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segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Ministério da Educação consulta agências para mudar imagem

O Ministério da Educação (ME) está a ponderar uma mudança de imagem, depois de, há três meses, ter iniciado uma consulta a várias agência de design.Segundo informações recolhidas pelo M&P, após uma avaliação, os responsáveis ministeriais concluíram que a actual imagem está desgastada, tendo avançado contactos com a Albuquerque Designers, a McCann, a Mola Ativism e a Rmac para apresentarem propostas. O ministério terá pedido uma identidade que esteja articulada com as várias direcções regionais que estão sob a sua alçada.
Esta ronda terá sido iniciada um pouco antes das tensões entre o ministério e os sindicatos dos professores a propósito da avaliação desta classe profissional. Nos últimos meses as relações entre o Ministérios e os professores degradaram-se. Em Outubro, o secretário-geral da Fenprof Mário Nogueira chegou a afirmar que este “é o governo que mais degradou as condições do exercício da profissão de professor, no plano da desvalorização, da injúria, do insulto, da desconsideração e do desrespeito”. No início deste mês, os professores mobilizaram-se para contestar o modelo de avaliação defendido pela ministra naquela que foi considerada por Mário Nogueira a “maior greve de sempre” da classe. Já na passada sexta-feira, o Ministério da Educação decidiu pôr fim às negociações sobre o modelo de avaliação dos professores.
Fonte: Meios e Publicidade

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Artigo de opinião


O MP3 e o telemóvel como ferramentas pedagógicas

Hoje todos os professores têm como formação inicial um curso superior seguido de um estágio pedagógico que pode ser integrado ou não. Todos seguiram na Universidade a via de ensino, em ramos especializados. Resta saber se foram para esta via por vocação ou por falta de alternativas.
Saem classificados com uma média final que resulta das classificações dadas pelos vários professores das disciplinas nos vários anos do curso (nota académica) a que se junta a nota dada pelo professor orientador de estágio. Durante estes anos aprendem também a usar as novas tecnologias para fazer delas ferramentas pedagógicas importantes na sala de aula.
As notas distribuem-se pela escala, como sempre, e é por essas que é feita a colocação. Alguns colocam-se sem dificuldade, outros passam anos à espera de lugar ou vão tendo colocações esporádicas a substituir grávidas e doentes. Milhares ficam sem colocação.
Há professores que colocados ou não continuam a estudar e a interessar-se por melhorar as suas práticas. Alguns são sensíveis ao pulsar do seu tempo, às características da escola de hoje, do aluno de hoje, da comunidade que o envolve hoje.
O professor actual tem de ter esta atitude na sociedade de mudança que nos envolve.
A este propósito posso referir o exemplo da professora Adelina Moura de Braga que foi entrevistada pelo jornalista Jorge Fiel para o DN no dia 7 de Dezembro. Contou que está a fazer uma experiência com 30 alunos do 11º ano, ramo profissionalizante e que já deu uma aula online, a partir de casa, com os alunos espalhados por cafés e outros locais. É o conceito da escola nómada a ser posto em prática. Disse coisas como esta: "o telemóvel e os MP3 são ferramentas de ensino mais usadas que o papel e o lápis" ou " os alunos são nados digitais, nós somos estrangeiros digitais" ou ainda " a aula de português anda na bolso dos meus alunos". Deu os endereços de dois blogues: paepica.blogspot.com e choqueefaisca.blospot.pt. Falou também de O Princepezinho em podcast que pode encontrar-se em discursodirecto.podmatic.com e de exercícios de escolha múltipla e palavras cruzadas para descarregar no telemóvel em geramovel.wirenode.mobi e outros ainda.
Esta professora é uma excepção nesta área e, por enquanto, apenas faz uma experiência com 30 alunos, não sei se este projecto seria exequível pelos professores comuns que têm cinco, seis ou sete vezes mais e muitos outros trabalhos para fazer. Seria bom que ela abrisse as aulas para os outros aprenderem na prática e faço votos que não a desviem para fazer conferências "em seco" que só cansam e cumprem calendário.
Todos os professores têm de compreender que o aluno tem que ser ensinado de acordo com o seu tempo e a sua vivência.

in Expresso (Joviana Benedito Profª. aposentada do Ensino Sec. e autora)