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quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Fenprof faz "balanço muito positivo" do dia de "reflexão" dos professores

O secretário-geral da Fenprof faz um "balanço muito positivo" da jornada de "reflexão" sobre avaliação e a revisão do estatuto da carreira que os sindicatos dos professores promoveram hoje nas escolas, garantindo que as "reuniões foram muito participadas".Mário Nogueira disse ter conhecimento da realização de reuniões de professores "muito participadas" nas escolas de Norte a Sul do país, mas admitiu não ter dados definitivos sobre a iniciativa convocada pela Plataforma Sindical. Nogueira, que é também porta-voz da Plataforma Sindical que congrega onze sindicatos de professores, falava no final de uma reunião com uma delegação da Confederação Nacional Independente de Pais e Encarregados de Educação (CNIPE). "Hoje, a ideia era fundamentalmente ouvir os professores. Saber até onde os colegas estão dispostos a ir em termos de luta", acrescentou o dirigente da Federação Nacional dos Professores (Fenprof). Segundo Mário Nogueira, existe neste momento "uma grande determinação dos professores em relação à greve" nacional marcada para 19 de Janeiro. O líder da Fenprof disse não ter ainda conhecimento de como correram os plenários em muitas escolas do país, frisando que as reuniões não decorreram todas à mesma hora. "Há escolas que realizaram reuniões à tarde e houve outras que as marcaram até para a noite", referiu. Os sindicatos de professores organizaram hoje uma "jornada de reflexão e luta" nas escolas de todo o país, com a realização de plenários sobre a manutenção, ou não, da suspensão do modelo de avaliação de desempenho, a revisão do Estatuto da Carreira Docente, que arranca dia 28, pronunciando-se ainda sobre eventuais novas formas de luta.
Fonte: Público

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Artigo de opinião


O MP3 e o telemóvel como ferramentas pedagógicas

Hoje todos os professores têm como formação inicial um curso superior seguido de um estágio pedagógico que pode ser integrado ou não. Todos seguiram na Universidade a via de ensino, em ramos especializados. Resta saber se foram para esta via por vocação ou por falta de alternativas.
Saem classificados com uma média final que resulta das classificações dadas pelos vários professores das disciplinas nos vários anos do curso (nota académica) a que se junta a nota dada pelo professor orientador de estágio. Durante estes anos aprendem também a usar as novas tecnologias para fazer delas ferramentas pedagógicas importantes na sala de aula.
As notas distribuem-se pela escala, como sempre, e é por essas que é feita a colocação. Alguns colocam-se sem dificuldade, outros passam anos à espera de lugar ou vão tendo colocações esporádicas a substituir grávidas e doentes. Milhares ficam sem colocação.
Há professores que colocados ou não continuam a estudar e a interessar-se por melhorar as suas práticas. Alguns são sensíveis ao pulsar do seu tempo, às características da escola de hoje, do aluno de hoje, da comunidade que o envolve hoje.
O professor actual tem de ter esta atitude na sociedade de mudança que nos envolve.
A este propósito posso referir o exemplo da professora Adelina Moura de Braga que foi entrevistada pelo jornalista Jorge Fiel para o DN no dia 7 de Dezembro. Contou que está a fazer uma experiência com 30 alunos do 11º ano, ramo profissionalizante e que já deu uma aula online, a partir de casa, com os alunos espalhados por cafés e outros locais. É o conceito da escola nómada a ser posto em prática. Disse coisas como esta: "o telemóvel e os MP3 são ferramentas de ensino mais usadas que o papel e o lápis" ou " os alunos são nados digitais, nós somos estrangeiros digitais" ou ainda " a aula de português anda na bolso dos meus alunos". Deu os endereços de dois blogues: paepica.blogspot.com e choqueefaisca.blospot.pt. Falou também de O Princepezinho em podcast que pode encontrar-se em discursodirecto.podmatic.com e de exercícios de escolha múltipla e palavras cruzadas para descarregar no telemóvel em geramovel.wirenode.mobi e outros ainda.
Esta professora é uma excepção nesta área e, por enquanto, apenas faz uma experiência com 30 alunos, não sei se este projecto seria exequível pelos professores comuns que têm cinco, seis ou sete vezes mais e muitos outros trabalhos para fazer. Seria bom que ela abrisse as aulas para os outros aprenderem na prática e faço votos que não a desviem para fazer conferências "em seco" que só cansam e cumprem calendário.
Todos os professores têm de compreender que o aluno tem que ser ensinado de acordo com o seu tempo e a sua vivência.

in Expresso (Joviana Benedito Profª. aposentada do Ensino Sec. e autora)