in Expresso (Joviana Benedito Profª. aposentada do Ensino Sec. e autora)
Saem classificados com uma média final que resulta das classificações dadas pelos vários professores das disciplinas nos vários anos do curso (nota académica) a que se junta a nota dada pelo professor orientador de estágio. Durante estes anos aprendem também a usar as novas tecnologias para fazer delas ferramentas pedagógicas importantes na sala de aula.
As notas distribuem-se pela escala, como sempre, e é por essas que é feita a colocação. Alguns colocam-se sem dificuldade, outros passam anos à espera de lugar ou vão tendo colocações esporádicas a substituir grávidas e doentes. Milhares ficam sem colocação.
Há professores que colocados ou não continuam a estudar e a interessar-se por melhorar as suas práticas. Alguns são sensíveis ao pulsar do seu tempo, às características da escola de hoje, do aluno de hoje, da comunidade que o envolve hoje.
O professor actual tem de ter esta atitude na sociedade de mudança que nos envolve.
A este propósito posso referir o exemplo da professora Adelina Moura de Braga que foi entrevistada pelo jornalista Jorge Fiel para o DN no dia 7 de Dezembro. Contou que está a fazer uma experiência com 30 alunos do 11º ano, ramo profissionalizante e que já deu uma aula online, a partir de casa, com os alunos espalhados por cafés e outros locais. É o conceito da escola nómada a ser posto em prática. Disse coisas como esta: "o telemóvel e os MP3 são ferramentas de ensino mais usadas que o papel e o lápis" ou " os alunos são nados digitais, nós somos estrangeiros digitais" ou ainda " a aula de português anda na bolso dos meus alunos". Deu os endereços de dois blogues: paepica.blogspot.com e choqueefaisca.blospot.pt. Falou também de O Princepezinho em podcast que pode encontrar-se em discursodirecto.podmatic.com e de exercícios de escolha múltipla e palavras cruzadas para descarregar no telemóvel em geramovel.wirenode.mobi e outros ainda.
Esta professora é uma excepção nesta área e, por enquanto, apenas faz uma experiência com 30 alunos, não sei se este projecto seria exequível pelos professores comuns que têm cinco, seis ou sete vezes mais e muitos outros trabalhos para fazer. Seria bom que ela abrisse as aulas para os outros aprenderem na prática e faço votos que não a desviem para fazer conferências "em seco" que só cansam e cumprem calendário.
Todos os professores têm de compreender que o aluno tem que ser ensinado de acordo com o seu tempo e a sua vivência.
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