O deputado socialista Fagundes Duarte afirmou hoje que a versão final do Estatuto do Aluno foi redigida em consenso pela Comissão Parlamentar de Educação e o Ministério, rejeitando que tenha havido desautorização de ambas as partes. "Tudo foi resolvido em acordo com o Ministério da Educação", disse à agência Lusa Luís Fagundes Duarte, da Comissão Parlamentar de Educação, que alterou duas vezes o artigo 22 do Estatuto do Aluno, referente ao regime de faltas, durante a votação na especialidade.
O diploma original, aprovado em Conselho de Ministros e, na generalidade, no plenário da Assembleia da República, definia que os alunos com excesso de faltas injustificadas teriam de fazer uma prova de recuperação e, em caso de reprovação, ficariam retidos (no ensino básico) ou seriam excluídos da disciplina nesse ano lectivo (no secundário).
Na discussão na especialidade, os deputados do PS decidiram alterar a redacção deste artigo, não especificando as consequências para o aluno da realização da prova.
"Houve bastante discussão à volta do artigo 22", afirmou à Lusa o deputado socialista, considerando que existiram "algumas interpretações selvagens do seu conteúdo".
Perante as críticas da oposição, Fagundes Duarte adiantou que os deputados decidiram "esclarecer melhor, pôr o texto mais redigido e específico, mantendo o que estava".
"Esclarecemos para evitar algumas interpretações que estavam a ser feitas", sublinhou, rematando: "Não se trata de desautorizar a ministra de Educação, nem a Comissão Parlamentar da Educação".
O deputado do PS reafirmou que os deputados trabalharam desde o início em "consenso com o Ministério da Educação".
"Não queremos assumir uma posição autoritária. No momento achámos que valia a pena esclarecer", sublinhou, garantindo que "não há uma posição de conflito, mas um trabalho em curso".
A ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, explicou quinta-feira, em entrevista à RTP1, que ao perceber que a versão inicialmente aprovada pelos deputado do artigo 22 "era pouco clara", pediu aos deputados socialistas, através do ministro dos Assuntos Parlamentares, que introduzissem alterações que acabassem com as "ambiguidades".
Na quarta-feira, os deputados socialistas apresentaram uma segunda proposta de alteração ao artigo, tendo em vista a definição das consequências para os estudantes em caso de reprovação na prova.
"Estou muito satisfeita com o facto desta versão que vai ser votada no parlamento ser muito próxima da [inicialmente] aprovada pelo Governo", afirmou a ministra, rejeitando críticas da oposição de que tinha sido desautorizada pelos deputados do PS.
Fonte: Lusa
sexta-feira, 2 de novembro de 2007
Versão final do Estatuto do Aluno redigida em consenso por deputados socialistas e Ministério
Etiquetas: Estatuto do aluno
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Artigo de opinião
O MP3 e o telemóvel como ferramentas pedagógicasHoje todos os professores têm como formação inicial um curso superior seguido de um estágio pedagógico que pode ser integrado ou não. Todos seguiram na Universidade a via de ensino, em ramos especializados. Resta saber se foram para esta via por vocação ou por falta de alternativas.
in Expresso (Joviana Benedito Profª. aposentada do Ensino Sec. e autora)
Saem classificados com uma média final que resulta das classificações dadas pelos vários professores das disciplinas nos vários anos do curso (nota académica) a que se junta a nota dada pelo professor orientador de estágio. Durante estes anos aprendem também a usar as novas tecnologias para fazer delas ferramentas pedagógicas importantes na sala de aula.
As notas distribuem-se pela escala, como sempre, e é por essas que é feita a colocação. Alguns colocam-se sem dificuldade, outros passam anos à espera de lugar ou vão tendo colocações esporádicas a substituir grávidas e doentes. Milhares ficam sem colocação.
Há professores que colocados ou não continuam a estudar e a interessar-se por melhorar as suas práticas. Alguns são sensíveis ao pulsar do seu tempo, às características da escola de hoje, do aluno de hoje, da comunidade que o envolve hoje.
O professor actual tem de ter esta atitude na sociedade de mudança que nos envolve.
A este propósito posso referir o exemplo da professora Adelina Moura de Braga que foi entrevistada pelo jornalista Jorge Fiel para o DN no dia 7 de Dezembro. Contou que está a fazer uma experiência com 30 alunos do 11º ano, ramo profissionalizante e que já deu uma aula online, a partir de casa, com os alunos espalhados por cafés e outros locais. É o conceito da escola nómada a ser posto em prática. Disse coisas como esta: "o telemóvel e os MP3 são ferramentas de ensino mais usadas que o papel e o lápis" ou " os alunos são nados digitais, nós somos estrangeiros digitais" ou ainda " a aula de português anda na bolso dos meus alunos". Deu os endereços de dois blogues: paepica.blogspot.com e choqueefaisca.blospot.pt. Falou também de O Princepezinho em podcast que pode encontrar-se em discursodirecto.podmatic.com e de exercícios de escolha múltipla e palavras cruzadas para descarregar no telemóvel em geramovel.wirenode.mobi e outros ainda.
Esta professora é uma excepção nesta área e, por enquanto, apenas faz uma experiência com 30 alunos, não sei se este projecto seria exequível pelos professores comuns que têm cinco, seis ou sete vezes mais e muitos outros trabalhos para fazer. Seria bom que ela abrisse as aulas para os outros aprenderem na prática e faço votos que não a desviem para fazer conferências "em seco" que só cansam e cumprem calendário.
Todos os professores têm de compreender que o aluno tem que ser ensinado de acordo com o seu tempo e a sua vivência.
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