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segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Certificação de novos manuais arranca com disciplinas de Físico-Química e Ciências Naturais

O regime de avaliação e certificação de novos manuais escolares arranca com os livros das disciplinas de Físico-Química e Ciências Naturais do 9º ano a adoptar no período lectivo de 2008/2009.O mesmo despacho marca o início da avaliação dos manuais já adoptados e em utilização das disciplinas de Língua Portuguesa e Estudo do Meio dos 3º e 4º anos, Físico-Química e Ciências Naturais dos 7º e 8º anos e Inglês, História e Geografia de todos os anos de escolaridade do 3º ciclo (7º,8º e 9º anos). Quanto aos novos manuais, o despacho determina que os editores, que pretendam propor livros escolares para as disciplinas em causa, devem entregá-los até 31 de Março de 2008 à Direcção-Geral de Desenvolvimento e Inovação Curricular (DGDIC), devendo o processo de certificação ser concluído até 28 de Fevereiro de 2009. Também até esta data deverá estar terminada a avaliação dos manuais já em utilização das disciplinas de Língua Portuguesa e Estudo do Meio dos 3º e 4º anos, Físico-Química e Ciências Naturais dos 7º e 8º anos. No caso das disciplinas de Inglês, História e Geografia de todos os anos de escolaridade do 3º ciclo, a certificação dos manuais em uso deverá estar terminada até 28 de Fevereiro de 2010. O despacho publicado em Diário da República marca o arranque do regime de avaliação e certificação de manuais escolares que entra em vigor no ano lectivo de 2008/2009. A avaliação e certificação dos manuais escolares começa em 2008, mas será aplicada progressivamente, à medida que forem adoptados os livros relativos a cada ano de escolaridade, um processo que só deverá ficar concluído em 2015/16.
Fonte: Público

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Artigo de opinião


O MP3 e o telemóvel como ferramentas pedagógicas

Hoje todos os professores têm como formação inicial um curso superior seguido de um estágio pedagógico que pode ser integrado ou não. Todos seguiram na Universidade a via de ensino, em ramos especializados. Resta saber se foram para esta via por vocação ou por falta de alternativas.
Saem classificados com uma média final que resulta das classificações dadas pelos vários professores das disciplinas nos vários anos do curso (nota académica) a que se junta a nota dada pelo professor orientador de estágio. Durante estes anos aprendem também a usar as novas tecnologias para fazer delas ferramentas pedagógicas importantes na sala de aula.
As notas distribuem-se pela escala, como sempre, e é por essas que é feita a colocação. Alguns colocam-se sem dificuldade, outros passam anos à espera de lugar ou vão tendo colocações esporádicas a substituir grávidas e doentes. Milhares ficam sem colocação.
Há professores que colocados ou não continuam a estudar e a interessar-se por melhorar as suas práticas. Alguns são sensíveis ao pulsar do seu tempo, às características da escola de hoje, do aluno de hoje, da comunidade que o envolve hoje.
O professor actual tem de ter esta atitude na sociedade de mudança que nos envolve.
A este propósito posso referir o exemplo da professora Adelina Moura de Braga que foi entrevistada pelo jornalista Jorge Fiel para o DN no dia 7 de Dezembro. Contou que está a fazer uma experiência com 30 alunos do 11º ano, ramo profissionalizante e que já deu uma aula online, a partir de casa, com os alunos espalhados por cafés e outros locais. É o conceito da escola nómada a ser posto em prática. Disse coisas como esta: "o telemóvel e os MP3 são ferramentas de ensino mais usadas que o papel e o lápis" ou " os alunos são nados digitais, nós somos estrangeiros digitais" ou ainda " a aula de português anda na bolso dos meus alunos". Deu os endereços de dois blogues: paepica.blogspot.com e choqueefaisca.blospot.pt. Falou também de O Princepezinho em podcast que pode encontrar-se em discursodirecto.podmatic.com e de exercícios de escolha múltipla e palavras cruzadas para descarregar no telemóvel em geramovel.wirenode.mobi e outros ainda.
Esta professora é uma excepção nesta área e, por enquanto, apenas faz uma experiência com 30 alunos, não sei se este projecto seria exequível pelos professores comuns que têm cinco, seis ou sete vezes mais e muitos outros trabalhos para fazer. Seria bom que ela abrisse as aulas para os outros aprenderem na prática e faço votos que não a desviem para fazer conferências "em seco" que só cansam e cumprem calendário.
Todos os professores têm de compreender que o aluno tem que ser ensinado de acordo com o seu tempo e a sua vivência.

in Expresso (Joviana Benedito Profª. aposentada do Ensino Sec. e autora)