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segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Governo vai gastar 69,9 milhões de euros até 2012 na compra de computadores para escolas

O Governo prevê gastar 69,9 milhões de euro na aquisição de serviços e bens para o fornecimento, instalação e manutenção de computadores nas escolas públicas do segundo e terceiro ciclos do ensino básico e secundário até 2012.
Segundo uma portaria dos ministérios das Finanças e da Educação, hoje publicada em Diário da República, ao valor global do contrato de 66,8 milhões de euros, será somado o imposto sobre o valor acrescentado (IVA), assim como o valor referente à opção de aquisição de mais computadores e serviços até cerca de 3,1 milhões de euros.
O diploma refere ainda que as facturas não podem exceder em 2009 os 67,8 milhões de euros, em 2010 e 2011 o milhão de euros e em 2012 38,7 mil euros. A estes valores também terá que ser acrescido o IVA e nos anos de 2009 e 2012 "são acrescidas dos saldos que se apurarem na execução orçamental do ano ou dos anos anteriores, consoante o caso".
Os encargos financeiros resultantes da execução do diploma serão cobertos "por verbas de funcionamento e de PIDDAC, inscritas e a inscrever nos anos económicos de 2009 a 2012", refere ainda a portaria.
O Ministério da Educação anunciou ainda o lançamento de um concurso público internacional para a aquisição de serviços de desenvolvimento e operação do Centro de Centro de Apoio Tecnológico às Escolas (CATE), um projecto no valor de 30 milhões de euros.
O CATE, um projecto transversal do Plano Tecnológico da Educação, "garantirá o apoio às escolas na gestão e manutenção do seu parque informático", segundo a tutela.
O CATE inclui helpdesk de primeira linha, deslocação às escolas de equipas de apoio especializadas e verificação regular do estado dos equipamentos.
Fonte: Visão.pt

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Artigo de opinião


O MP3 e o telemóvel como ferramentas pedagógicas

Hoje todos os professores têm como formação inicial um curso superior seguido de um estágio pedagógico que pode ser integrado ou não. Todos seguiram na Universidade a via de ensino, em ramos especializados. Resta saber se foram para esta via por vocação ou por falta de alternativas.
Saem classificados com uma média final que resulta das classificações dadas pelos vários professores das disciplinas nos vários anos do curso (nota académica) a que se junta a nota dada pelo professor orientador de estágio. Durante estes anos aprendem também a usar as novas tecnologias para fazer delas ferramentas pedagógicas importantes na sala de aula.
As notas distribuem-se pela escala, como sempre, e é por essas que é feita a colocação. Alguns colocam-se sem dificuldade, outros passam anos à espera de lugar ou vão tendo colocações esporádicas a substituir grávidas e doentes. Milhares ficam sem colocação.
Há professores que colocados ou não continuam a estudar e a interessar-se por melhorar as suas práticas. Alguns são sensíveis ao pulsar do seu tempo, às características da escola de hoje, do aluno de hoje, da comunidade que o envolve hoje.
O professor actual tem de ter esta atitude na sociedade de mudança que nos envolve.
A este propósito posso referir o exemplo da professora Adelina Moura de Braga que foi entrevistada pelo jornalista Jorge Fiel para o DN no dia 7 de Dezembro. Contou que está a fazer uma experiência com 30 alunos do 11º ano, ramo profissionalizante e que já deu uma aula online, a partir de casa, com os alunos espalhados por cafés e outros locais. É o conceito da escola nómada a ser posto em prática. Disse coisas como esta: "o telemóvel e os MP3 são ferramentas de ensino mais usadas que o papel e o lápis" ou " os alunos são nados digitais, nós somos estrangeiros digitais" ou ainda " a aula de português anda na bolso dos meus alunos". Deu os endereços de dois blogues: paepica.blogspot.com e choqueefaisca.blospot.pt. Falou também de O Princepezinho em podcast que pode encontrar-se em discursodirecto.podmatic.com e de exercícios de escolha múltipla e palavras cruzadas para descarregar no telemóvel em geramovel.wirenode.mobi e outros ainda.
Esta professora é uma excepção nesta área e, por enquanto, apenas faz uma experiência com 30 alunos, não sei se este projecto seria exequível pelos professores comuns que têm cinco, seis ou sete vezes mais e muitos outros trabalhos para fazer. Seria bom que ela abrisse as aulas para os outros aprenderem na prática e faço votos que não a desviem para fazer conferências "em seco" que só cansam e cumprem calendário.
Todos os professores têm de compreender que o aluno tem que ser ensinado de acordo com o seu tempo e a sua vivência.

in Expresso (Joviana Benedito Profª. aposentada do Ensino Sec. e autora)